• Derek Narrando
Maldito desafio. Maldita Melissa.
Isso tem me deixando em constante estado de estresse. Eu fico o tempo inteiro preocupado, imaginando um daqueles caras, se aproximando da minha baixinha.
Enxergando-a como um jogo. Como um meio de conseguir um carro maneiro.Eu deveria contar tudo pra ela, logo. Seria mais fácil. Ela entenderia que caras como Greg, não prestam e que ela nem deveria perder o seu valioso tempo, sendo gentil com eles.
Só que eu temo que ela se magoe demais, se souber de tudo isso. Justo agora, que a autoestima dela tem melhorado. Que ela tem se sentindo mais confiante. Eu não quero fragiliza-lá. Quero apenas protegê-la dessa idiotice, criada pela Melissa.
Mas fica bem complicado não falar, quando ela acha mesmo que o Greg, quer só ver um filme. Eu ainda não acredito que ela aceitou sair com ele. Só de lembrar das mensagens dele, eu tenho vontade de esmaga-lo com o meu punho.
"Nós não temos nada sério... não é?"
Aquela frase não saía da minha cabeça.
Como poderia não ser sério? Nos conhecemos a vida toda. Ela achou que seria só mais uma, pra mim?
Saber que ela pensa assim, me ofende e me irrita.
Passei a tarde toda sentado com a bunda na calçada, esperando o Greg chegar, pra termos uma conversa séria.
Em torno das 17h, a minha mãe chegou e eu ainda estava lá. Não nos falamos direito, devido minha suspensão. Ela ainda estava chateada comigo.
Mas nada de Greg chegar.Comecei a caminhar de um lado pra o outro, na rua, até cansar e sentar novamente, no meio fio. Perto dás 19h30, vi os pais de Alice chegarem.
Eles me cumprimentaram e tia Kate perguntou se eu não queria entrar. Eu queria muito. Mas recusei. Eu não sei se conseguiria me controlar, ao ver Alice se arrumando, ou já pronta, pra sair com outro cara.
Deu 20h e pouca, eu escutei a porta dos Stones se destrancando e alguém saindo de lá. Demorei um segundo a mais, do que o necessário, pra ter coragem de olhar e confirmar quem vinha.
Era Alice. E ela estava linda...
E de pijama? Que?
• Alice Narrando
Escutei a porta lá embaixo abrindo e a voz da minha mãe, anunciando que tinha chegado.
— Oi, bebê! Já comeu? — Gritou a mesma coisa que ela grita todos os dias, quando volta do trabalho.
— Já! — Gritei de volta.
Desci as escadas e vi meu pai abrindo uma sacola com comida japonesa.
— Huuum! Mas ainda tem espaço na minha barriguinha. — Fiz graça, pra eles rirem e beijei os dois, antes de sentar à mesa com eles.
— Chama o Derek pra comer, também. — Minha mãe sugeriu, enquanto eu abria uma das sacolas.
— Para, mãe. — Reclamei, deixando transparecer mais irritação, do que eu pretendia. — Está tarde, é segunda e ele está com a mãe dele. Não faz sentindo nenhum chamá-lo, pra comer conosco. — Revirei os olhos, pegando uma embalagem com sushi.
— Não revire os olhos pra sua mãe, mocinha. — Meu pai me repreendeu.
— Desculpa... — Falei mais baixo e foi a vez da minha mãe revirar os olhos pra mim.
Apontei pra ela e olhei indignada para o meu pai, buscando apoio.
— Não revire os olhos pra nossa filha, querida. — Ele tentou segurar o riso, mas fracassou.
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Jogo do Amor - Uma amizade que se transforma
Ficção Adolescente• 1° Lugar na Categoria #RomanceAdolescente • 1° Lugar na Categoria #AmorJuvenil • 1° Lugar na Categoria #LeituraJuvenil • 1° Lugar na Categoria #Desafio Este é o Livro 1 de 2 Uma aposta entre colegas de turma, pode botar em risco uma amizade de an...