16┊capítulo dezesseis.

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[N/A]: Oi... Como vocês estão... Quanto tempo... Hum...

Atualização das duas histórias hoje, apenas porque me sinto culpada em não atualizar como prometido...
Notas finais, ok? :)

ENJOY!

SOLAR.

Naquele sábado em questão, havia despertado um tanto mais depressa que o habitual. As luzes invasoras traziam aos sentidos cognitivos um pequeno lembrete de que, mesmo que fosse tarde da noite e estivesse caindo aos pedaços de sono, nunca deveria deixar as frestas das persianas escancaradas quando o sol raiasse. Ainda mais porque, antes mesmo do relógio demarcar sete horas fechadas, um calor inevitável já clareava as paredes abafadas do quarto.

No entanto, seria errado da minha parte lançar a culpa somente nas coisas externas quando a verdade era o que mais corroía o meu cérebro naquele instante. A sensação amarga, exorbitante, de uma tensão que não estava programada para o início do dia. Uma que não só pesava a consciência, mas como todo o conjunto desta: uma terrível dor de cabeça, para variar.

A realidade que pouco me fez pregar os olhos durante um restante de madrugada, que insistia em atormentar os pensamentos mais positivistas que ainda me restavam, mesmo que de maneira escassa. Um pavor que afligia direto em cima dos sonhos felizes que tinha vez ou outra, e que me faziam sentir de certo uma súbita esperança de que as coisas ainda pudessem dar certo no fim.

A imagem serena de meus pais sentados em cada ponta do colchão em que jazia toda a extensão descansada do meu corpo fora o que me assombrou. A superfície macia que beirava ao mais próximo de aconchego que já havia recebido era um par de pernas, estas que havia reconhecido como as de Yonghee, era onde eu repousava a cabeça. O único homem que estivera presente no quarto afagava as pequenas mechas pretas de cabelo que caíam por cima de meus olhos enquanto a mulher, a minha mãe, traçava uma carícia lenta na parte exposta de meu abdômen. Da mesma exata maneira em que todos estes faziam quando tinha problemas para adormecer, ainda criança.

Coisas que, de um jeito estranho, pareceu ser algo – talvez a única coisa – que me reconfortou após um tempo, mesmo que por mínimos instantes.

Lembrei-me, também, e aos poucos, de ter tido alguns sonhos inoportunos com Moonbyul durante certa parcela das horas em que consegui dormir. Não era algo que fosse capaz de me fazer recordar de tudo o que tinha acontecido, porque de fato sequer conseguia imaginar sobre o que estes se tratavam. Entretanto, talvez, estivesse sendo apenas um chute de que fosse mesmo ela.

Um pouco mais a diante do colchão, harmonizavam-se os ruídos incessantes do balançar das cortinas com a sonoridade tranquila de minha própria respiração, esta exercendo o trabalho de acalmar todos e quaisquer ânimos que pudessem aflorar de uma hora para outra. Não poderia negar que também fora neste momento em que me encontrei por um acaso, me deixando levar pela força do sentimentalismo enquanto agarrada as cobertas, pensando no que ela estaria a fazer por essas horas. E de fato, era um pouco estranho afirmar que eu vinha repetindo este mesmo ato com mais frequência, tanto que às vezes parece impossível.

Era como se aquele rosto torto estivesse se tomando, cada vez mais, uma pequena parte dentro da minha cabeça. Tanto que quase, apenas quase me fez esquecer o ocorrido da sexta à noite.

Os episódios anteriores que se referiam à madrugada deste sábado pareceram apagadas como uma memória recessiva do cérebro, de forma que me fizesse lembrar poucas coisas, detalhes minimalistas. Acontecera tudo tão depressa que, quando havia me dado por mim, nós já havíamos feito o que para ela era proibido. E pedaço de mim sussurrava aos pés de meu ouvido que somente ocorreu pelo fato de Moonbyul estar incrivelmente muito bêbada, coisa que também já tinha se repetido.

suddenly lovers┊moonsun (G!P). mamamoo.Onde histórias criam vida. Descubra agora