Uma conversa a sós

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°•°•Eddsworld•°•

....Tamara on...

Logo pela manhã, mal ainda acordava, ouvi uns acordes de baixo. Quem estava a tocá-lo, era Tom. Já tinha passado 1 semana desde que eu, e as garotas tínhamos entrado neste universo, nós decidimos ficar por mais tempinho, para pudermos explorar este universo.
Uma linda melodia, ressoa pelo quarto, entrando-me pelos ouvidos fazendo-me sorrir, por ser acordada por tão bela música.
-Bom dia bela adormecida! -afirmou Tom, reparando que eu já estava de olhos abertos (acordada).
-Bom dia...-disse-lhe eu, ainda ensonada.
-Então...dormiste bem?-perguntou-me, ele, enquanto afinava as cordas do instrumento, enquanto estava sentado em cima da cómoda.
-Dormi... E tu?-disse eu, sentando-me na cama e espreguiçando.
-Também...Mas...não consegui dormir muito, e acordei a umas horas atrás...-respondeu-me, ele.
-O quê que andaste a fazer pela manhã toda?-perguntei-lhe, eu.
-A arrumar alguma roupa minha, a separar alguma roupa que possas querer usar e tocar no meu baixo!-respondeu-me ele.

-Separar alguma roupa, para mim? -perguntei-lhe, um pouco confusa. -Sim, caso ficares aqui por algum tempinho, eu tenho alguma roupa minha, separada para ti. Assim não tens de entrar e sair daquele espelho a toda a hora...se quiseres é claro. -disse-me ele, com franqueza. -Oh, ok,...parece que já tens tudo planeado!-afirmei eu, a rir-me. -Temos de estar preparados para tudo! Em maré de guerras, não se limpam armas! -afirmou, ele. -É verdade..., mas já agora, baixo? Tu também tens um baixo??-perguntei-lhe, eu, surpresa. -Sim,...tu também tens um?-perguntou.
-Tenho! Queres que o vá buscar?-perguntei-lhe eu. -Er...tu é que sabes,... por mim pode ser!-disse, Tom, parecendo que não queria dar-me trabalho de ir buscar o meu próprio baixo. -Eu vou lá buscar. -disse eu, sorridente.

Então saí do quarto, desci as escadas e dirigi-me há sala, pois era lá que o espelho estava, em cima de uma pequena mesinha de centro. Aproximei-me do espelho, toquei no vidro do mesmo, que refletia o meu rosto e foi rapidamente sugada pelo mesmo clarão do dia anterior.

°•°•Eddsworld•°•°

°•°•Ellsworld•°•°

Apareci repentinamente no chão da sala, onde estávamos antes de sermos sugadas. Então, levantei-me, saí da sala, subi as escadas e foi ao meu quarto. Vi o meu baixo em cima da minha cômoda, peguei nele, e voltei ao espelho, atravessando-o novamente...

°•°•Ellsworld•°•°

°•°•Eddsworld•°•°

e voltando ao quarto do Tom.
-Voltei!-disse eu, entrando dentro do quarto dele, e sentando-me na cama. -Ok, mostra-me o que sabes. -pediu-me, ele.
Suspirei e comecei a tocar algumas cordas do meu baixo. Até que um monte de memórias invadiram a minha mente. Pois a melodia que estava a tocar naquele momento, foi a primeira música, que a minha mãe me ensinara no baixo...antes de ela partir...

-Estás bem?-perguntou ele, preocupado.
-Sim...estou bem...-afirmei eu, mentindo, não reparando que algumas pequenas lágrimas escorriam pelo meu rosto.
-Conta-me o que se passa! O quê que te perturba?-perguntou-me, apossando o seu baixo em cima da cómoda, levantando-se e sentando-se ao meu lado abraçando-me de lado e limpando-me as minhas lágrimas com o seu polegar.
-Bem...a música que eu estava a tocar agora, foi a minha mãe que me ensinou, ...pouco tempo antes dela...falecer, enquanto que eu, ainda era uma criança...-confessei-lhe, eu. -Oh...peço desculpa por ter-te feito lembrar disso...-desculpou-se, ele de cabeça baixa. -N-Não faz mal...está tudo bem,...não te sintas culpado...-disse-lhe eu.
-Mas...como é que ela morreu? Não leves a mal a minha pergunta. -disse, Tom.
-Bem...ela levou com um tiro dado por um urso com uma espingarda, enquanto passeávamos pela floresta, num dia de piquenique...-contei-lhe, eu, com tristeza.
-Sinto muito...,mas se também te sirva de consolo,...eu também perdi um familiar assim, quando eu ainda era uma criança!-confessou ele.
-Desculpa perguntar, ou ter de tocar nesse assunto, mas...Quem?-perguntei eu, estando um pouco surpresa.
-Foi o meu pai, mas a diferença é que não estávamos a passear na floresta, e sim a pescar!-contou-me, Tom, com tristeza no seu olhar.
-Sinto muito! Mas como ele era? -perguntei-lhe eu, um pouco curiosa.
-Bem...era um ananás com óculos! Mas era muito bom pai! Nunca foi ausente!-afirmou, ele com orgulho do pai.
-Olha, a minha mãe também era um ananás, mas o meu pai é que tinha óculos, e ele era uma bola de bólingue. Contei-lhe eu.
-A minha mãe era uma bola de bólingue também!-afirmou ele boquiaberto.
-Nós temos muita coisa parecida!-afirmei eu, estupefacta com tal coisa tão peculiar.
-Sim, mas também tu és uma versão minha mas no feminino! Ou eu uma versão tua mas no masculino!-afirmou ele.
-É verdade!...Mas...tenho saudades da minha família!-disse eu, a começarem a escorrer algumas lágrimas pelo meu rosto, onde tinha parado de escorrer há pouquíssimo tempo.
-Ei...tem calma, eu não te quero ver a chorar de novo!-afirmou ele limpando-me as minhas lágrimas que corriam-me pelo rosto.

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