Coffee | jjk + pjm

[38] seul is the capital of love.

Eu poderia tá matando, poderia estar roubando

Mas estou aqui pedindo seu votinho

☆

— Eu te disse que minha mãe era surtada. — Jimin explicou, cruzando os braços sob o peito e se recostando no banco do carro. Jungkook apenas negou com a cabeça. — Sinceramente, ela é louca. Completamente maluca. Fala sério, por que é que ela reagiu daquele jeito? — "Daquele jeito" significava perguntar todas as perguntas possíveis sobre quem Jungkook era, o que fazia e desde quando mantinham uma relação. E, mesmo depois de Jimin ter contado toda a história com os mínimos detalhes possíveis - exceto pelo o que haviam feito no dia passado, aquilo ela não precisava saber -, ela ainda fez questão de dizer que precisava enxergar o tal homem pessoalmente antes de aprová-lo ou não.

— Bem, vamos começar pelo fato que, em dois meses, você nunca citou meu nome para ela. Nem uma vez. — Jungkook bufou, irritado. Seus olhos focavam na estrada. — E, bem, ela nem ao menos sabia que você estava se envolvendo com alguém, e de repente você aparece dizendo que está noivo. Eu também me assustaria se estivesse no lugar dela.

— Isso não é verdade, eu falei de você para ela. Muitas vezes! — Jimin se defendeu. Jungkook o olhou com a sobrancelha levantada. — Tá, talvez eu só tenha falado de você duas ou três vezes, mas eu me lembro que citei para ela que estava a fim de alguém. E que estava indo para Jeju com esse alguém. Isso já não é suficiente para conectar os pontos e imaginar que algo estava rolando?

— Uh, não?! — Jungkook respondeu. Jimin choramingou, puxando os fios para trás.

— Jungkook-ah, eu suspirei! Suspirei enquanto estava falando de você, nas duas vezes que falei sobre você. Ou três. As mães deveriam perceber essas pistas, não é? Ela deveria me conhecer. — Mas, naquele momento, Jimin estava magoado. A forma que pronunciou as palavras e, conforme falava, seu tom ia diminuindo fez com que Jungkook se calasse em um só segundo, percebendo que ele estava realmente chateado.

Em um suspiro, Jungkook o olhou rapidamente, antes de voltar o olhar para a pista.

— Ei, não fique triste. — Falou, baixinho. Naquele momento, sabia que Jimin olhava para a pista, também. Ele era o tipo de homem que custava a demonstrar seus sentimentos em primeiro momento, então não demonstraria sua vulnerabilidade se não fosse incentivado. Mas Jungkook estava lá para isso, para ouvi-lo e ajudá-lo no que fosse necessário. E Jimin sabia disso, sabia que nunca seria julgado por Jungkook por suas inseguranças ou medos, e foi por isso que não demorou a responder a seguinte pergunta. — Você não ficaria tão chateado se fosse apenas uma reação normal de uma mãe preocupada, anjo. Eu conheço você e sei que tem alguma coisa aí. Quer me contar?

— Eu... não sei, Jungkook-ah. — Ele suspirou pesadamente, deixando seus ombros caírem. Em um segundo, Jimin desfez toda a sua pose; deixou ambos seus braços caírem em seu colo, brincando com seus dedos enquanto intercalava o olhar para suas unhas ou pés. Estava com o mesmo sapato que havia usado no baile, mas a diferença é que estava vestindo as roupas de Jungkook, já que não havia ido buscar as suas em sua casa. Naquele instante ambos estavam indo para a cafeteria Park. Era segunda-feira, dia de trabalhar para ambos. Jimin havia contado para a sua mãe minutos antes de entrarem no carro, naquela mesma manhã enquanto Jungkook organizava sua mochila com as roupas que levaria para a mansão mais tarde, a mesma onde o pequeno Jeon havia crescido, pois era lá que estava marcado o jantar e iriam para o casarão assim que fossem liberados de seus serviços.

Olhando para a camisa branca de Jungkook que vestia, Jimin se perguntou o que deveria dizer em seguida. O mais novo o olhou, preocupado. Não queria que Jungkook se preocupasse consigo, aquilo era a última de suas intenções, mas simplesmente não sabia como explicar o que estava sentindo.