Capítulo 5 - William

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Capítulo V – William

 

Abri os olhos acordando. Não consegui dormir tão bem desde o último acontecimento: Adrian disse que eu sou bonita. Essa é a desculpa dele por tudo que está fazendo por mim. Quem ele pensa que é? Só porque é um príncipe, ele não tem direito de brincar com os sentimentos dos outros. Embora ele fosse incrivelmente irresistível, gentil e não saísse da minha cabeça, ele não tem esse direito. Por sorte William me trouxe ontem de carro, mas também eu não tive coragem de pedir a Adrian que me trouxesse depois do que ele falou. Devo esquecê-lo. Sei que será difícil, mas não impossível.

Levanto da cama, vou até o banheiro, lavo meu rosto e desço as escadas. Vejo que todos estão sentados à mesa comendo. Apenas meu pai está na sala sentado no sofá, vendo televisão. Quando viu-me descendo, ele desligou a televisão e veio em minha direção.

- Bom dia Kate! – John abraçou-me. John amado John, meu pai.

- Bom dia pai!

- Eu não a vi chegar ontem. Na verdade, ninguém a viu.

- Cheguei um pouco tarde, espero que não se importe.

- Claro que não, sou um homem moderno.

- Com certeza pai, um homem moderno de quarenta e poucos anos. – Eu ri.

- Que isso filha, seu pai ainda dá para o gasto! – Ele riu.

- Tenho certeza que sim. – Eu assenti.

- Vá tomar o seu café. Depois eu quero te pedir algo.

- Tudo bem. – Virei-me e fui para a cozinha.

Sentei-me à mesa para tomar e comer meu café da manhã. John vinha atrás e logo sentou. Minha mãe ansiosa como sempre, perguntara sobre meu desastroso jantar com Adrian. Senti que ela e as minhas irmãs estavam muito curiosas para saberem tudo detalhadamente. Olhei para John e percebi também que ele estava ansiando para que eu falasse. Meu pai é super-protetor. Tenho certeza que se Adrian tivesse feito algo comigo, meu pai o mataria, literalmente falando. Meu pai nunca matou ninguém. Querendo evitar essa tragédia, menti para todos dizendo que o jantar foi perfeito.

De repente, há algum batendo na porta. John deixa-me falando sobre o jantar e vai atender. Quando volta, ele dirige-se a mim.

- Kate, isso é pra você! – Ele entrega-me um buquê.

Peguei meu buquê de flores. Estou impressionada, chocada, maravilhada e muito curiosa. Não é um buquê de flores qualquer. É um buquê de amores-perfeitos.

Os amores-perfeitos são brancos com bordas de um azul-cobalto. Possuem um pequeno miolo amarelo e alguns riscos do mesmo azul apontando do miolo para o lado de fora da flor. É lindo, maravilhoso.

- Quem mandou? – Perguntei ao meu pai.

- O entregador não disse o nome.

- Deve haver um cartão. – Disse Maisie.

Procuro no buquê o tal cartão e finalmente acho. Está mais para carta. Abro o envelope branco com extremidades douradas e de dentro retiro o cartão. Deixo o buquê na mesa de centro da sala. Estou fervendo de ansiedade. Quero muito e necessito saber quem é o remetente. Pego o cartão, respiro e solto o ar. Preparada psicologicamente, leio o cartão percebendo inicialmente que foi escrito com uma grafia lindamente desenhada.

Cara senhorita Katherine,

Venho por meio deste, dizer-lhe desculpas pelo último ocorrido. Não foi minha intenção deixá-la irritada ou constrangida. Sei que o que eu disse foi evasivo e de ter mexido com vosso sentimento. Espero que me perdoe, gosto da vossa companhia.

Perigoso Amor (Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora