Capítulo 14

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Saindo do banheiro vou em direção à mesa e vejo Heitor mexendo no celular, tiro o celular da mão dele e sorrio

— E aí gato, voltei. — Digo e pisco.
— Finalmente né bebê? Tá tudo bem? Estava até agora fazendo o 2? — Heitor começa a rir.
*Penso na conversar e nos pega que dei no Eduardo no banheiro* — Estava sim, uma dor de barriga tremenda sabe? — Sorrio.

Heitor se levanta e vem por trás de mim, e envolve os braços em volta da minha cintura.
— Estou doido pra te beijar loucamente. — Ele sussurra.
— Me viro e me solto de seus braços. — Não vai rolar Heitor..
— Ele me puxa e abraça minha cintura com os dois braços. — Por que não bebê? Não faz isso comigo, eu sentir um clima e sei que você quer também. — Ele sorrir.
— É muita coisa acontecendo, não to com cabeça pra fica com ninguém e talz, vamos devagar, ser amigos, vou deixa bem claro que pode não rolar nada, vou jogar limpo, não se iluda.
— Heitor me solta. — Beleza, você que sabe. — Ele me responde seco.
— Suspiro. — Também não precisa agir desse jeito, só não quero te iludir ou algo a mais, vamos deixar rolar?
— Tudo bem! — Heitor beija o canto da minha boca e sorrimos. — Deu nossa hora, bora voltar? — Balanço a cabeça confirmando.

Heitor paga nossa conta e saímos abraçados do café, esperamos o farol fechar para a gente atravessar a rua quando de repente ouvimos um disparo de tiro e nos abaixamos na rua, olho em volta e todo mundo faz o mesmo, todos assustados olhando preocupados de onde veio o tiro e querendo saber o porque, quando olho uma mulher de touca dentro de um carro e reconheço que é Mariana, meu coração acelera e ela vai embora, quando levanto com a mão no peito olhando para a direção que Mariana foi embora.

— Luis, você está bem? — Heitor me pergunta com uma voz preocupada.
— Estou.. estou sim Heitor. — Abraço Heitor e suspiro, a vontade de chorar era tanta mas me segurei o máximo que pude. — Vamos entra logo pro trabalho, vamos. — Pego na mão de Heitor e atravesso a rua correndo e entro o mais rápido possível para a empresa.
— Meu Deus, eu fiquei com tanto medo. — Responde Heitor.
— Eu também, estou me tremendo até agora. - Respondo.
— Heitor me abraça. — Graças a Deus não aconteceu nada, o tiro não atingiu ninguém, se realmente foi um tiro né? Pode ser um motoqueiro — Ele tenta fazer uma graça.
— Eu sorrio forçado. — Acho que não, foi tiro mesmo. — Suspiro e entramos no elevador já dentro da empresa.
— Será que era pra alguém aquele tiro? Ou era um doido querendo matar qualquer um? — Pergunta Heitor.
— Não faço ideia, possivelmente era pra acertar qualquer um.
— Também acho. — Ele responde.

Saímos do elevador e me dispenso de Heitor com um abraço forte e sorrimos meio que forçados ainda com o susto do tiro, e vou em direção a minha sala, entro e sento preocupado com o que vi, Mariana quase acerta um tiro em mim, podia estar morto agora, ou podia ter atingido o Heitor que não tem nada haver com isso, meu Deus, o que será de mim daqui pra frente? Será que conto para Eduardo? Acho que não, pode piorar, ficarei na minha. Coloco os braços na mesa e deito por cima, tento segurar mais uma vez as lágrimas mais não consigo, começo a chorar e aproveito por esta vivo ainda e sozinho para poder esvaziar um pouco do medo que estou passando com tudo isso.

Executivo Discreto +18 (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora