Sex on fire

83 7 0
                                    

Capítulo 9

- Está tudo bem ai, queridos? – a voz de Sunhee atravessava a fina porta de madeira, doce, suave e irritantemente prestativa – Precisam de alguma coisa, uma água, alguns biscoitos?

Jeongguk precisou beliscar a barriga exposta de Taehyung para que ele saísse do estado de choque em que se encontrava. Tae realmente não sabia com o que estava mais surpreso: com Sunhee os interrompendo ou com o fato de que sim, ele e Jeongguk estavam praticamente se devorando ali naquela porta. No quarto dele. Taehyung estava se amassando com o filho do pastor no seu quarto. Céus, aquilo parecia errado, ou pervertido, em todos os sentidos. Uma cena tragicômica de um filme sem graça alguma.

- Tudo certo, Sunhee. Estamos, ahn... – ele olhou feio para o garoto, que recomeçara os carinhos em sua cintura, o sorriso largo e malicioso lhe estampava os lábios quando ele deu a entender que queria torturar um pouco mais o pescoço de Taehyung. Ele o repreendeu num resmungo baixo – estamos estudando algumas partituras. Não precisamos de nada.

- Se precisarem de alguma coisa, qualquer coisa, me chamem! – uma última tentativa de ser a mamãe prestativa que ela nunca era antes que os saltos altos voltassem a castigar o chão de madeira, levando Sunhee para longe

- Tudo bem, tudo bem – ele suspirou alto. Os olhos escuros ainda pareciam querer engoli-lo quando os castanhos os encaravam. Os lábios dele voltaram a roçar lentamente nos vermelhos e inchados de Tae, numa tentativa baixa de restaurar o torpor anterior. A mão esquerda voltou a acariciar a barriga do garoto, descendo lentamente até a barra da boxer branca. Foi nesse instante que uma pequena lâmpada se acendeu no cérebro de Taehyung, o fazendo fincar os pés na realidade. E num reflexo bem planejado, acertou a face de Jeongguk com um tapa certeiro e dolorido. Ao menos o barulho do encostar da palma da mão do garoto na face perfeita do filho do pastor fez tudo aquilo parecer ainda mais dramático.

- Mas que desgraçado...! - Jeon exclamou, o largando sem qualquer dó ou piedade no chão gelado de madeira, massageando a bochecha dolorida enquanto se afastava. Taehyung permaneceu ali, decidido a canalizar apenas o ódio e não o calor, enquanto ele andava pelo quarto, nervoso, tentando talvez se acalmar. Tae massageava as têmporas lentamente, mas o desejo se recusava a sair de seu corpo tão facilmente. Queria pular em cimado garoto novamente, sentir os lábios tão macios e decididos que se encaixavam perfeitamente nos seus mais uma vez. Mas não iria se repetir. Erros são feitos para serem cometidos apenas uma vez. Depois você precisa aprender a lição e tentar não se foder completamente. Mas quem disse que Taehyung conseguia dar essa ordem ao seu maldito cérebro? Ele somente conseguia observar a figura sem camisa entrando em seu banheiro, exalando raiva e desejo. Uma pontinha de arrependimento surgiu na boca de seu estômago.

- Você ainda está ai, é? Desista, depois desse tapa você está de castigo. Nós não vamos transar hoje – Jeon saiu do banheiro, abotoando a camisa azul clara sobre o abdômen bem definido, parecendo mais arrogante do que nunca.O arrependimento passou instantaneamente. Taehyung tinha que se lembrar constantemente que Jeongguk não valia o chão que pisava. Ele não precisava se importar com o filho do pastor, pelo simples fato de que ele não se importava com ninguém. Jeon era o centro de seu próprio mundo

- Nem nunca, se depender de mim – respondeu, com receio, se levantando para colocar a camiseta que a minutos atrás queimava por certas mãos que deixaram rastros de fogo em seu corpo. Se iria bater de frente com o Senhor Oi-eu-sou-irresistível, queria pelo menos estar digno para o campo de batalha.

- Não era o que parecia há cinco minutos atrás. – Jeongguk se encostou na imensa janela do quarto, puxando um cigarro do bolso e fingindo que o garoto era uma criança de cinco anos de idade. Como se ele tivesse uma mente muito mais adulta.

- Aquilo foi um deslize. Um maldito deslize que nunca mais vai acontecer –Taehyung rosnou, o sangue fervendo nas veias, um ódio misturado com resto de tesão que ainda permanecia impregnado em todo o seu ser. Jeon riu seco, aquela risada irônica tão dele quanto o olhar provocante e o corpo sedutor. Não foram necessários mais do que três passos largos para que ele o puxasse sem cerimônias, e a encurralasse contra o vidro frio da janela. Os olhos escuros nunca pareceram tão perigosos, a mão direita voltara a brincar com o cabelo do garoto. Ele soltou a fumaça lentamente, direto contra os lábios entreabertos de Taehyung, um gesto silencioso, uma mensagem sublime. Ele conseguia inebriá-lo como a nicotina fazia naquele momento. E Taehyung  somente engolia em seco, o medo tomando conta de cada célula de seu corpo. Demonstrar isso seria bobagem, mas era meio que impossível não o fazer com Jeongguk tão perto assim.

- Acho que você ainda não entendeu, Tae. – ele sussurrou, intimidador,dando uma última tragada no cigarro antes de jogá-lo pela janela – Eu não dou a mínima pro que você acha, pro que você quer, ou pro que você sente.Eu sou egocêntrico demais pra isso. - uma risada baixa e maníaca escapava dos seus lábios enquanto ele passava o dedo indicador pelo rosto do garoto. Nós vamos transar quando eu quiser. Não me importa se você está pronto pra perder sua preciosa virgindade ou não. Não me importa se for no seu quarto, no meu ou no pátio da escola. Quando eu quiser você de verdade, eu vou ter. E você vai adorar, por que no fim, você é só um masoquista filho-da-puta, Tae. E eu adoro isso em você.

Puxando seus lábios para um último beijo rápido e possessivo, que, apesar do gosto do cigarro misturado ao agora já conhecido sabor de chiclete de hortelã, só conseguia fazer aumentar a vontade de Taehyung de ter Jeongguk junto a si novamente, ele sorriu uma última vez ao quebrar o contanto dos corpos, indo em direção a porta do quarto.

- Por que não agora? Por que não aqui? –  o provocou, afinal, querendo bater a cabeça na parede a cada vez que se dava conta do quão facilmente ele se rendia aos encantos do filho do pastor – Você não é homem o suficiente para isso? Aposto que esse seu discurso é feito de promessas vazias que nunca vão se cumprir.

- Por que, Taehyung, eu não preciso de você agora. Não estou morrendo por uma transa. Eu tenho dinheiro, posso pagar uma prostituta qualquer da cidade vizinha. Por que você não está pronto do jeito que eu quero. Por que você foi um menino muito, muito mal e eu não vou te dar esse prazer de transar comigo tão facilmente. E por último – ele piscou, marotamente,antes de passar os olhos pelo quarto pintado de azul – por que este lugar cheira a talco, fraldas e ursos de pelúcia.

E a porta se fechou no instante exato em que Taehyung jogou um tênis contra ela, esperando acertar o maldito sedutor de olhos de jabuticaba.



Oi, oi pecadores!

Ah que saudade que eu estava de atualizar Holy fool (?) Haha vcs perceberam que eu troquei o nome da Fic né? Acho que faz mais sentido ser "STIGMA" e mais pra frente vcs vão entender o pq, enfim a fic ganhou tbm uma nova capa  (eu mesma q fiz então... relevem pq eu n tenho noção nenhuma p edição 😑)

Espero de coração que vcs estejam gostando da fic, deixem aqui seu cometário e sugestão isso me ajuda  dms!

bjss, até a proxima.💜

STIGMAOnde histórias criam vida. Descubra agora