[CONCLUÍDA] Ser invisível não era uma novidade na vida de Jeon Jungkook, desde que nascera nunca tinha conhecido uma vida além daquela onde era completamente imperceptível e comum. Com olhos comuns e feição ainda mais normal, ele estava acostumado a...
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J u n g k o o k
Meu corpo todo está doendo.
Eu não me lembrava de estar tão cansado como estou quando fui me deitar assim que cheguei do meu trabalho. Acordei por volta das dez da noite ainda cansado, mas com sede e com fome. Suspirei fundo, estalando meu pescoço assim que me sentei no sofá.
Me levantei e acendi as luzes do pequeno apartamento, por um segundo, senti que ficar sozinho estava se tornando cansativo. Morar sozinho tem suas vantagens, você faz seus horários, dorme e come quando quiser, chega e sai da mesma maneira. E a part e ruim também é tudo isso, o fato de não haver ninguém para se importar se você dormiu ou comeu, se chegou bem da rua.
O local é pequeno, apenas uma sala, cozinha americana pequena, meu quarto e um banheiro social. É o suficiente para mim e para meus amigos quando eles vem até aqui. Vou até a cozinha e preguiçosamente deixo um macarrão com queijo rodando no microondas enquanto vasculho minhas coisas à procura do meu celular.
Mamãe | estou com saudades do meu bebê
|quando você vem me ver, Jun?
Eu sorri com o carinho que minha mãe me dava mesmo estando longe. Eu e ela sempre fomos ligeiramente apegados, talvez porque depois que garotos enfiaram meus livros numa poça de lama quando eu tinha oito anos, eu passei a confiar apenas nela.
oi mããe :)|
eu espero que logo, de verdade. Também sinto saudades, você faz muita falta. |
A decisão de me mudar de Daegu para Seoul não foi a coisa mais fácil que eu fiz, para falar a verdade. Eu estava conformado em fazer qualquer outro curso por perto, porém, minha tia Hyo-Soon, ao passar apenas três dias em minha casa em Daegu, me convenceu a prestar uma prova aqui na capital.
Completamente sem compromisso, claro.
Mas quando eu consegui uma vaga, tudo se voltou em como eu poderia ser feliz cursando o que eu queria. Só que ninguém se lembrou que é difícil viver longe da família. E mesmo que minha tia more aqui, um dos meus pedidos foi para morar sozinho. Eu não queria incomodar ninguém ou ser um fardo para quem não tem nada a ver com o meu futuro acadêmico.
E é por isso que agora eu sou um acadêmico de arquitetura morando em um apartamento pequeno e trabalhando em uma cafeteria até o início da noite, todos os dias da semana.
Me sentei no sofá e depois de comer aquele macarrão com gosto de isopor, organizei a cozinha como pude e coloquei algumas roupas para lavar ouvindo vagamente um programa sobre a natureza na televisão. Meus olhos começaram a pesar de cansaço, o que é completamente normal já que ainda é quarta-feira, está relativamente úmido e eu durmo pouco.
