Capitulo 1

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                                 11 anos atrás

Cheguei em casa, cansada da escola, e estava indo pro meu quarto, mas decidi passar pela cozinha e olhar a geladeira pra ver se tinha algum recado. Minha mãe não viria hoje pro almoço e meu pai não tinha chego ainda. E na geladeira havia um bilhete me avisando que meu pai chegaria mais tarde e que era pra eu fazer o almoço. Tirei o bilhete da geladeira e joguei fora. Fui pra o meu quarto para deixar minha mochila, trocar de roupa e depois voltar pra cozinha para fazer o meu almoço. Fiz tudo o que tinha que fazer no meu quarto e fui fazer alguma coisa pra eu comer. Prendi meu cabelo em um coque com ele próprio e abri o armário para ver o que tinha. Decidi que iria fazer macarrão, é fácil, rápido e gostoso.

Eu estava preparando o macarrão quando escutei um caminhão na minha rua, eu fui até a janela pra olhar, é um caminhão de mudança. Não nego que sou curiosa, sempre escutei minha mãe me falando que era muito feio e que eu tinha que parar com isso, toda vez que eu fico curiosa escuto a voz dela me dizendo isso, mas como sempre, eu ignorei e continuei olhando pra ver quem serão os meus novos vizinhos. Atrás do caminhão tinha um carro esportivo vermelho, uma BMW I8. São ricos os meus novos vizinhos, pensei. Dele saiu um homem alto, devia ter 1,92 por aí. Com o cabelo meio grisalho. Logo depois saiu uma mulher, não é jovem, mas não é velha, deve ter uns 40 anos, mas esta "inteirona", é uma daquelas mulheres que cuidam no corpo. Loira com o cabelo cacheado na altura do peito. No banco de trás saiu um menino de estrutura alta, se eu sou boa nisso, deve ter 1,85 de altura mais ou menos. Moreno e magro. Com um sorriso encantador, não vou negar que achei ele bem interessante. Como minha mãe sempre me ensinou ser educada com as pessoas e, principalmente, com pessoas novas, para que elas possam se sentir confortável, eu resolvi dar um oi para os novos vizinhos. Coloquei o meu chinelo e sai de casa, eles iriam morar bem na nossa frente.

- Oii- disse acenando com a mão e mostrando um sorriso sincero. Eles olharam e sorriram.
- Olá- o bonitão de cabelo grisalho respondeu- posso ajudar?
- Ah na verdade eu que vim oferecer ajuda, tipo, não ajuda agora, quer dizer, se vocês precisarem de ajuda agora, eu ajudo- eu estava me enrolando toda, os pais estavam me olhando sem entender e o menino atrás estava com um sorriso como se quisesse rir, estava se divertindo com a situação- Bom, eu só vim dar boas vindas para vocês e oferecer alguma ajuda se precisar, eu moro aqui na frente.- apontei a minha casa e sorri.
- Aah sim, muito obrigada. Muita gentileza da sua parte- o cara disse.
- Aliás, meu nome é Raquel. Prazer- estiquei a mão para cumprimentar.
- Prazer eu sou o Carlos.- ele esticou a mão me cumprimentando também.- está é a minha mulher Loren.
- Prazer- ela sorriu e me deu um beijo no rosto.
- E este é meu filho Henrique.
- Prazer- ele abriu um sorriso e também me deu um beijo no rosto. Confesso que queria na boca, mas acho que por hoje um beijo no rosto tá ótimo.
- Prazer gente.

Escutei um barulho de carro atrás de mim e reconheci, era o meu pai, ele veio mais cedo do que tinha me falado. Olhei para trás e sorri pra ele, quando saiu do carro sorriu de volta e veio em minha direção.

- esses são os novos vizinhos pai.
- Muito prazer, eu sou o Alex, sejam muito bem vindos.- meu pai estendeu a mão e cumprimentou Carlos que se apresentou e apresentou sua família.
- Bom, qualquer coisa é só chamar a gente. Até mais, espero que gostem daqui.- meu pai colocou seu braço por cima do meu ombro e se virou pra irmos embora.
- Até mais, muito obrigada.- Carlos respondeu.
Entrei em casa com o meu pai e fomos direto para cozinha.
- fez almoço filha?- meu pai perguntou abrindo a geladeira e tirando um suco de dentro- você quer?- respondi que sim com a cabeça e ele pegou dois copos.
- Não fiz pai, eu cheguei e quando ia começar a fazer eu vi que tinha vizinhos novos e resolvi dar oi.
- Que educada você filha, se eu não te conhecesse nunca pensaria que você gostou do filho deles.- ele me entregou o copo com o suco.
- Nossa pai, assim você me ofende.- fiz uma cara de ofendida e depois ri junto com ele.
- ia fazer macarrão?- ele apontou para o saco de macarrão que estava em cima da ilha de mármore.
- Ia pai.
- Pode deixar que eu faço filha, mas fica aqui me fazendo companhia.
- Claro sr. Alex carente.

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