Faltava 5 minutos para bater o sinal para o intervalo, e eu olhava a hora no meu celular o tempo inteiro, parecia que a hora não passava. Duas aulas seguidas de física e para querer matar qualquer um, principalmente com o Felipe dando aula, não que eu não goste dele, eu gosto como pessoa, mas ele é péssimo professor, nem eu, que sou de exatas, entendo direito o que ele fala. E bom, física e área de exatas, mas eu não gosto da matéria.
Finalmente o sinal bateu, as pessoas começaram a sair da sala na mesma hora, algumas ficavam sentadas em sua carteira com fone de ouvido e outras conversando com os amigos. Henrique estava atrás de mim e mentisse que ia na cantina comprar lanche, perguntou se eu queria e eu respondi que não. Ele estava saindo quando a Mariana Medeiros o chamou e correu até ele, Henrique virou para ver quem tinha chamado e sorriu para ela quando ela chegou perto. Eles saíram da sala juntos e rindo.
- você viu aquilo?- perguntei para Elo que estava levantando de sua carteira para sairmos da sala e sentarmos no banco em frente à nossa sala, no nosso banco. A Barbie faltou hoje, então seremos nós duas.
- A Mariana? Você ficou surpresa?- elo perguntou enquanto saíamos da sala
- Não, mas achei estranho o Henrique, pareciam que já eram amigos- disse sentando no banco e ela sentando ao meu lado
- Você tá com ciúmes?- elo perguntou pra mim me olhando supresa
- Claro que não, eu só achei estranho.
- Eu não achei estranho. O que eu achei estranho foi ela não ter falado com ele logo na sexta quando ele entrou na escola.
- Ela faltou- eu disse revirando os olhos
- Ah, agora tá explicado. Mas você sabe que ela batiza todos os meninos, ela é a primeira a ficar com qualquer menino da sala, me surpreende você ter sido a primeira e não ela. Acho que quando ela descobrir ela vai querer morrer
- Esse negócio de batizar os meninos novos é ridículo.
- Eu também acho- elo abriu o pacote de bolacha- quer uma?- me ofereceu
- Claro- disse pegando uma.
...
- Tiaa Débora!!!- eu disse animada quando cheguei em casa da escola. Ela estava sentada no sofá conversando com a minha mãe quando me ouviu gritar seu nome com entusiasmo.
- Olha se não é minha sobrinha e afilhada preferida do mundo!!- disse se levantando e vindo com os braços abertos para me abraçar.
- Como se você tivesse outra pra concorrer comigo- a abracei. Eu senti tanta saudades da tia Débora.
- Mas se eu tivesse você seria a minha preferida- ela me beija a testa quando nos soltamos de um abraço- você só perderia para Meryl Streep, mas no caso eu seria a sobrinha por que ela é mais velha- eu rio de sua confissão.
- Tudo bem, eu aceito perder para ela, mas só por que é ela.
- Oi filha eu to aqui também- minha mãe fala me chamando atenção
- Oi mãe- eu dou uma risada sem graça- eu sei que você está aqui- digo beijando sua bochecha- eu vou subir para colocar minha mochila no meu quarto e já desço pra conversarmos.
Eu subi para o meu quarto para guardar minha mochila, tirar essa calçar e essa blusa de uniforme que está me matando de calor, aqui em Viçosa está 32º, mas a sensação é de estar no inferno com o aquecedor ligado no máximo. Não venta, não chove, está péssimo. O tempo seco só ataca minhas alergias, eu só queria um tempo meio termo, nem frio e nem calor, perfeito.

VOCÊ ESTÁ LENDO
(Des)encontros
Lãng mạnRaquel está com seus 28 anos e prestes a realizar um grande avanço em seu relacionamento com Eduardo. Luzes, flores, amigos e um buffet incrível os aguardam depois da cerimônia, mas será que ele é a escolha certa? Quando Raquel encontra uma antiga p...