Respire fundo e vamos voar!
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Uma história que atravessou 10 mil quilômetros.
Esta é a chamada para o vôo da Delta MD-80 DL 2572 com destino Washington DC com escala no aeroporto de Atlanta. O vôo está confirmado para decolar às 10:06.
O saguão encontrava-se relativamente cheio havia pessoas correndo de um lado para o outro com suas bagagens e check-ins a fazer. Não precisei esperar mais nenhuma outra chamada para recolher minhas malas e seguir para a plataforma.
Se fosse há 5 anos atrás eu estaria eufórico por decolar em um vôo para os Estados Unidos. Eu sonharia com HoSeok me esperando no hall com um cartaz e talvez algumas flores em mãos, algo estupidamente clichê. Eu suaria frio por estar indo de encontro ao homem da minha vida. A ansiedade estaria me consumindo. Mas a vida nunca foi um passatempo muito confiável para se jogar, e ela não cansou de me pregar peças. Arrancar HoSeok de mim foi a pior delas.
Pouco depois de abandonar a casa dos meus pais contei a HoSeok todos os acontecimentos das últimas dez horas daquele dia. Foi a conversa mais agonizante de toda minha vida. Eu falei por mais de vinte minutos, sem interrupções, e do outro lado da tela havia uma expressão completamente vazia. Eu o poupei dos detalhes dolorosos demais, contudo no momento em que encerrei o discurso, ele se derramou em lágrimas. Socos, chutes, soluços e até alguns gritos roucos atravessaram os fones de ouvido até mim, e por bons minutos eu assisti todo o seu tormento. Eu dizia que não era sua culpa. Não era nossa culpa... A conversa não terminou bem.
Somente dois dias depois HoSeok retornou contato, e teve uma postura bastante grosseira ao me pedir para contar exatamente tudo o que aconteceu naquele dia. Cometi o erro de ser tão honesto e foi naquele clima de culpa e arrependimento que ele decidiu que eu viveria melhor sem seu amor. Não houve contestação que resolvesse e no dia 17 de Novembro a corda se perdera por completo.
Passei quase nove meses vivendo de favor na casa de um amigo. Fazia serviços do lar e também ajudava na pequena oficina de seu pai. Terminei os estudos naquele período e investi o pouco de dinheiro que recebia na minha conta do banco. A experiência da estadia foi ótima, os pais de Yoongi não quiseram se aprofundar nas razões pelas quais eu estava naquela situação, tanto que meu segredo ainda era somente meu e de HoSeok.
No 4˚ mês meu pai aceitou me ver para acertar alguns papéis sobre minha emancipação, afinal mesmo tendo acabado de completar 18 anos a lei na Coréia atestava maioridade apenas com 19 anos completos. Depois daquele dia ele nunca mais me ligou, ainda nos víamos raramente de modo acidental na cidade, mas meu pai passara a mudar de calçada e até mesmo a rota do olhar para desviar de mim.
Encontrei oportunidade de me recomeçar na capital da Coréia do Sul, Seul, cidade em que a população e tecnologia se pudessem seriam uma só, mas ainda sim, também é o local onde a tradição é gritante. Aliás, morar em Seul era como estar em um grande aeroporto, rodeado de pessoas com os mais diversos jeitos, falantes de várias línguas. Por lá era possível encontrar praticamente todo tipo de produto e marca, desde produtos de beleza até carros e eletrônicos, atendendo assim à todas as demandas, sendo uma das cidade mais globalizada da Ásia, ela não deixava a desejar.
Entre os diversos bairros da movimentada Seul, Itaewon me chamava atenção, porque me lembrava a ele. Resguardadas as devidas extensões do conceito de liberdade, lá se podia levar uma vida praticamente normal para os padrões ocidentais, o que para mim foi uma sensação libertadora. Foi lá também que conheci Park Jimin, um garoto alguns meses mais velho do que eu com uma determinação que de começo invejava, mas passei a admirar.
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Eclosão [VHOPE]
Romance[CONCLUÍDA] Jung Hoseok é um típico garoto americano: livre, cheio de sorrisos e com um astral sem igual. Já, Kim Taehyung é um garoto do interior de Daegu, com pais muito rigorosos, algumas inseguranças e uma enorme vontade de conhecer a vida como...