[26] addicted on you.

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Eu poderia tá matando, poderia estar roubando

Mas estou aqui pedindo seu votinho

No dia seguinte, quase no horário do almoço, o carro de Namjoon foi estacionado perto da cafeteria, e de lá, o Kim saiu em direção à porta.

Jimin estava conversando com um cliente, sorrindo de leve com a boca fechada e as mãos entrelaçadas em frente ao corpo, e embaixo de um braço, a bandeja descansava. Bastou apenas um assentir de cabeça que o ruivo, ao notar que estava sendo observado por alguém, notou a presença de Namjoon.

Se curvou rapidamente em despedida ao cliente, um idoso muito simpático, e então dirigiu-se até o balcão, largando a bandeja em cima e chamando Namjoon para sentar-se junto à ele em uma mesa.

— Você pode cuidar da entrega dos pedidos por mim, Mark-ssi? — Jimin questionou ao menino do caixa, que assentiu sorrindo. — Vamos nos sentar, Namjoon-ssi.

— Hyung. — O mais velho corrigiu, sentando-se em uma mesa em frente à grande janela de vidro junto a Jimin. Park sorriu. — Devemos ir direto ao assunto ou...?

— Ah! Eu fui rude, desculpe. Você gostaria de um café, algum doce ou folhado? Por conta da casa! — Se preparou para chamar Mark, mas foi interrompido ao Namjoon tocar seu antebraço levemente.

— Não, não precisa. Eu queria saber se estava bem para você irmos direto ao assunto, apenas. Eu já comi, então estou bem.

Jimin assentiu, enquanto Namjoon se encostou na cadeira, levando o silêncio do ruivo como uma afirmação para seguir em frente.

— Olhe, eu acho que a esta altura, seria difícil convencer o banco a nos estender um prazo maior ou diminuir as dividas, então, tive uma ideia: eu posso te emprestar uma boa quantia de dinheiro, que não vai me fazer falta tão cedo, e você me paga assim que puder, sem pressa.

O mais baixo demorou alguns segundos até que pudesse acreditar realmente que havia ouvido aquelas palavras.

Realmente, ele sabia ser muito direto.

— Dinheiro? Emprestado?

— Sim, sim. Cinco mil é suficiente?

Jimin riu, incrédulo.

— Cinco mil wons?

— Cinco mil dólares, Jimin-ah. — Namjoon percebeu Jimin arregalar os olhos, talvez finalmente percebendo que a proposta era séria. Vendo a expressão de Park ficar tensa, continuou: — Eu sei que você provavelmente é orgulhoso, como qualquer outra pessoa nesse mundo, de aceitar esse tipo de ajuda de alguém, Jimin, mas pense bem.

— Que bom que você sabe, hyung, que eu não vou aceitar esse tipo de proposta de um amigo. — Deixou claro, embora as palavras lhe dessem um gosto amargo na boca. Era orgulhoso, verdade, aquele era o seu maior defeito, mas se sentia envergonhado de ter chegado àquele ponto, de ver outro amigo seu lhe oferecendo ajuda.

— E quem disse que eu estou aqui como seu amigo, Jimin? Eu estou aqui como seu advogado, alguém que estudou para te aconselhar o melhor, e é isso que eu estou fazendo agora. Você realmente prefere não dar ouvidos à mim quando digo que esta é a sua melhor chance de salvar o seu estabelecimento, Jimin-ah?

Jimin piscou, desviando o olhar. Não queria aceitar, definitivamente não queria aquilo. Era como se sentisse facadas em seu ego, como se em algum lugar de sua mente seu subconsciente lhe dissesse para criar vergonha e não aceitar aquela proposta, ao mesmo tempo que seu coração lhe dissesse que aquele era o sonho de sua avó, que ele batalhou muito para realizar, e que acabou se tornando seu sonho logo depois; assim, era claro que a perda daquele lugar seria muito, muito triste para si mesmo.

Coffee | jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora