• Ester Narrando
— Derek?! — Ouvi a voz surpresa do Brandon, atrás de mim.
Procurei e logo achei a figura. Derek estava encostado no carro dele, de modo relaxado e sorria abertamente pra nós. Ou melhor: pra Alice.
Ela deu uma rápida travada, quando também o encontrou, mas logo caminhou na direção dele, apressada.
Eu fui atrás, mas só até sentir meu braço sendo pego com firmeza e ser arrastada para o lado. Brandon me puxava, caminhando pra longe do próprio amigo.
O que esse garoto está fazendo?! Ele foi primeiro a ver o Derek.
— Me solta, troglodita! — Tentei freia-lo com o peso do meu corpo, mas não tive sucesso.
Ele só parou de andar e me soltou, quando chegamos ao lado de um carro, que deduzi ser o dele, já que ele tinha insistido que nos daria carona.
Mesmo eu não querendo, Alice aceitou a oferta dele. Mas agora, que ela, com certeza, irá voltar com o seu vizinho, eu vou voltar a pé. Pois não vou entrar nesse carro, com o Brandon, sozinha.
Não mesmo.
— Foi mal, ruivinha. Mas eu tinha que sumir da frente do Derek, antes de tomar outro soco. — Ele puxou a chave e destravou.
— O que? Como assim? Ontem vocês estavam bem. — Não consegui esconder minha curiosidade.
— É, estamos bem. — Ponderou. — Eu acho que estamos. Acontece que eu dei uma vacilada com ele, hoje e não sei qual vai ser a reação dele. O cara anda estressado esses dias. — Compartilhou sua preocupação comigo e essa era a nossa primeira conversa, sem sarcasmos.
— Mas como é possível, você ter vacilado com ele, hoje, se ele nem veio pra escola?
E dizem que as mulheres que são complicadas.
Ele abriu a porta do carona, antes de continuar.
— Ele me pediu um favor e eu disse que faria, mas falhei. — Resumiu, sem dar detalhes. — Entra. Eu te levo em casa.Eu olhei a porta aberta e depois pra ele. O Loiro me encarava de forma calma. Nos últimos segundos de diálogo, ele não tinha sido tão babaca, quanto costumava ser. E por isso, não meu pareceu ser uma ideia, tão ruim assim, aceitar a carona.
Bufei, sem acreditar, no meu próprio julgamento e vi de relance, o seu sorriso triunfante, enquanto eu passava por ele e entrava no seu maldito carro.
Ele entrou e perguntou o meu endereço. Descobrimos, então, que moramos bem próximos. — Eu posso te dar carona, todos os dias, se quiser. — Ofereceu.
Brandon sendo gentil? Também não soltou nenhuma gracinha, até agora. Que estranho.
— Não precisa se preocupar. Eu sempre voltei a pé. Estou acostumada. Mas agradeço. —Dispensei.
— É caminho pra minha casa, não dá nenhum trabalho. — Insistiu.
Eu respirei fundo, já impaciente com aquele joguinho. — Qual é a sua, Brandon? — Cruzei os braços, encarando seu perfil.
— Como assim? — Ele franziu a testa e soltou um sorriso torto.
—"Como assim", você. Sendo todo legal e gentil. — Reclamei, gesticulando com os braços.
— E isso é ruim? — Ele riu baixo, se divertindo.
— É! Você não é assim. Então eu presumo, que está agindo desse jeito, pra me enrolar. — Estreitei os olhos e ele me deu uma olhada rápida, rindo alto em seguida.
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Jogo do Amor - Uma amizade que se transforma
Novela Juvenil• 1° Lugar na Categoria #RomanceAdolescente • 1° Lugar na Categoria #AmorJuvenil • 1° Lugar na Categoria #LeituraJuvenil • 1° Lugar na Categoria #Desafio Este é o Livro 1 de 2 Uma aposta entre colegas de turma, pode botar em risco uma amizade de an...