Samael narrando
Uma semana se passou e Ana acordou dois dias depois, seguimos caminho, sem parar muito, apenas uma manhã para Ana dormir, não falamos muito depois de tudo, Ana está muito quieta e assustada, seus pesadelos passaram de gemidos a gritos e palavras em uma língua que nunca ouvi, Daiana sai sempre paramos, segundo ela precisa se alimentar, eu não a quis mais, ela entendeu, então tem sair caçar, eu também precisarei, mas amanhã, durante a noite vamos parar e eu deixarei Ana com Dai e irei.
A noite caiu e Ana e Dai vão na frente sem dar uma palavra, eu vou junto, mas atrás, sei que Ana está com raiva e medo, ela nem ao menos sabe de mim e sinto que ela desconfia, mas não exatamente, mas não quero falar, melhor assim.
O dia clareou e eu resolvi parar na mata, não havia casa perto e aqui é quente, então Dai saiu com Ana para o água, e então eu sai a procura do que comer, assim foi, eu comi mais uma vez, mas dessa vez foram muitos, passei o dia caçando e comendo, hoje pareço estar mais faminto foram 100 pessoas, algo que a muito não fazia, eu não entendo porque, está noite e eu estou ensanguentado e me sentindo culpado, o ar está diferente eu não sei, tem algo errado, resolvo correr para onde deixei elas, corro o máximo que posso e chego perto do lago e elas estão sorrindo e falando ao redor de uma fogueira, param assim que me olham, então eu nada digo, me sento longe e fico lá, quieto, Ana deita de costas e adormece vejo pela sua respiração, ela está cansada, a dias não descansa bem
Dai- vejo que está nervoso- ela senta perto
Sam- estou, há algo errado comigo- ela me olha
Dai- nossa, achei que so eu tivesse sentido, tem algo pesado no ar, temo pelo que seja – eu tiro o capuz e encaro
Sam- como assim?
Dai- eu já vi isso uma vez, não é nada bom, temos que encontrar um lugar seguro, aqui não é nada bom, uma caverna seria o ideal – ela só pode estar brincando
Sam- está brincando não? Aqui é o sul, cavernas são raras, não deve haver uma em anos de distância – ela abaixa a cabeça
Dai- eu sei, mas amanhã teremos de encontrar um lugar melhor, eu sei o que digo – eu penso
Sam- quando viu algo assim? Além da sensação do ar carregado e eu me sentir mais faminto não há nada diferente
Dai- há sim, o dia de sua provação está bem perto, o destino está impaciente de novo, eu não sei o que ele é, mas se for algo como um Deus, ele está parecendo um Deus mimado e cheio de vontades brincando com suas bonecas e quando elas não fazem o que ele quer ele trabalha duro e faz com que as coisas sejam da maneira que ele acha melhor, e vocês estão dificultando o trabalho dele, então ele vai mandar algo grande e te fazer ir onde ele quer, temos que ser fortes se quisermos seguir o plano até o fim
Sam- fala da profecia? – ela concorda- mas o céu não está vermelho- ela ri e me olha
Dai- não foi de uma hora para outra, isso é gradativo, sua fome, seus desejos, uma coisa de cada vez até você estar tão insatisfeito que nada além dela será capaz de de te satisfazer e se você fizer, tudo se repete e assim sucessivamente num ciclo sem fim de sofrimento até o fim dar eras, até o dia que o destino se cansar e acabar com tudo – ela só pode ser doida
Sam- você não bate bem, vá dormir, sairemos, cale a boca maldita e durma – ela ri e vai para perto de Ana e dorme, uma de costas para a outra, é melhor assim, nada as pega de surpresa, o que será que essa doida que dizer, porque eu acho que ela não quer que minha mãe sofra? Ela parece gostar muito de minha mãe, parece uma admiração enorme, parece até... amor... não ela não amaria a mulher do diabo a não mesmo, sendo que pode ser morta por ele, minha mãe nunca amaria outro ou outra, ela ama meu pai e vai ser assim pela eternidade, eu sei disso, a prova? Eu estou aqui, mesmo não podendo falar com ela eu a sinto aqui, na minha parte humana, lembro do som de sua voz, de seu rosto pálido e sem vida, foi o único contato que tive com ela, nunca senti o calor de minha mãe, seu cheiro e nem seu amor, eu nunca soube o que é isso, o mais perto disso que tive foi com Ana, ela me abraçou, mesmo sendo uma coisa frágil, me senti acolhido em seu colo, mas mais uma vez eu não posso correr para os braços da mulher que foi feita para mim, mais uma vez tenho que rolar pelo mundo em busca de coisas que as vezes me pergunto se são mesmo o certo, mas dai lembro do sofrimento de minha mãe, de sua luta sem fim, e de nunca desistir mesmo vivendo os horrores que viveu, não seria justo com ela fazer isso...
A noite passou rápida, Ana levantou se banhou e saímos, caminhando sempre, algumas paradas para cochilo e comida, mas logo retomávamos, Ana parecia cada dia mais com medo, mais aflita os pesadelos mais fortes e mais claros, eu anotava tudo que ela dizia, era uma língua estranha, Dai disse que era enoquiano, eu não sei mais o que pensar, Ana sente medo de mim, ela me olha com terror, e eu não entendo, ela não da um palavra nem mesmo com Dai, ela está aterrorizada.
1 mês se passou e hoje a tarde encontramos lenha e ajeitamos uma caverna que por milagre encontramos, Ana parecia pálida e fraca, suava frio e dizia sentir dores, eu sentia vibrações em meu corpo, como se algo estivesse prestes a sair, deixei Dai com Ana e fui me lavar, fiquei lá não sei quanto tempo, até que um cheiro me fez virar para o lado da caverna, é um cheiro que me fez ficar alucinado, é forte e doce, algo como morangos mas bem mais tentador, saio nu mesmo da água, sinto que meu demônio está saindo, estou em uma briga interna comigo mesmo, estou no limite, olho para o céu e vejo, ele está vermelho, é a profecia, eu não sei se vou resistir, assim que entro na caverna, completamente duro e sentindo meu demônio arrombando as portas do meu auto controle para sair, fazem anos que não me transformo, ele está insaciável, o que vejo faz eu querer matar a mim na hora, Ana grita de dor, Dai tenta segura- lá, mas ela chora e grita e segura seu ventre, quando me ve depois de um mês sem me dirigir uma palavra ela diz
Ana- faça, tem que fazer, eu não aguento mais dói muito, eu sei eu vi, tem que fazer, só faça por favor eu não me importo, ela disse que está tudo bem que vai me ajudar e que não é tão ruim, você precisa fazer samael faça... – eu não sei o que ela quer dizer, mas eu quero muito fazer, então quando meu demônio começa a tomar o controle eu solto um rugido e sangue escorre pelas pernas de Ana e Dai corre até mim, que já estou me transformando ao sentir o cheiro doce do sangue de Ana, Dai me joga lá fora e eu revido, mas ela consegue me jogar bem longe enquanto me transformo completamente, eu penso em ir até lá, mas Daiana me encontra e grita
Dai- PARE SAMAEL, TEMQUE PARAR, AGORA, PRECISA ME OUVIR EU SEI QUE NÃO QUER FAZER ISSO, ME OLHEAGORA- eu com muito esforço olho, juntando o pouco de auto controle que meresta – FAÇA COMIGO, FAÇA AGORA, EU POSSO MORRER, MAS ELA TEM QUE VIVER, SUAMÃE CONTA COM VOCÊ E SE A PERDER FICARÁ PERDIDO, FAÇA AGORA- ela tira a roupa e fica em seus joelhos emãos, eu junto o que ainda tenho de forças e me enterro nela sentindo o cheirode Ana e ouvindo seus gritos de dor, sei que o fato de não ser ela a faz sentirmais dor, e o meu prazer não é o mesmo, mas preciso ficar longe, então sempensar e sem dó eu faço movimentos brutos e violentos, os gritos de Daiana sãode pura dor e terror eu a estou matando, estou sugando sua energia e a rasgandopor dentro, por mais força e violência que eu faça nada me faz sentirsatisfeito, eu nem sei por quanto tempo fiquei assim, até que sinto que vireidentro dela, então um urro demoníaco sai de minha garganta preenchendo todos oscantos da terra e então sinto o corpo de Dai sumir por meus dedos e virar pó,como de primeira vez em que fiz isso então a escuridão me toma e não vejo maisnada...
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Bem Vindo ao fim das Eras (CONCLUÍDO)
RomanceAviso: ☢☢🔞🔞Contém sexo, violência e cenas de cunho abusivo, se não estiver interessado nem leia ou tente prejudicar a obra! Será uma saga, ainda não sei quantos livros, mas no mínimo 5, cada história contará a vida de cada um dos personagens homen...