[41] our happily ever after.

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Eu poderia tá matando, poderia estar roubando

Mas estou aqui pedindo seu votinho

Seattle, treze de outubro.

Jungkook sentiu seus ombros caírem em um suspiro longo, mas revigorante, ao ver seu corpo no reflexo do espelho. Vestindo um terno feito sob medida, o tecido preto realmente parecia se adaptar perfeitamente à suas curvas, abraçando seu corpo de forma confortante.

Fazia frio lá fora. Não tanto, é claro, pois a cidade de Seattle parecia ter apenas uma breve brisa fria, pelo pouco que Jeon havia experimentado.

Pouco pois não havia muito tempo em que chegara na maior cidade de Washington. Literalmente, ele e Jimin chegaram dois dias atrás, apenas para averiguar se tudo estava ocorrendo bem pois seus pais - o casal Park e o casal Jeon - insistiram em tomar as rédeas da situação, rápidos ao criar um grupo de mensagens no WhatsApp para combinarem como tudo seria.

Simples, os noivos disseram. Queriam algo simples, nada que chamasse tanto a atenção. Ou seja: sem glitter, purpurina, balões ou algo do tipo. E era uma pena que tivessem confiado em suas promessas, pois quando chegaram naquele cartório, tudo aquilo que não queriam era exatamente o que tinham encontrado.

A decoração poderia ser tudo, menos básica: balões dourados em volta de um grande painel branco com purpurina prateada grudada, enquanto seus nomes no alfabeto romano se encontravam bem ao centro: "Jeon Jungkook & Park Jimin". A única coisa que tinha entre aquele imenso painel e a mesa era um tapete igualmente dourado no chão.

O casal se entreolhou, ambos os olhos exaustos, mas definitivamente não estavam surpresos. Nada que já não esperassem.

Além de terem que se casar dentro do próprio hospital onde Haneul estava internada, é claro. Havia trinta e oito dias que estavam oficialmente noivos, com as bençãos de todas as partes, mas mais ou menos no vigésimo dia, receberam uma noticia um tanto decepcionante: embora Haneul estivesse tendo uma ínfima e vagarosa melhora, ainda era arriscado levá-la para longe do hospital — onde o cartório mais perto ficava —, visto que o clima de Seattle estava muito instável nos últimos dias, e o risco da senhora Jeon contrair um resfriado ou uma gripe, por causa da brisa gelada que o vento insistira em possuir, era algo que nem Jungkook nem os médicos da mulher estavam dispostos a tomar. Tampouco seu marido.

Logo, o melhor seria realizar a cerimonia ali dentro, em uma sala vazia no segundo andar do hospital. Claro que não era tão aconchegante quanto um salão de festas, onde poderiam convidar centenas de pessoas assim como Jeon fez com seu quase noivado com Rosé, mas eles não precisavam disso. Tudo o que eles precisavam era dos amigos e da família ali.

O problema era que, bem... A sala acabou ficando pequena demais para tanta gente. Seus amigos, seus pais (sim, Jungyeon conseguiu tirar uma licença da clinica de reabilitação pelo bom comportamento, desde que não houvesse nenhum tipo de álcool na festa. E, assim que pôs os olhos na esposa, não a largou mais), Seohyun e Kim Bora estavam juntos ali, sentados em algumas cadeiras dispostas em duas pequenas filas.

Nem Jungkook, nem Jimin haviam recebido os convidados ainda. Não haviam sequer os visto, pois quando chegaram no recinto se apressaram para se arrumar, sem esperá-los chegarem; estavam visivelmente em uma correria, já que o juiz de paz chegaria em poucos minutos. Naquele momento, cada um dos dois estavam em quartos de enfermeiras distintos, nervosos e com os corações ansiosos pulsando em... Não sabiam descrever. Parecia como se estivessem prestes a ter um ataque de ansiedade, um surto ou que sofreriam um desmaio, mas ainda assim, tudo parecia tão calmo, tão certo. Tão... bom.

Coffee | jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora