Depois de Todos Esses Anos

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O vento estava fresco por causa do verão. O cão de caça com pelagem negra observava atentamente a casa da qual havia procurado por dias. Estava começando a escurecer, mas a agitação dentro do imóvel era grande.

Sua visão em forma canina lhe permitia permanecer a distância enquanto observava a agitação. Sua audição aguçada permitia que pudesse ouvir a correria que estava dentro do ambiente, além das gargalhadas exageradas.

Poucos instantes depois uma mulher saiu de uma aparatação, em frente à casa. Os cabelos loiros esbranquiçados até o meio das costas era inconfundível, apesar das roupas não usuais que usava. Aquela ali era Frida Malfoy.

O cão observava a mulher ajeitar as vestes estranhas, desamassando o vestido longo verde esmeralda e retirando o casaco de pele branca. Sentiu o tão comum e inconfundível cheiro dela que o vento trouxe. Agitou-se onde estava.

Foi tirado de seus pensamentos quando um grito agudo e infantil chamou sua atenção, vindo da janela da casa de cor branca.

_Mamãe! _Uma criaturinha loira atravessou a porta correndo e se lançou aos braços da Malfoy, fazendo-a gargalhar enquanto pegava a criaturinha.

O cão ficou inquieto. Mamãe? Aquilo não era possível. Sua ira quase o fez rosnar, mas tentou se manter em silêncio.

_Adha, sua mãe está velha e você um pouco grande para continuar fazendo isso _comentou a Malfoy enquanto ajeitava a menina sobre o colo e uma outra criaturinha aparecia na porta._ Vocês dois já não deviam ter tomado banho?

_Eu estava indo agora até Adha começar a gritar _justificou um cópia infantil de James Potter. Harry.

O cão havia encontrado finalmente. E estava ali, sob a proteção dela. Havia matado dois coelhos com uma única cajadada.

A Malfoy colocou a pequena menina no chão e gesticulou com as mãos para que fosse andando.

_Os dois direto para o banho antes que eu tenha que arrastar os dois _ela ordenou e as crianças correram para dentro da casa rindo. Pôde ver o peito da loira subir e descer em o que pareceu ser um suspiro.

Um homem surgiu então na porta, com as mãos escondida pelos bolsos da calça. O cão nunca confundiria aquele homem, já que se tratava de um dos seus antigos melhores amigos, Remus Lupin.

_Eu preparei um chá para você _informou Remus, que causou a infelicidade do cão. Qualquer alegria que pudesse ter ao ver o antigo amigo desaparecendo aos poucos. Aquela ali seria a casa dele também? Não podia ser possível.

_Você é um péssimo padrinho _informou a Malfoy cruzando os braços vendo Remus sorrir nervoso._ Eu pedi para colocar as crianças na cama porque chegaria tarde. Nem de banho tomado eles estão.

_Perdão, Frey _desculpou-se Remus enquanto ela passava pela porta._ Harry e Adhara sempre acabam me dobrando.

A porta então se fechou. O cão resolveu então atravessar a rua para continuar ouvindo o que acontecia no ambiente. Ficou a uma distância razoável da janela que exibia uma sala de estar, conseguindo avistar o que acontecia no interior.

Frida havia se sentado após aparecer com uma bandeja com xícaras e um bule. Remus se posicionou em uma poltrona de frente para ela enquanto a loira apoiava a bandeja em uma mesinha de centro servia as xícaras com chá fervente.

_Como foi seu jantar com o Ministro? _Perguntou Remus demonstrando interesse.

_Se soubesse o quanto eu não suporto Fudge você não faria essa pergunta _respondeu após suspirar pesadamente e bebericar a xícara de chá. 

Dear Mr. PotterOnde histórias criam vida. Descubra agora