No presente da história, Sara ficou curiosa. Perante essa curiosidade, não resistiu perguntar a Werner:
- Acha que houve alguma coisa entre a Margarette e o Filipe?
Werner abanou com a cabeça que não, respondendo posteriormente:
- Acha mesmo? Mais rápido a Dona Helen tinha traído o Senhor Filipe com o Doutor Afonso do que essa barbaridade que acabou de dizer! A Dona Margarette era uma pessoa pura! Por favor, não vá por aí!
Com o seu tradicional sorriso malvado, Sara afirmou:
- Meu querido amigo, sabe que os mais velhos aprendem com os mais novos, não sabe? Então oiça... Nem sempre as pessoas são quem nós pensámos! Devemos desconfiar de toda a gente, ninguém é 100% de confiança!
Werner respondeu que preferia seguir as suas intuições e manter como recordação o lindo sorriso e olhos puros de Margarette. Sara, melancólica perante aquela observação, decidiu mudar de assunto:
- Oh Werner! Lembrei-me agora... Porque é que acho que está diferente da última vez que falámos? Quer contar-me algo? - Perguntou.
Werner afirmou que já lhe tinha dito que todas as novidades que soubesse, contava à inspetora. No entanto, Sara não se demonstrou confiante.
Quando Sara entrou na mansão, o clima, como sempre, era péssimo, mas agora mais ainda... Quando lá entrou, avistou Carolina sentada no sofá, enquanto Cloe se abraçava a Letícia, com um ar assustado. Isabel actualizou Sara daquilo que se passou enquanto estiveram fora:
- Encontraram uma nova carta na caixa de correio. Desta vez era para a Cloe. Lê atentamente! - Pediu. Sara leu a carta, guardando-a posteriormente.
- Mas aquilo que diz aqui é que a Cloe tem um vício e que o mesmo será revelado. Que vício é esse Cloe?
Cloe ficou sem palavras. Olhou para a avó, Carolina, que estava extremamente enervada. Depois para Letícia que abanou com a cabeça que sim.
- Desembucha Cloe! Demoras muito caraças? - Perguntou Sara.
Carolina intrometeu-se de imediato, alegando que ninguém falava com a neta naqueles modos. Cloe pediu à avó para se acalmar, que ia contar tudo...
- Eu estou viciada em tabaco, só isso! Cada vez que não estou em casa fumo! - Contou Cloe.
Carolina, mais uma vez, divagou:
- Fumar faz mal, é verdade! Mas diga lá inspetora se não acha bonito ver uma mulher a fumar? Eu acho tão chique!
Sara garantiu que a conversa da velha senhora estava a tornar-se enjoativa. Posteriormente, fez uma observação:
- Mas que estranho Cloe! É tão raro sair de casa! Às vezes que sai da mansão é razão para estar viciada? - Perguntou. - Se saísse para trabalhar nas empresas como as suas irmãs e o seu primo, até acreditava na sua informação... Mas não é o caso, pois não?
Cloe tinha ficado sem palavras. Garantiu a Sara que não tinha mais nada para lhe responder. A matriarca Carolina informou que ia para o escritório com a neta e que não queria ser incomodada. Sara, de imediato, voltou a atacar:
- Mas que novidade! Como sempre isola-se no escritório com alguém quando quer ocultar alguma coisa ou quando sente que pode ter de o fazer, não é verdade? - Perguntou a inspetora. Carolina olhou para a jovem com um olhar de ódio, mas nem por isso pôs o orgulho de lado e deixou de se esconder com a neta.
Sozinha com Sara e Isabel, Letícia dirigiu-se à inspetora num tom autoritário:
- Não sei se já reparou menina Sara! Mas desde que pôs os pés nesta casa que causou muita instabilidade!
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O Chantagista
غموض / إثارةSara é uma inspetora recém formada de 31 anos que enfrenta agora a sua maior investigação, que não se revelará nada fácil. Na mansão da família Vasconcelos tem de descobrir a identidade de um chantagista lá infiltrado. No entanto, terá de enfrentar...