suddenly lovers┊moonsun (G!P). mamamoo.

17┊capítulo dezessete.

[N/A]: Alright... You know who is. Já dizia Moonbyul em Mr. Ambiguous, anunciando o renascimento de uma fênix no Enem de 2019.

Quase um mês... Isso é muito tempo, viu?

Cheguei da prova agora e vim recompensar vocês com duas atualizações, sendo essa aqui a mais prometida entre ambas.

Se vocês leem Liberta-me, sugiro que tomem cuidado.

Se vocês leem Suddenly Lovers, sugiro que tome mais ainda.

A noite promete muitas emoções. Tenham corações fortes para isso.

ENJOY!

SOLAR.

Somente as luzes que transcendiam através das cortinas foram capazes de causar o meu despertar naquela manhã, que a julgar pelo relógio sobreposto ao criado-mudo, não se passava das nove. Constando que, talvez, àquilo houvesse se tornado um hábito matinal dentre a rotina e o meu raciocínio lógico ainda fosse um tanto lento, demorei a lembrar de que para todos os fatores que circundavam aquele dia, hoje era o meu aniversário.

Para ser um pouco mais específica, tratava-se de uma data comemorativa da qual eu, naquele ano em questão, não sentia a mínima vontade de celebrar. Se eu levasse em conta de que era normal as pessoas à medida que crescem, desde criança até uma idade matura, perdem a necessidade de festejar talvez me fizesse sentir menos cafona do que já me sentia.

Até porque isso era algo que tinha de sobra, em estoques ilimitados.

Apesar de estar isenta dos castigos do trabalho, não havia muito a se fazer, de fato. As oportunidades vantajosas daquele dia ainda eram escassas, por mais positiva que eu me encontrasse. Parecia que estávamos prestes a festejar um funeral, do qual não teria dúvidas de que se devesse a minha falta de ânimo.

Circunstâncias em que outros fatores pareciam querer agregar eram as de Sooyoung, que por mais dócil que fosse quando queria, não havia permitido às meninas algumas horas de celebração. Embora eu pudesse tirar o dia de folga, não seria a mesma coisa para elas. Não poderíamos sair para aproveitar o dia ou, simplesmente, curtir em alguma festa juntas. Porque as outras garotas teriam de trabalhar o dobro pela ausência de duas ou três.

Significava, também, que a julgar pelo andar da carruagem, permanecer embaixo dos cobertores com um par de fones de ouvido soava mais interessante do que qualquer outra atividade fora da boate.

As ações do lado exterior não seriam diferentes das demais aqui dentro, assim como o dia em questão não passaria distante disto. Para ser sincera não esperava que fosse e, mais falar a verdade, também não queria que tratassem como se estivéssemos de fato festejando uma vida propriamente vivenciada. Estava acostumada a ser comum e esse fator bastaria o suficiente para pelo menos uns vinte a trinta anos – isso se eu existir até então.

Será uma vitória se não estiver caindo aos pedaços quando completar cinquenta, pensei comigo mesma, permitindo que discrepâncias se criassem logo após. Notava que grande parte das pessoas gostava de se sentir egocêntricas no dia de seus aniversários, no entanto, para mim, nunca fora assim. Era provável que estivesse sendo meio sentimental, porém, talvez imaginar que ser um pouquinho mais importante em um único dia entre os demais do ano fosse bom.

Para mim soava quase como a véspera de um Natal.

Se existia em meu interior uma mínima vocação para o teatro se aflorar, a minha data de sorte deveria ser hoje, pois, mesmo escutando as batidas na porta e a checagem das meninas ao abri-la, fingi que ainda estava inerte no meu décimo sono. Evitar elas não abrangia parte do desânimo especial para aquela manhã, no entanto, estava muito relacionada à síncope grupal que estas teriam assim que eu ousasse por os pés na cozinha do andar inferior. E eu não queria nem um porcento de toda atenção acumulada dentro de cada uma destas.