Capítulo 27

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Alexandra POV:

Essas últimas semanas tem sido um inferno no serviço casos intermináveis, problemas e mais problemas com papeladas, o Heitor enchendo o saco pois nosso casamento está se aproximando e para terminar tudo não consigo mais olhar na cara da minha mãe e não há questionar sobre as coisas que Jéssica vem descobrindo, sigo meu caminho para casa tentando manter os meus olhos abertos há muito tempo não me sentia tão cansada e tão esgotada como estou hoje essa semana já combinei com meu pai três vezes sobre ir jantar com ele mas sempre, sempre acontece alguma coisa para atrapalhar.

Resolvo não pensar mais e sim ir sei que amanhã provavelmente Nádia vai estar de folga então ele vai estar com alguma das enfermeiras plantonistas vou chegar de surpresa e fazer algum almoço gostoso para que ele sorria, chego em minha casa e converso um pouco com a minha mãe conto a ela sobre os planos sobre amanhã e a convido para que ela participe desse almoço sei das desavenças dos dois mas de verdade eu gostaria muito de guardar boas lembranças deles juntos depois que meu pai partir.

Acordo no sábado com uma sensação estranha não consigo compreender o que está acontecendo comigo vou até o quarto onde minha mãe está e chamo ela já está quase na hora de sairmos para casa do meu pai e só eu sei como minha mãe demora para se arrumar, faço minhas coisas no automático eu queria muito chamar Jéssica para ir conosco mas não quero nenhum tipo de briga que faça com que meu pai se exalte e passe mal já que ultimamente seu quadro anda se agravando um pouco cada dia mais e mais. Dirijo meu carro com uma angústia crescente em mim sinto uma pressa uma necessidade de urgência tomar conta de tudo, aquele velho instinto de que algo de ruim vai acontecer me faz ficar cega para qualquer coisa, minha mãe fala comigo e não compreendo nada, vejo meu celular vibrando insistentemente no console e o deixo de lado.

- Filha tá tudo bem o que que você tem quer que eu atenda o celular para você? (Nathália)

- Não mãe deixa tocar todos sabem que eu estou de folga e que hoje eu vou passar o dia com meu pai se realmente precisarem de mim quando eu entrar em contato com eles vou saber. (Alexandra)

- Está bem filha desculpa falar mas é que você está estranha desde a hora que acordou. (Nathália)

- Mãe é comigo, quando eu ver o meu pai eu vou sossegar agora só me deixa concentrar aqui no caminho tá bom. (Alexandra)

Chego na casa do meu pai e um silêncio inebriante toma conta de todo o espaço chamo por Nádia uma , duas, três vezes que só agora eu me recordo que aos sábados vem outra cuidadora para ficar com ele. Há casa esta gelada como se não houvesse ninguém morando ali subo as escadas correndo e adentro o quarto de meu pai e para minha surpresa ele não está lá, vejo a porta do banheiro entreaberta e corro ao abrir a porta sinto meu peito falhar. Vejo meu pai jogado no chão do box com água caindo sobre ele não o vejo se mexer ou esboçar qualquer tipo de reação e pela primeira vez em toda minha vida eu congelo não consigo fazer nada até que meu corpo volte a me responder, corro segurando ele em meus braços e sinto sua pele gelada grito minha mãe não só uma mas diversas vezes sem resposta alguma eu preciso de ajuda.

Checo sua pulsação e a sinto fraca como se algo faltasse para ele, desligo a água e o seguro em meus braços o arrastando até a cama procuro meu celular e não o encontro devo ter esquecido dentro do carro só pode, chamo minha mãe novamente e nada de ela vir me socorrer, puxo o telefone de cabeceira dele e está sem linha mas que merda está acontecendo aqui. Deixo meu pai por alguns instantes e vou correndo até a sala aonde encontro minha mãe sentada falando no telefone como se não tivesse me ouvido gritar por ela diversas vezes.

- Poha mãe você tá surda ou fingindo que não me escuta pelo amor de Deus meu pai não está bem e eu preciso de ajuda me dá esse celular. (Alexandra)

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