Capítulo 34

1.6K 106 21
                                    

Jéssica POV:

Faz quase duas semanas desde que sofri o fatídico atentando que levou a morte de Flávia, meu corpo se recupera lentamente eu já tinha tomado tiro mas usando o colete nunca tinha sentido tanto dor assim. Penso em tudo que tem acontecido nesses dias que fiquei aqui no hospital eu visitei meu sogro algumas vezes, fiz amizade com quase todas as enfermeiras, conheci muitas pessoas mas acima de tudo eu conheci ainda mais a minha delegada, eu posso notar a todo instante o quanto ela tá machucada e o quanto tudo que aconteceu está acontecendo afeta ela de uma forma impressionante. Tentei de todas as formas que ela me contasse o que aconteceu naquela noite entre ela e o Heitor mas parece que quanto mais eu pergunto menos ela quer falar.

Arrumo minhas coisas sobre o olhar atento de minha mãe óleo para ela e reconheço o mesmo olhar que ela tinha sobre mim quando eu cheguei em sua família, me movimento com um pouco de dificuldade ainda mas a sensação de saber que daqui a poucos instantes eu estarei na minha casa sem correr risco algum me faz sentir uma felicidade nem que seja momentânea. Lembro quando eu contei para Alexandra que o responsável pelos disparos era um tal de Camilo e ela depois disso mudou totalmente o seu modo de agir comigo creio eu que ela saiba quem é esse cara, penso em tudo que quero fazer voltar a trabalhar, voltar a tentar ter uma rotina normal mais não sei porque existe algo que me diz que minha vida nunca mais será a mesma.

- Pronto mãe vamos embora eu acho que eu já peguei tudo e eu tenho certeza não aguento mais passar nem um dia sequer dentro desse hospital. (Jéssica)

- Eu sei minha princesinha você não consegue imaginar quantas vezes eu imaginei sair com você desse hospital desde o dia que você deu entrada aqui, mas antes de irmos acho que você vai querer se despedir da Angélica e da Ariadne não é. (Adriele)

- Lógico que eu quero mainha Me desculpa que eu não aguento mais ficar olhando para as paredes é sério parece que esse quarto está fazendo parte de mim já ou melhor vou acabar virando um pedaço da mobília mas você tem razão eu preciso agradecer elas por quê se não fosse por elas eu jamais teria conseguido melhorar assim. (Jéssica)

Pego minhas coisas e saio atrás de minha mãe não encontro de duas enfermeiras que se tornaram meus anjos enquanto eu estive aqui internada nesse hospital vejo elas sorrirem ao saberem que já estou de alta e passo meu endereço para as duas cobrando que elas me façam uma visita assim que puder, saio do hospital me sentindo estranha eu esperava que Alexandra pelo ao menos estivesse aqui fora me esperando mas pelo jeito ela deve ter alguma coisa mais importante para resolver do que ver que a sua mulher está bem e de alta do hospital.

O caminho para casa é lento e sinuoso um misto de emoções toma conta de mim pois a última vez que eu estive dentro de um carro as coisas não terminaram de uma forma muito boa, meus olhos focam na pista e eu consigo reconhecer cada pequeno caminho que estamos tomando passo pelo local aonde tudo aconteceu e um tremor toma conta de todo o meu corpo acho que essa sensação de que o mundo todo está me olhando e algo de ruim pode acontecer nunca vai sair de próximo a mim. Paramos em frente a nossa casa e depois de muito tempo é muito bom falar estou de volta ao meu lar.

- Mãe aonde está o pai ele sumiu por um acaso achei que ele iria com a senhora me buscar. (Jéssica)

- Então Moisés saiu com Alexandra para resolver uns negócios que eu não sei o que é mas mandou avisar que já está vindo embora pra casa. (Adriele)

- Já estou vindo nada minha querida eu já cheguei aqui antes mesmo de vocês. Como você está minha pequena? (Moisés)

- Eu estou bem papai com dor mas bem, o médico disse que é normal eu sentir certas dores e incômodos por uns tempos ainda nem tudo está 100% cicatrizado mas já já vai estar e estarei de volta a ativa. (Jéssica)

- Que bom minha pequena é bom saber que você está se recuperando tão bem mas eu quero saber mesmo qual o motivo dessa ruga aí na sua testa. O que está lhe incomodando tanto? (Moisés)

- É que eu achei que o senhor não está aqui mas ainda bem que estava pai eu tava morrendo de saudade do senhor morrendo de saudade de tudo e principalmente eu não aguentava mais aquele cheiro de hospital. (Jéssica)

- Tem certeza que é só isso mesmo minha pequena por que que eu tenho a leve impressão de que você está mentindo para mim? (Moisés)

- Aí pai eu queria que a Alexandra estivesse aqui não quero mentir mais eu sinto falta dela desde o dia que aconteceu todas as coisas com ela e comigo nada mais foi como antes tá distante, fria e eu só queria a minha delegada de volta. (Jéssica)

- Eu te entendo filha mas de tempo dela as coisas não têm sido fáceis para ela também, faz assim sobe para o seu quarto toma um banho bem gostoso que eu e sua mãe vamos fazer aquela lasanha que você tanto adora tudo bem. (Moisés)

Ou suas palavras de meu pai e realmente eu não sei tudo que aconteceu com Alexandra nesses últimos tempos ele está mais por dentro de toda essa história do que eu, subo as escadas devagar ainda sinto algumas dores no abdômen meu corpo precisa de descanso e muito cuidado até poder voltar ao que era normal. Chego no meu quarto abro a porta e me deparo com uma surpresa que eu não podia jamais esperar Alexandra está sentado em minha cama segurando um pequeno buquê de flores essa minha delegada ainda acaba  com meu coração.

- Olha quem chegou em casa, como você está meu amor que saudade que eu estou de você. (Alexandra)

- Eu já estava para pegar o meu telefone e ligar para você te xingando de tudo quanto é nome que eu conheço, eu achei mesmo que você não estaria aqui você quer apanhar é Alexandra? (Jéssica)

- Nossa senhora depois você ainda tem coragem de dizer que me ama né, lógico que eu estaria aqui mas eu queria te esperar sozinha pois tenho certeza que precisamos de um tempinho a sós. (Alexandra)

Me jogo sobre Alexandra como se não a visse parece que durante uma vida toda penso como essa mulher pode ir me fazer tão bem somente com a sua presença, beijo sua boca como se aquele pequeno contato fizesse com o que a minha vida inteira fizer sentido olho nos seus olhos sinto como se um pequeno vazio se tivesse espelhado neles. Avanço sobre seu corpo e sinto meu doer mas eu tô pouco me fodendo para isso eu preciso sentir ela, tomo seu corpo em meus braços e a sinto me apertar contra a cama, aperto esse que me faz gemer sem querer quebrando todo e qualquer encanto pelo qual estávamos intorpescidas. Ela me olha com aquela cara de repreensão que eu tanto cansei de ver quando estávamos juntas trabalhando.

- Ei mocinha se acalme você acabou de sair do hospital depois de mais de dez dias internada que tal irmos com calma hein? (Alexandra)

- Não não eu aguento só não me aperta tão forte eu quero você, preciso sentir você em mim você não sabe como isso me faz falta. (Jéssica)

- Eu sei que faz falta para mim também faz só que nesse momento você não está bem para isso e me desculpa eu também não estou a gente precisa conversar eu preciso te contar tudo que aconteceu nesse tempo em que você estava no hospital. (Alexandra)

Olho o Alexandr e tento imaginar o que de tão sério pode ter acontecido para quê ela não queria fazer amor comigo e sim conversar sento ao seu lado seguro suas mãos e espero que ela fale tudo o que deseja no seu tempo, ela começa contando tudo o que aconteceu desde o dia do meu atentado ela conta sobre seu pai que não tem previsão para ele sair da UTI já que seu estado ao invés de melhorar só tem piorado. Me conta as descobertas que ela fez sobre o assassinato de Flávia e que o homem que Flávia me apresentou como Camilo na verdade é um dos empregados da sua mãe Nathália. Enquanto ouço os relatos de Alexandra não consigo imaginar como ela deve estar se sentindo com tudo o que está acontecendo óleo para ela e a minha vontade é de agarrar ela e não soltar mais só que o que eu não poderia imaginar acontece agora.

Alexandra POV:

A cada pequena palavra que conto para Jéssica sei que mais perto estou de revelar tudo o que aconteceu comigo olho para os seus olhos e vejo eles começarem a marejar, respiro fundo e começa a relatar cada pequeno detalhe que me lembra da noite em que Heitor fez tudo aquilo comigo eu tento juro a cada pequeno segundo mas meu corpo está enojado e meu coração esta apertado como eu nunca pude imaginar. Conto como ele me levou para aquele quarto de motel e fez tudo que fez, conto da ajuda de Kalila e de todos os processos policiais pelos quais estou passando. Olho para ela e só consigo enxergar uma coisa e infelizmente é o que eu mais temia...

Uma Atração Inconfundível!Onde histórias criam vida. Descubra agora