Executivo Discreto +18 (Romance Gay)

Capítulo 15

Saindo da sala e indo em direção ao elevador para ir embora, ainda preocupado com o tiro que quase levei de Mariana, penso que tenho que me afastar de Eduardo o máximo que eu puder, quando aperto o botão do elevador, sinto alguém me puxar e me abraça, quando consigo olhar para ver quem é vejo Eduardo e o abraço o mais apertado possível, sinto um de seus braços fortes em minha cintura me apertado e o outro em minhas costas.

— Heitor me disse que vocês estavam na rua quando aconteceu um tiro, porque não me contou Luis? Porquê? Eu tive que saber de outra pessoa, foi a Mariana? Você viu quem foi? — Eduardo acaricia meu rosto com as duas mãos.

Começo a chorar e ele logo me abraça novamente e me leva até a sala dele, tranca a porta e senta na cadeira e me puxa para eu sentar no colo dele, ainda chorando em seu peito, Eduardo continua me abraçando forte e acariciando meu rosto, sinto me tremer inteiro e sinto Eduardo trêmulo também.

— Suspiro e olho fixamente os olhos de Eduardo. — Foi Mariana, eu a vi dentro do carro, ela deu um disparo e saiu às pressas.
— Eduardo acaricia meu rosto e meus cabelos e me beija rapidamente, ele suspira e ficamos com a testa colada uma na outra, permanecemos se olhando fixamente.
— Se alguma coisa tivesse acontecido com você eu não me perdoaria jamais, eu vou matar aquela vagabunda da Mariana, ela mexeu com a pessoa errada. — Responde Eduardo. — Eu fiquei com tanto medo de te perder quando Heitor me disse que estava com você quando do nada ouviram barulho de tiro, eu já logo imaginei que tinha te acertado, por que você não me falou? — Pergunta Eduardo.
— Eu não conseguia nem trabalhar muito menos ir falar com você sobre isso, atrapalha seu trabalho ou com medo de Mariana está aqui dentro e ver eu indo fala com você, eu estava até agora arrumando um jeito de me afastar de você, eu não quero morrer, não quero que você morra e nem que nenhum amigo meu morra. — Respondo com a voz soluçando.
— Ninguém vai morrer, não vou deixar, prometo. Não se preocupe com meu trabalho, se preocupe de me avisar de qualquer jeito. E por favor não se afaste de mim, não posso ficar longe de você garoto. — Eduardo me olha preocupado e eu sorrio.

Batidas fortes na porta nos assusta, quando Eduardo coloca o dedo na boca dele pedindo silêncio e permaneço intacto sem fazer nenhum barulho.

— Quem é? — Eduardo pergunta.
— Sou eu meu amor, sou namorada, sou futura mulher. — Responde Mariana. — Abre aqui, precisamos conversar.

Olho pra Eduardo assustado e me levanto de seu colo rapidamente, ele coloca a mão na cabeça e quase soca a mesa.

— Sussurro — vou me esconder dentro do seu armário, é o único jeito, ela não pode me ver aqui com você.

Eduardo balança a cabeça confirmando positivamente e vou em direção ao armário quando ele me puxa e nos beijamos intensamente, nos abraçamos e sinto nossa respiração ficar ofegante, sorrimos enquanto nos beijamos e mordo seu lábio para encerrar o beijo e ele me enche de selinhos antes de me soltar, vou para o armário e peço ajuda para Eduardo fechar bem por fora, consigo achar uma brecha e consigo ver o que pode acontecer e espero ansioso para ouvir a conversa dos dois.

— Que demora meu amor. — Mariana entra tentando beijar Eduardo e ele se esquiva.
— O que você quer? — Eduardo responde sério.
— Você, mas antes, vim saber se está tudo bem, se ficou sabendo de alguma coisa..
— Que eu saiba não estou sabendo de nada, tem algo pra me contar?
— Nadinha, e Luis? Falou com ele hoje? — Mariana desliza seus dedos pelo abdômen de Eduardo.
— Não, estou afastado dele como você quer, eu me afasto e você não faz nada, absolutamente nada, por que se você fizer qualquer coisa mesmo eu estando afastado você vai se ver comigo. — Eduardo segura a mão de Mariana e aperta com força.
— Aiii.. você está me machucando. — Ela alisa a mão. — Não vou fazer nada, quer dizer já fiz, mas como o Luis não te falou é sinal de que estão afastados mesmo. — Mariana rir e se afasta de Eduardo, ela vai até a porta e pega na maçaneta. — Hoje na hora do intervalo dei um tiro quando Luis estava na rua com outro homem, gostoso em? Ele é rápido.. — Ela rir. — enfim, não era pra acertar, dei de longe e mirei pra cima, era um susto apenas. — Ela continua rindo.

Eduardo soca a mesa e vai andando com raiva e com pressa até Mariana quando ela saca uma arma da bolsa e mira em direção a Eduardo, ele para na hora e continua olhando para ela com cara de ódio e ela o olha sorrindo.

— O que você vai fazer? Quer me bater? Não vai, pois eu te mato. — Ela rir debochando. — Continue afastado de Luis e nada irá acontecer com ele, caso contrário, o próximo tiro eu acerto, e será para matar.

Mariana vai se aproximando de Eduardo com a arma na mão e coloca o revólver na cabeça dele.

— Venha aqui comigo, preparei uma surpresinha, não adianta dizer não, venha e bem caladinho. — Mariana responde.

Eduardo balanço a cabeça e obedece, Mariana e ele saem da sala e Eduardo fecha a porta lentamente, saiu na mesma hora do armário morrendo de preocupação e pensando no que essa doente pode fazer com ele, ao mesmo tempo tento me acalmar e pensar que ela não o mataria já que é obcecada por ele, não sei o que fazer, sento no chão e começo a chorar e pensar no que ainda pode acontecer.