Capítulo Trinta e Três: Você Pode Me Ajudar A Mentir?

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O jogo já havia começado quando Frida chegou. Teve que comer algo forçada por Remus para finalmente ir para o jogo, já que a enfermeira recomendou. Então ela foi obrigada a comer pelo menos um pedaço de pão pelo Lobisomem.

Preferiram ficar na arquibancada da Lufa-lufa, já que Frida sabia que iriam lhe encher de perguntas se fosse para a da Grifinória e Remus não seria aceito na da Sonserina. Sabiam que os amigos talvez ficassem preocupados, mas resolveram não se preocupar no momento.

Estavam sentados no final da arquibancada. A Sonserina estava liderando por 20 pontos, mas mesmo assim estava acirrada a competição.

_E então... Por que desmaiou? _Remus perguntou próximo ao ouvido da amiga, já que os alunos que torciam estavam fazendo muito barulho.

_Vocês não viram? _A loira perguntou confusa.

_O bicho-papão não ficou definido para você, Frida _Remus disse como se fosse óbvio e a loira o olhou sem entender._ Não tinha forma nenhuma.

_Como não? Claro que tinha!

_O que você viu para ter ficado assim? _Ele perguntou pegando a mão da garota, que estava gelada.

_E-eu me vi _a loira respondeu após alguns segundos de silêncio e Remus arqueou uma sobrancelha._ Saiu uma cópia minha do armário.

_E por que teve medo de si mesma? _Aluado perguntou voltando os olhos para o jogo na esperança que ela conseguisse se abrir melhor caso não tivesse que encarar os olhos dele.

_Não me assustei comigo _Frey comentou._ Não era eu. Era uma versão das trevas. Como se...

_Como se você tivesse se tornado uma comensal _o loiro completou a frase como se já soubesse do que se tratava.

_Acontece isso com você?

_Mais ou menos _ele deu de ombros._ Sempre vejo um lobisomem e bem... É meio óbvio que seja eu, então é quase isso que está acontecendo contigo.

Então o silêncio se instalou entre os sois por alguns minutos. Até que Remus resolveu tocar em um assunto um pouco mais delicado.

_Como você está com relação a tudo que aconteceu? _Remus perguntou.

_Órfã _ela respondeu rindo com escárnio._ Não tem como ser diferente disso.

_Estou falando sério, Frey _o rapaz disse sério.

Ela suspirou pesadamente e resolveu deitar a cabeça no ombro do amigo, ainda mantendo a mão entrelaçadas com a dele.

_Uma bela merda _ela sorriu triste._ Mentalmente confusa. Emocionalmente instável. E tudo piorou depois que Sirius ferrou comigo. Acho  que estou ficando maluca.

_Maluca? _Perguntou ele franzindo a testa.

_Alucinações _disse Frey._ Estou tendo muitas alucinações. Muitos pesadelos. Não consigo dormir mais. Eu não aguento mais.

_E por isso que você pretende fazer o que quer fazer? _Perguntou o amigo.

_Vai ser bom.

_Já contou para mais alguém?

_Não e nem vou _a loira respondeu._ Só o que restou da minha família vai saber e você agora. Mas não conte para ninguém.

_Sabe que todos ficaram desapontados e tristes, não sabe? _Ele perguntou e ela assentiu._ Vai magoar a todos. Você não precisa fazer isso.

_Uma hora eles saberão que é para o bem de todos.

_Quando pretende fazer isso?

_Assim que terminar as aulas _a loira sorri nostálgica._ Eu ficarei bem. E você tem que me prometer cuidar deles.

Dear Mr. PotterOnde histórias criam vida. Descubra agora