brigas e prazer

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1990.

Eles começaram a discutir, como se isso fosse resolver todas as pendências passadas. Cláudio jogava de novo que Elena havia ficado com Pedro na frente dele, Elena rebatia dizendo que aquilo foi um teste para ela mesma, porque ela estava muito envolvida e precisava provar para ela mesma que não...

- Acho que já tivemos essa discussão antes. – Elena disse e voltou a se sentar na beirada cama.

- É, sim acho que tivemos... – Cláudio se recostou na cômoda e passou as mãos pelo rosto.

- Exatamente essa...

1985.

- Você me deixou lá, sozinha.

- Você estava muito bem acompanhada, pelo que vi. – respondo cético. Continuo quase enfiado dentro do motor do carro. Finjo mexer em algo, mas nem consigo me concentrar. Ela me desconcerta todo.

Como pode ter raiva, vontade de bater e tesão pela mesma pessoa? Bufo e espero que ela diga algo. A oficina do meu pai está desativada, fica na antiga estrada que dava acesso à cachoeira, agora existe uma estrada e uma passarela apropriadas. Então, estamos meio que no meio do mato e, apesar de eu estar sujo de graxa, já começo imaginar como seria comer Elena em meio a essas peças e cheiro de gasolina e...

- Não a mesma coisa... – Elena diz baixo, quase sussurrando e eu finalmente olho para ela.

- Não vamos discutir isso, okay. – Jogo a ferramenta no chão e me agacho para procurar outra na caixa.

- Não foi, Cláudio, você precisa me escutar. – ela se aproxima. Eu me levanto e volto minha atenção para o capu do carro. – Cláudio, o que estamos fazendo?

- Conversando? – pergunto sem olhar para ela.

- Na nossa amizade, engraçadinho. – ela cruza os braços, fico tentado a olhar a cara que eu sei que ela deve estar fazendo, mas continuo fingindo consertar algo no motor, como continuo fingindo que não me importo.

- Transando? – respondo e olho para ela. Pego um estopo e começo a limpar o aro do óleo.

Ao ouvir a palavra ela muda nitidamente de semblante. Elena é muito sexual e o seu tesão chega a ser invencível. Ela parece prestar atenção em mim pela primeira vez desde que entrou aqui. Ela me olha de cima a baixo. Sinto seu olhar queimar em cada lugar em que para.

Primeiro na minha boca, ela morde o lábio. Depois acompanha o suor que desce pelo meu pescoço, estou com uma camiseta branca, surrada, mas branca, e sei que ela adora esses contrastes e como dá mais ênfase para cada movimento dos meus músculos. Ela para o olhar no botão aberto da minha bermuda de brim azul escura, é uma bermuda velha que uso na oficina e Elena volta o olhar para meu rosto quando vê o volume do meu pau, quase completamente ereto. Que filha da puta. Mas eu mantenho a pose.

- Okay. Estamos transando... na verdade não nesse momento, embora eu preferisse do que ficar aqui tentando fazer você entender que... – ela gesticula e amarra o cabelo dando um nó com ele mesmo, eu adoro quando ela faz isso e não resisto.

Atravesso a distância entre nós e ao mesmo tempo em que a pego no colo, a coloco sentada sobre a bancada atrás dela.

- Tentando entender o quê? – digo bem próximo ao rosto dela.

- Que... – ela olha para minha boca – Nenhum beijo mais tem graça, eu precisei beijar outros pra ter certeza que só quero o seu beijo...

E então eu descubro que não estava preparado para ouvir isso, eu voltei dos EUA querendo curtir tudo que não curti por aqui, pensei em pegar Minas Gerais e arredores inteiros, queria farra, curtição, e de repente vou pra cama com minha melhor amiga, numa noite de muito tesão e começo a acordar todos os dias desejando foder com ela... Fico questionando a mim mesmo "Cláudio, isso é só tesão, vocês são amigos há anos, amigos que gostam de transar um com o outro, apenas isso... Será??"

- Só penso nessa boca carnuda e macia na minha e no meu corpo e na minha buceta... – ela para de falar e segura meu rosto entre suas mãos.

Estou inebriado por seu cheiro e por sua voz, sei que ela quer que eu diga algo, não sei o que responder, então apenas ajo. Agarro Elena e a beijo com intensidade, ela arranca minha camiseta com destreza, não paramos de nos beijar um segundo, eu a quero. Ela está de vestido e eu coloco uma mão por baixo e sem pensar muito, arrebento sua calcinha na lateral, ela sorri e dá um pulinho sem tirar os lábios dos meus. O beijo começa a tomar mais velocidade, eu abaixo e arranco seus seios para fora do vestido, chupo e mordisco do jeito que eu sei que ela gosta e eu adoro.

Solto Elena e alcanço a toalha que havia trazido para tomar banho mais tarde, estendo a toalha no chão e pego Elena da bancada e desço com ela por cima da toalha. Ela está me beijando de forma muito gostosa, eu poderia dizer... de forma apaixonada? Não quero pensar agora, só quero sentir. Eu quero foder Elena bem forte e bem duro, preciso gozar nessa mulher, mas de repente, todos os questionamentos da semana se misturam e eu quero que ela sinta que é minha.

- Quero você...

- Você me tem... meu preto...

- Minha branquinha... – estou beijando Elena por todas as partes. Meu pau fica mais duro quando ela diz "meu preto", eu não sei como ela consegue... eu preciso fazer ela sentir o quanto meu corpo pertence a ela. Ela está por cima de mim, penso em retirar a bermuda e então ela se abaixa e puxa meu rosto para falar algo ao meu ouvido.

- Faz amor comigo? – ela sussurra e meu corpo inteiro a obedece, no ato.

Retiro a bermuda com ela ainda em cima de mim e dou um giro rápido ficando por cima dela, ela sorri. Eu a beijo e paro com a boca sobre a dela, quero acalmar nossas respirações, e então, com muito carinho, eu abro suas pernas e enfio meu pau bem devagar. Ela vai sentindo minha pica abrindo sua buceta e vai gemendo, de olhos fechados, ela se entrega, quero encontrar nosso ritmo, então a beijo e ela se volta toda pra mim.

Pego seus braços e ponho envolvendo meu pescoço, e ficamos assim, fazendo amor, num ritmo gostoso, intenso, mas doce. Eu tiro os fios de cabelo do seu rosto, ela abre os olhos e sorri, enquanto estou ali, comendo aquela mulher tão entregue, e tenho vontade de me entregar também.

- Eu te amo. – digo sem pensar... ela sorri e quer me beijar como resposta, mas eu preciso ouvir. – Diz que me ama, Elena. – eu peço, cálido.

- Eu amo você, Cláudio.

E então, gozamos. Um gozo forte, não consigo sair de dentro dela, vamos contar com a sorte... 

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