suddenly lovers┊moonsun (G!P). mamamoo.

11┊capítulo onze.

[N/A]: CALMA, NÃO ME MATEM AINDA, DEIXA EU POSTAR A ATUALIZAÇÃO DUPLA PRA COMPENSAR :(

É isso mesmo o que vocês leram, DOIS CAPÍTULOS HOJE

Mas agora peguem suas luvas e o fórceps, porque pensa no parto eu tive pra escrever esses capítulos...

SEM MAIS ENROLAÇÃO, QUERO VER O QUANTO SENTIRAM SAUDADES DE SL NOS COMENTÁRIOS, VIU?

ENJOY!

SOLAR.

A música estava alta e, àquele ponto, a casa estava cheia de homens e mulheres que caçavam de maneira desesperada, outra pessoa que pudesse satisfazer suas necessidades mais carnais. Garrafas e garrafas de bebidas passeavam pelo salão por todos os lados, deixando que um cheiro inebriante se aprofundasse no mais íntimo de nossas narinas enquanto o odor forte da maconha estivesse designado a cumprir o dever de infestar o lugar inteiro. As pessoas que talvez fossem o mais próximo que tive de ter uma família também estavam presentes, mas estas, as minhas amigas, estavam espalhadas pelos quartos, fazendo exatamente aquilo que eu também estivera acostumada a fazer todas as noites: dar prazer. A diferença era que, entre eu e as outras, devia ser a única que odiava fazer parte disso.

No entanto, algumas coisas pareciam um pouco... Incomuns agora. Porque neste exato momento, enquanto subia degrau por degrau dos lances de escada para atender meu próximo cliente, sentia como se meu interior estivesse queimando pela ansiedade. Caso alguém me avistasse no meio do caminho, essa pessoa teria certeza de que o sorriso carregado em meu rosto deveria ser idêntico ao que uma criança de sete anos daria ao ver uma caixa de presente embaixo de uma árvore de Natal.

Como eu estava morrendo de saudades do meu presente.

Apenas um vazio denso permeou pela minha cabeça quando, em uma tentativa miserável, tentei afastar aqueles pensamentos e a imagem que se formava pouco a pouco por detrás das minhas costas. Ainda assim me dei conta de que aquilo não iria funcionar quando ainda podia escutar uma voz arrastada murmurando coisas desconexas atrás de mim, apertando meus dedos com certo medo de cair lances a baixo. E as chances de tentar ignorar só tendiam a piorar quando minha mente recobrava que a pessoa que estava a centímetros de mim era Moonbyul.

Uma que estava ciente de que estava levemente alterada pelo uísque e que também havia afirmado com todas as palavras que não iria aproximar um dedo sequer em mim.

Entretanto, era irônico pensar que força que o peso das palavras dela tinham para mim naquele momento eram nulos, e eu me vi surpresa comigo mesma ao notar que, por dentro, estava quase torcendo para que a promessa dela fosse mentira.

Assim que paramos diante da porta desgastada de madeira nossos dedos se desvencilharam contra a minha vontade, fazendo com que o calor da mão calejada dela fosse substituído pela frieza do abandono. Antes que desse passagem a ela, girei a maçaneta com calma e utilizei de um certo impulso para empurrá-la e abrir a porta, apenas para chegar ao ponto de notar que o metal conseguia ser ainda mais gélido que o suor que escorria pela minha nuca.

Ao ver o caminho livre, ela – que ainda pendia atrás de mim – avançou um passo adiante, tendo cautela em se apoiar nos móveis para ajudar em seu trajeto até a cama, o que quase a fez tropeçar em uma das quinas. Cogitei a me perguntar se àquilo estava de fato acontecendo, porém a preocupação que tive em imaginar ela caindo no meio do cômodo fora maior, fazendo com que eu apenas virasse a chave e fosse ao seu encontro.

E como se a presença dela já não fosse deslumbrante por si só, a maneira como também se portava também era chamativa; ela havia se jogado de bruços por cima dos panos, causando um barulho alto dentro do ambiente. Se até àquela altura eu não estivesse ciente de seu estado alcoolizado, poderia jurar que o corpo em minha cama estava morto.