Capítulo 34

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Samael narrando

Os anos se passaram, estamos perto da Alcatéia de Roman, a garota está com 12 anos, ela me ajuda com alguma coisas, ela é quieta e doce, ela tenta se aproximar, mas eu sempre a evito, ela se acostumou com a forma em que vivemos, a cada dia fica mais difícil explicar o porquê de eu nunca comer com ela e precisar sair a noite para fazer isso, ela está ficando grande e é bem difícil, mas vou tentar ao máximo esconder, sei que ela saberá um dia, mas não agora, estamos sentados em uma casinha velha no meio do nada, estou olhando o mapa para ver quanto tempo ainda demoraremos para chegar até Roman, porque ele tinha que ir tão longe?

Sam- Bem acho que em 7 anos chegaremos até Rom, espero que nada de errado e tenhamos que ficar parados, o inverno que passou nos atrasou em muito tempo, tanta neve e frio, você não aguenta ficar lá fora

Ana- eu não sei como você aguenta, e só usa estas roupas, como pode? – ela é esperta, sua diaba, mas vou ganhar de você

Sam- sou homem, sempre vivi assim, estou acostumado – ela ergue uma sobrancelha

Ana- hãm, ok, mas ainda acho que tem algo mais- me irrito

Sam- eu já disse, sem perguntas garota, agora se cale, preciso pensar – ela se assusta e se deita para dormir, depois de um tempo vendo o trajeto e vendo qual o caminho mais perto vejo que ela dorme e resolvo guardar o mapa e observar lá fora.

Passou-se um tempo e escuto ela gemer, não me movo, mas ela geme mais e logo me chama chorando

Ana- Tio Sam...- é mais como um sussurro – estou com muita dor, e tem... tem algo vermelho saindo de mim – sinto o cheiro e me viro rápido e vou até ela

Sam- como se cortou dormindo? – ela chora apertando a barriga, mas não o estomago, mas o baixo ventre, então assim que me aproximo vejo que só suas pernas e a parte de baixo de seu vestido estão manchadas de sangue e o sangue não é de corte, o cheiro é diferente, então lembro que li sobre, ela agora pode ter filhos, merda! Como vou dizer isso, mais essa agora todo mês vai ser assim, vou fazer o que? Como vou dizer como aparar isso? Então ela me olha com medo pois estou quieto a muito tempo encarando o sangue

Ana- é muito grave tio? Dói muito – a olho

Sam- bem...é...não é grave, você agora é um adolescente, isso é normal, vai ser assim todo mês – ela me olha

Ana- mas eu não me cortei – droga, como vou falar isso?

Sam- não, não se cortou, isso sai... sai de você por onde faz xixi, fique calma não vai morrer, é coisa de mulher – ela parece pensar, mas que porra de situação embaraçosa

Ana- como sabe? O que vou fazer para não sair – mas que merda, eu não queria ter que dizer isso a ela

Sam- isso vai durar uns 5 dias, tome, use esse pedaço de pano, troque sua roupa e a debaixo, ponha na calcinha tapando tudo lá embaixo e sempre que sentir que está úmido troque, amanhã vamos achar água para você se banhar – ela me olha e pega o pano que rasguei de minha camisa

Ana- não pode me ajudar? Sabe a pôr? Eu não sei como é – mas que merda, eu não vou por nada na intimidade de uma criança

Sam- não, eu sou homem, nunca um homem pode ver uma mulher sem roupa entendeu? – ela faz que sim

Ana- pode então pôr na calcinha limpa para eu ver como faz – mas como? Nem eu sei

Sam- bem me dê aqui- peguei e analisei por um tempo e vi o melhor jeito- faça assim, ponha aqui onde fica em baixo, tem que dobrar para ficar do tamanho e não pode ser fino ou vai sair para fora, e não podemos estar toda hora parando para achar água – ela assente e eu vou para a janela para que ela se troque, então assim que termina ela me chama

Bem Vindo ao fim das Eras (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora