Franzi o cenho para ver se não era mesmo uma visão, o que ele estaria fazendo ali? Era mesmo o Matt. E ele tava com uma bola debaixo do braço. Impossível não sorrir.
— Você não ia estar em São Paulo essa semana?
Ele balançou os ombros.
— Desisti... — Ele tirou o livro de inglês do meu colo — Bora jogar que vai ser mais interessante que – ele rolou os olhos pelo titulo da página em aberto — "Present Perfect e Simple Past no Inglês Americano e Britânico" — Ela fez uma careta fofa que me fez rir.
— Olha a minha cara de alguém que sabe jogar bola...
— Olha tua cara de quem quer estudar inglês.
— Touché — ri mais um pouco roubando o livro de sua mão e guardando na mochila — Mas isso não significa que eu saiba jogar bola mesmo assim...
— Eu te ensino. — piscou depois esticou o braço para eu levantar. Peguei na mão dele e seu toque deu um choquinho fazendo o coração acelerar levemente. Levantei sorrindo.
— Você não tem cara de professor, Matt.
— É técnico... — ele me puxou para mais perto dele, resultando um arrepio em toda a espinha, então sorriu e sussurrou no meu ouvido — E tenho sim!
— Para. Eu sei que todos os jogadores chamam o técnico de professor.
Ele sorriu sem graça. E assentiu. Então me soltou e me arrastou até o campo e a gente jogou bola. Quer dizer, como eu não sou nada boa acabava com ele rindo muito das minhas falhas e depois fazia de tudo para me humilhar. Ou para me impressionar. Aposto que ficamos ali a tarde toda "brincando". Fazia tempo que não jogava, odiava educação física e vivia fugindo ou me escondendo quando decidiam jogar futebol. Mas até que foi divertido no fim, mesmo quando começou a chover.
Foi até mais divertido junto com a água que deixava o campo um sabão. Eu praticamente deslizava pela grama. Além do Matt ficar gostoso demais todo molhado. Deus!
— Na trave... — ele chutou a bola. Só fez um Tuuum bem agudo.
— Duvido que faça de novo. — Eu corri pra buscar a bola ele ria do outro lado do campo.
— Chuta pra cá então. — Ajeitei a bola no meu pé e chutei meio desajeitada. Ele riu. E buscou a bola que tinha ido meio torta. Chutou. TUUUUM. Logo depois fez uma referência que os atores fazem depois do espetáculo e eu fingi bater palma.
— E sabe fazer coruja...? É coruja que se diz?
— É... — murmurou indo buscar a bola.
— O que é coruja?
Ele ajeitou a bola no pé. E chutou bem no canto do gol. Pra ele entrar. Mas quase que na trave.
— Isso é coruja... — sorriu.
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MENINA DO CLOSET [História Completa]
Ficção AdolescenteA Vida dessa garota está por virar de cabeça para baixo, tudo por causa de uma aposta, mas como ela ia adivinhar que, por conta disso, ia se apaixonar por um cara que literalmente não existe, não é? Quer dizer, o ROSS existe, mas é virtual! E depois...