Capítulo 3

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Saio daquele banheiro com o pensamento de que um certo tipo de troco foi dado mas pelo pouco que conheço de Alexandra sei que impedir ela de me tocar e de poder matar sua vontade vai me custar muito caro, entro no carro sem dizer uma palavra vejo que ela não me olha nem me dá bola ferrou esse resto de campana pelo jeito vai ser um martírio.

Duas semanas se passaram desde a última vez em que eu e a Alexandra ficamos sós e devo dizer que a convivência por ela ser a minha mentora e acima de tudo minha superiora está cada dia mas insuportável, todos da delegacia já devem ter notado as investidas de Flávia e isso visivelmente a incomoda pois eu sei pelo pouco que convivo com ela ou quando é possessiva, sei que posso estar criando teorias de que ela goste e se importe um pouco comigo eu juro eu não queria sentir o que eu estou começando a sentir essa mulher povoa minha mente rouba toda minha sanidade eu não consigo desejar outra pessoa e isso está me incomodando.

Hoje me convidaram para um happy hour pois já estamos completando seis meses metade da nossa jornada desse ano probatório imagino que ela vai estar lá, mas eu juro por tudo de mais sagrado que existe dentro de mim que eu não vou chegar perto daquela mulher se ela acha que quando desejar pode vir e me usar e depois descartar ela está muito enganada.

A chegada no bar foi tranquila eu juro que esperava que ela estivesse aqui mas pelo jeito ao menos por essa noite eu vou conseguir que essa mulher não tome conta dos meus pensamentos, peço logo um shot de tequila sei que estou o dia todo sem comer mais não fará muita diferença no final da noite sinto que alguém me observa e essa sensação de que alguém consegue me ver sem eu saber quem é incomoda demais as olhada no local e não encontrei ninguém diferente ou melhor eu não encontro ela. Vejo Flávia se aproximar de mim com dois copos na mão, mostra um sorriso travessoe pela primeira vez eu consigo admirar a bela mulher que ela é um pouco mais alta que eu pernas grossas, barriga chapada, um belo par de seios muito atraentes, boca carnuda e seu cabelo longo negro preso em um rabo-de-cavalo totalmente formal que me dá ideias muito interessantes. Começa a notar como não te vi antes assim Flavinha aquela maldita delegada tomou tanto conta da minha mente eu deixei passar um avião desses aceita um copo de bebida e começamos uma conversa tão leve ,tão tranquila que pela primeira vez eu me esqueço dela me esqueço do mundo.

As horas passam e começo a perceber que o bar antes abarrotado de gente agora está quase vazio tenho novamente aquela sensação de que estou sendo observada por alguém e isso já está me irritando, passo o olhar por toda a extensão do recinto e finalmente a encontro sentada em uma mesa logo atrás de mim no outro extremo do bar como olhar fixo em mim mexendo insistentemente as pedras de gelo contidas em líquido de cor cobre, me sinto desmontar por dentro aquela mulher tem um poder que eu não consigo definir sobre mim, noto que Flávia acompanha meu olhar e não gosta nem por um segundo da troca de olhares e da forma possessiva que a delegada está me encarando.

- E então Jéssica pelo jeito aqui já deu o que tinha que dar que tal você vir comigo pra um local mais calmo? (Flávia)

- Então Flávia é que, é que, nós poderíamos ficar por aqui mas um tempinho eu nem terminei minha caipirinha vamos ficar vai? (Jéssica)

- Tem certeza que é por causa disso que você realmente quer ficar? E não por uma certa delegada que está te encarando como doida? (Flávia)

- Que delegada meu Deus do que você está falando hein? (Jéssica)

- Não se faça de boba Jéssica eu vejo como vocês se encaram na delegacia e a forma que ela está olhando pra você agora me parece somente um coisa que vocês estão bem envolvidas. (Flávia)

- Ei pode parar de graça você está imaginando as coisas eu e Alexandra não temos nada ela nem da moral pra ninguém muito menos para mim, aquela mulher ali só por Deus. (Jéssica)

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