Capítulo 29

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Olho para aquela maca se afastando de mim e não tenho reação alguma, meu corpo não responde as ordens que dou para ele até que em determinado momento consigo me desgrudar do chão. Saio esbarrando pelos corredores mas ao dobrar a esquina me deparo com as portas da UTI tento entrar mas sou impedida por uma enfermeira que me fala que não é porque eu vi um cabelo ruivo que posso sair entrando em qualquer local do hospital, tento me explicar mais não consigo, conto a ela sobre meu pai e agora sim ela me fala que posso entrar mas na ala em que ele está internado para isso ela me acompanha me mostrando o caminho.

Chegamos em frente há um grande vidro aonde vejo meu pai totalmente inerte ligado a diversos tipos de aparelhos como se fosse um marionete conduzido por suas cordas, penso em quão frágil ele está agora e eu não consegui prever isso pois eu jurei que encararia qualquer merda que fosse para que ele ficasse a salvo mas não o consegui. Penso em o porquê de Nádia não estar na casa do meu pai sendo que era obrigação dela estar ou mandar alguém estar lá para cuidar dele se eu não chegasse a tempo provavelmente seria tarde demais para salvar ele.

- Meu pai porque me diz o que houve com o senhor para que você ficasse assim porque hoje, porque agora. Eu estou tão perdida você e Jéssica no mesmo dia é demais para mim. (Alexandra)

- Senhorita está tudo bem falou algo comigo? ( Enfermeira)

- Não foi nada não senhora eu só não sei o que fazer. (Alexandra)

- Olha devo lhe dizer eu trabalho aqui há alguns anos e acompanho muitos casos de perto e ver o sofrimento de cada família é diferente o seu pai é um guerreiro pelos problemas se saúde que tem e os agravantes que aconteceram ele ter sobrevivido após uma cirurgia de tantas horas é uma boa resposta de que ele não vai desistir fácil. (Enfermeira)

- Eu sei que ele é um touro bravo já apanhou tanto da vida e mesmo assim continua vivendo eu não sei o que faria se ele partisse. ( Alexandra)

- Não pense nisso no momento ele precisa de todo apoio e de pensamentos bons, se precisar de qualquer coisa eu estarei por aqui. (Enfermeira)

- Muito obrigada eu espero que ele melhore logo de verdade, mas se você pudesse eu não sei se você ficou sabendo da policial que estava em cirurgia eu gostaria de mais informações. (Alexandra)

- Eu ouvi algo sobre isso nos corredores mas como sou a responsável pela UTI não pude procurar mais informações. (Enfermeira)

- Então é sobre isso elas fazem parte do meu distrito e eu não consegui nenhuma resposta sobre elas soube que uma veio a óbito e a outra estava em cirurgia mas quando tentei vê-la me informaram que eu não tinha autorização para entrar naquele setor. (Alexandra)

- Bom se ela foi operada ela deve estar na outra ala da UTI no pós cirúrgico eu posso ligar pra Karina e descobrir algo mais se isso ajudar. (Enfermeira)

- Se você fizer isso eu ficaria imensamente grata peça se eu posso ver se ela está bem como eu vi meu pai atravéz do vidro isso vai me ajudar demais. (Alexandra)

Vejo a enfermeira pegar o seu telefone e entrar em contato com alguém que eu não faço a mínima ideia de quem seja e só agora eu penso que não sei nem o nome dessa boa samaritana que está tentando me ajudar, me sento colocando minha cabeça entre minhas pernas tentando fazer o meu mundo parar de girar e fazer qualquer sentido. Sinto meu corpo novamente ficar estranho sentindo coisas totalmente distintas eu preciso descobrir se aconteceu algo com a minha ruiva para ter paz.

- Me desculpe senhorita Então como você havia me solicitado eu entrei em contato para enfermeira responsável pela outra ala da UTI e realmente tem uma policial que acabou de ser transferida para lá o quadro dela eu não posso discutir com você mas eu consegui que você avise por alguns instantes. (Enfermeira)

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