Capítulo XIII – Bitch
- Adrian, saiba que eu ainda não concordo com isso! – Will ainda temia por mim. Acho que no fundo ele não queria que eu soubesse.
- Por que William?
- Se Kate está envolvida, deveríamos tirá-la disso, ela pode ferir-se mais tarde.
- Inacreditavelmente, eu concordo com você. – Disse para William. Depois Adrian virou-se para mim. – Desculpe Kate, mas acho melhor você não saber. William tem razão.
- O que? – Fiquei surpresa com Adrian concordando com Will. – Não, espera. Eu preciso saber.
- Não podemos dizer.
- E aquele papo de que vocês iriam me dizer tudo o que eu quisesse saber? Como fica?
- Você não precisa saber. – Disse Adrian parecendo ser frio.
- Nós cuidamos disso. – Disse Will parecendo também ser frio.
Antes que os dois pudessem sair, havia um homem na cobertura de um enorme prédio em frente à lanchonete em que estávamos conversando gritando de medo. Havia uma pessoa que estava segurando o tal homem pela blusa, pronto para deixá-lo cair andares abaixo. A pessoa que segurava o tal homem pela blusa estava de capuz preto, ou seja, não teria como saber se era homem ou mulher.
- O que está acontecendo? – Perguntei olhando para o alto do prédio.
- Você não está vendo? – Perguntou Adrian.
- Não consigo ver direito, vocês conseguem?
- Sim. Vampiros têm uma visão privilegiada. – Gabou-se Will.
- Alguém está segurando um homem e parece que vai soltá-lo. – Respondeu Adrian.
- Meu Deus, precisamos fazer algo.
- Você fica aqui. Eu vou atrás dele. – Adrian virou-se. – William, fique aqui caso o homem caia.
- Tudo bem.
Adrian saiu velozmente entrando no prédio. Em alguns segundos, o homem começou a cair, William correu e milagrosamente salvou o homem pegando-o. Depois ele retirou do bolso o celular e gritou:
- Kate, entra no carro! – Guardou o celular e entrou no carro rapidamente. Eu fiz o que ele pedira.
- O que aconteceu?
- Adrian precisa de ajuda! – William dirigia o carro velozmente como nos filmes “Velozes e Furiosos”.
Chegando há alguns quilômetros longe da lanchonete. Adrian estava pálido, cabelo cinza-claro ficando branco e olhos mudando de cor. Eu e Will o pegamos e colocamos no banco de trás deitado. Will dirigia o carro rapidamente para o castelo.
- Ele precisa de sangue humano! – Eu disse.
- Eu sei. Estou dirigindo o mais rápido que posso.
- Não vai dar tempo!
- E o que você quer que eu faça?
- Tem um canivete?
- O que?
- Canivete?
- Tenho aqui.
- Ótimo, pare o carro.
- Você ficou doida?
- Pare o carro! – Gritei e ele parou. Tirei Adrian do carro e o deitei no chão, ele estava pesado. Peguei o canivete e fiz um corte no braço. Deixei que ele bebesse o meu sangue para salvá-lo. – Adrian, fale comigo!
- Seu sangue...
- O que tem?
- É muito bom! – Disse como um brincalhão.
- Bobo! – Eu ri. – O que aconteceu?
- Não posso dizer aqui. Vamos para casa.
Entramos no carro e Will dirigiu para o castelo. Eu não soube o que aconteceu com Adrian, mas estava curiosa para saber. Quem estava mordendo as pessoas? Que tipo de pessoa faria isso? Quem é a pessoa de que Will e Adrian tanto falam? Preciso saber se eu estou envolvida nisso.
Chegando ao castelo, sentamos no sofá esperando que Adrian dissesse algo, embora ele parecesse não querer falar sobre o assunto perto de mim. Adrian começou a andar de um lado para o outro deixando-me nervosa e preocupada. Depois sentou-se.
- Adrian, por favor, conte o que aconteceu! – Eu pedi quase implorando.
- Bem, foi tudo tão rápido. Quando eu cheguei na cobertura, o cara ou a mulher – ainda não sei quem – soltou o homem. Ele correu pulando pelos telhados dos outros prédios e eu fui atrás, mas como bebo pouco sangue humano, não consegui correr muito – o que exige mais sangue.
- De quem vocês suspeitam? – Perguntei olhando para os dois.
- Adrian! – Will o alertou.
- William, ela precisa saber, mais cedo ou mais tarde ela descobrirá e antes que seja por nós!
- Adrian, diga-me: quem é a pessoa de que vocês suspeitam?
- Lia!