Capítulo 16 - Adoradores da Lua

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ALUADOS
Lua de Prata

Parte XVI

|Hogwarts|
| Janeiro de 2009 |
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Milla estava imersa novamente em uma de suas memórias em Hogwarts. Havia acabado de voltar à escola para a última metade do seu terceiro ano. Ela, Pietro e Arian haviam combinado de manter entre eles o ocorrido em sua casa no Natal, até que estivessem reunidos todos novamente.
Também conseguiram contornar a situação com Nate, que havia passado a maior parte desacordado, e o fizeram acreditar que a briga com os Gauthën havia se complicado por conta da traição de Aisha. E não precisaram mencionar os eventos do Cemitério. Milla não queria envolver mais ainda o irmão.

Foi logo que chegou em seu dormitório no final da tarde, que recebeu um coruja de Thomas, no bilhete mencionava uma reunião na madrugada, e entre meias palavras deixava claro que tinha descoberto algo a ser compartilhado. Era a oportunidade perfeita para contar sobre Aisha, Jeff e o pai dele.

Milla deixou de descer para o jantar e ficou desarrumando as malas, observou na cama próxima a sua, as coisas de Anya, achou estranho a amiga ainda não ter aparecido. Acabou se distraindo e deitou para escrever em seu livro azul, ajudava a aliviar os pensamentos. Sem perceber o tempo foi passando, o relógio já marcava meia noite.

Ela levantou em um pulo, guardou o livro azul dentro do bolso interno das vestes e se arrumou com pressa colocando o máximo de blusas que conseguiu. Saiu silenciosa, desceu a passos leves as escadas dos dormitórios, por sorte e com o avançar da hora não encontrou ninguém acordado. Saiu pela passagem da Comunal.

Agradeceu por ter colocado mais casacos. O vento do pátio já lhe cortava as orelhas. Apresou o passo rumo à ponte coberta, começando a desejar que Thomas tivesse escolhido um local mais quente que os rochedos para o encontro.

O frio e a neblina passavam intensos pela ponte, dando um visual assustador para o caminho. Ela respirou fundo e continuou, havia dado alguns passos na ponte quando um vulto se tornou visível a sua frente. A criatura era disforme e se mexia de forma estranha sem sair do lugar. Milla se aproximou com cautela, a varinha firme em mãos. Parecia não ter sido notada. Pensou, talvez com sorte pudesse passar despercebida pelo ser.

O coração já palpitante, sua curiosidade somada à vontade urgente de ver Thomas a fizeram correr o risco. Estava a poucos passos, a silhueta começou a ganhar forma em meio à neblina densa. Milla segurou a respiração, e quando estava próximo o suficiente para poder identificar o que era, foi obrigada a segurar o riso da situação toda.

- Tantos lugares nesse Castelo, tinha que ser aqui? – Milla ria.

A sombra deu um pulo e se dividiu em duas, em dois pra ser mais preciso, revelando-os.

- Caramba Milla, quer me matar do coração! – Pietro tinha o rosto todo corado e as vestes desarrumadas. Arian ao seu lado ajeitava a toca pendente em sua cabeça.

- Acho que nos perdemos um pouco no tempo. – Arian ria de volta para Milla e como de costume desandou de falar. – Nós estávamos indo encontrar Thomas, mas Pietro mencionou que seus lábios estavam congelando, então resolvi aquece-los, foi aí que nos começamos a...

- ARIAN! – Pietro tapou a sua boca com as mãos pesadas de luvas. – Certo, vamos logo.

Pietro segurou Milla por uma mão e passou um braço por detrás do pescoço de Arian os guiando pra fora da ponte, enquanto os outros dois riam. Continuaram pelo caminho sinuoso do bosque até se tornar íngreme, subiram com esforço até finalmente chegarem a clareira no topo de um dos montes rochosos.

Aluados - Lua de PrataOnde histórias criam vida. Descubra agora