Voltamos para a varanda, onde estava acontecendo o churrasco e eu fui entregar o baralho para o meu pai, que foi o motivo para eu subir pro meu quarto, só quero agradecer ao meu pai por me pedir o baralho.
Eu entrego o baralho para meu pai que está com uma cerveja na mão, contando a história de quando se perdeu na excursão da escola com a minha mãe, pela vigésima vez, mas como tem vizinho novo, ele conta de novo.Eu me viro para ir até a mesa dos meus amigos que estão me olhando com uma cara de "eu sei o por que você demorou pra descer do seu quarto", afinal nós chegamos juntos aqui.
Eu sentei a mesa e Henrique estava ao meu lado, como antes de sairmos. As duas estavam nos olhando e esperando que a gente falasse algo, de preferência o por que da gente demorar.
- a gente estava falando de livros, ele estava vendo minha estante.- disse pegando o baralho pra começar a dar as cartas para cada um.
- Sei bem que estante ele estava vendo- Eloisa disse cutucando a Barbie e as duas riram.
- A gente se beijou também- Henrique disparou e as duas pararam de rir e ficaram olhando para ele sem reação. Eu o olhei surpresa, eu não esperava que ele fosse soltar aqui, agora, desse jeito, que a gente ficou no meu quarto.
- Eu sabia que tinha alguma coisa para eles estarem demorando- Barbie disse.
- A Raquel está vermelha- elo aponta pra mim e ri- para com isso, somos suas amigas e você é cara de pau para tá vermelha né.
- Vamos jogar então né?- entreguei as cartas pra cada um e virei uma carta na mesa- pode começar Barbie.
...
Elo foi a última ir embora, o Henrique decidiu ficar mais um pouco. Nós ajudamos os meus pais a arrumar toda a bagunça, que por sorte não era tanta, já que não era nenhuma festa de adolescentes bêbados e porcos, que eu costumo ir, então não vou julgar.Depois de limparmos tudo eu e Henrique ficamos deitados na grama da varanda de casa conversando, ele não tinha pressa pra ir e nem eu para que ele fosse.
- Vai ter um teste essa quarta para entrar pro time de futebol da escola, né?- Henrique me perguntou.
- Vai sim, você vai fazer?
- Eu to querendo
- Que legal, espero que você passe, assim a gente vai se encontrar sempre nos torneios.- eu digo sentando com as pernas cruzadas, igual índio.
- Você é líder de torcida?- ele se senta e me pergunta animado.
- Por que eu sou menina, eu sou obrigatoriamente líder de torcida?isso não é meio machista?- perguntei de uma forma redundante, mas na verdade só queria ver sua reação assustado e sem graça e tentando me explicar que não foi isso que ele quis dizer, pelo menos eu espero que ele não acha realmente que seja isso.
- Não, não foi isso que eu quis dizer- ele diz assustado, como imaginei e eu agradeço por isso. Ficar com um machista não seria uma coisa que me orgulharia e que se repetiria na minha vida e eu quero muito que nossas ficadas continuem se repetindo.- é aquela coisa de crescer vendo filme que mostram exatamente isso. Não que eu concorde, não concordo. Mas é a primeira coisa que veio na minha cabeça, desculpa. Deveria ter perguntado o que você faz no time, em vez de deduzir alguma coisa.- eu estou olhando pra ele séria, e o jeito que fica aterrorizado com a minha expressão e com medo de ter estragado tudo com alguma bobagem que disse, me deixa mais hipnotizada em seu rosto.- o que você faz no time?- ele pergunta sem graça.
- Relaxa, eu só estou te zoando- eu finalmente mudo minha expressão e dou risada, seu corpo todo relaxa na hora, e ele solta uma lufada de ar- eu sou capitã do time de futebol feminino do colégio. Aí quando tem torneio sempre e de feminino e masculino, então vai todo mundo junto.- expliquei.
- Ah entendi. Capitã do time então?- eu afirmei com a cabeça- e quando vai ser o próximo jogo para eu poder ver e torcer pela capitã do time?- ele pergunta chegando perto.
- Final de semana vai ter um jogo amistoso no colégio mesmo, esse sábado.
- Eu estarei lá para te ver. Posso?
- Claro!- eu digo animada- eu vou cobrar.
- Não vai precisar, mas eu adoraria te ver cobrando para eu ir te ver- ele coloca meu cabelo atrás da minha orelha e ele sela nossos lábios em um selinho demorado. Seu celular vibra em seu bolso e ele olha para tela brilhante.- minha mãe tá pedindo para eu ir embora. Tenho que ir- ele se levanta e estica a mão para me ajudar a levantar e eu aceito sua ajuda ficando em pé.
- Eu te levo até a porta- falo seguindo até a porta de casa e ele vindo atrás de mim. Abro a porta pra ele- até amanhã na escola Henrique.
- Tchau Raquel, até amanhã- ele me beija no rosto e sai de casa e assim eu fecho a porta e subo para o meu quarto para tomar banho.
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(Des)encontros
RomanceRaquel está com seus 28 anos e prestes a realizar um grande avanço em seu relacionamento com Eduardo. Luzes, flores, amigos e um buffet incrível os aguardam depois da cerimônia, mas será que ele é a escolha certa? Quando Raquel encontra uma antiga p...