[CONCLUÍDA] Ser invisível não era uma novidade na vida de Jeon Jungkook, desde que nascera nunca tinha conhecido uma vida além daquela onde era completamente imperceptível e comum. Com olhos comuns e feição ainda mais normal, ele estava acostumado a...
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N a r r a d o r
Jeon Jeongguk sempre soube reconhecer quando uma tempestade chegava.
E naquela manhã, tirando Taehyung das escadas e pensando no que iria fazer, soube que uma chuva muito forte havia chegado. Não teve como consolar o amigo por muito mais tempo, pois sua cabeça estava em Seokjin e sua situação. Então, a ordem dos acontecimentos se tornaram apenas um borrão aos olhos de Jeon, um borrão onde Jimin pegou as chaves do carro de Taehyung e dirigiu até a casa dele.
Era preocupante o silêncio de Kim, sentado no banco de trás do carro, seu silêncio era perturbador porque ele estava imerso em pensamentos.
Jungkook abriu a porta da casa de seu amigo e ele sentou-se no fim do corredor, indicando que deveríam ir lá. Jimin permaneceu quieto enquanto faziam o caminho do quarto de Taehyung, Jeon empurrou a porta e sentiu um nó em seu estômago ao visualizar o estado do Seokjin, em cima da cama. Ele estava obviamente muito machucado, mas parecia ter tomado banho e o sangue em excesso foi retirado, o que fez Jeon ter certeza de que o artista havia dado banho em Jin.
Em meio ao seu pânico, ele fez aquilo para tentar melhorar o estado de Seokjin.
— Meu Deus... — Jimin falou, tocando o corte na testa, nos lábios e o quanto seu olho estava inchado, poderia assustar qualquer um. — JK, ele precisa ser levado ao hospital. — Park tocou o corpo de Jungkook, e o menino percebeu que o namorado tremia sem parar.
— Taehyung deu banho nele. — Falou, e sua voz saiu fraca. — Ele está em estado de choque. — Engoliu o choro, vendo Park assentir. — Vamos até ele, teremos de levar o Jin ao hospital agora mesmo.
— Por que alguém faria isso com ele, Jungkook? — Jimin perguntou, emotivo demais. — Seokjin não faz mal às pessoas, ele não faz mal a ninguém.
— Seokjin brigou com um do caras do time de futebol naquela festa, Jimin. — Passou a mão pelo rosto. — Nada tira da minha cabeça que foi uma revanche.
— Nós precisamos avisar a polícia, Jungkook. — Sussurrou, nervoso.
— Primeiro, temos que levar o Seokjin ao hospital. — Jimin assentiu, concordando.
Ao voltarem para a sala, Taehyung permanecia em silêncio e aquilo era perturbador para Jungkook, enquanto pedia a Jimin que ligasse a sua tia e explicasse toda a situação que seria o motivo da sua falta no trabalho e que pretendia fazer hora extra, mas que naquele momento, não poderia ir. E foi nesse meio tempo, quase uma hora depois, que Kim Taehyung abriu a boca para falar algumas palavras.
E tudo que ele disse foi:
— É culpa minha. — Sua voz foi baixa, quebrada.
Jimin foi o primeiro a se aproximar dele, esforçando-se para chamar sua atenção em meio a aquele estado catatônico de dor e pânico, de tristeza.
