Um desabafo

193 15 5
                                    

°•°•Eddsworld•°•°

....Tamara on....

Pela manhã, quando tinha acordado, reparei que Tom ainda estava a dormir, então eu levantei-me com cuidado para não o acordar, puxei as cobertas para cima dele, tapando-o. Indo silenciosamente até há casa de banho, logo em seguida, para fazer as minhas higienes e vestir-me. Passado pouco tempo, regressei ao quarto já vestida com a minha roupa casual de sempre, e Thomas ainda permanecia a dormir no mesmo lado da cama, com as cobertas a cobri-lo quase até há boca. Sentei-me na cama ao lado dele (mas com as pernas para fora da cama), fiquei um tempinho a observa-lo a dormir. Ele era tão fofo a dormir! (Mas o que raio pensava eu??)

Acariciei-lhe a bochecha meigamente, com as costas do meu (dedo) indicador, em que ele logo agarrou na minha mão e abraçou-a, como se fosse o seu peluche.
Tentei tirar a minha mão, inúmeras vezes, mas sem sucesso. Até que peguei no ursinho de peluche dele, que estava na mesinha de cabeceira, e coloquei-o no lugar onde a minha mão, antes permanecia, abraçada pelo Tom, e bem devagarinho consegui soltar a minha mão.

Após dessa "conquista", fui buscar o meu baixo a um canto do quarto, voltei-me a sentar na cama, mas no lado, onde anteriormente, eu estava deitada e comecei a tocar uma música, em tom baixo, pois receava poder acordar o Tom. Toquei uma simples música que me tinha vindo há cabeça, de cada nota, que deveria dedilhar no instrumento. Esse simples dedilhar de cordas, meio que exprimia tudo o que eu estava a sentir nesses dias.

Quando eu tocava e dedilhava, Samuel, até que do nada ouvi uma voz a dizer algo, então parei de tocar por momentos para puder ouvir o que era.
-Tu tocas bem...-afirmou um alguém.
Eu olhei em volta ara saber quem era e de onde vinha aquela voz, e quando olhei para Tom, mas este continuava a dormir. Então ignorei e continuei a tocar normalmente. Até que ouvi a mesma voz novamente. Será que estava a ouvir fantasmas ou coisa assim??? Parei de tocar, olhei em volta e nada. Mas que raio?? Levantei-me e foi vasculhar no quarto com o meu baixo nas minhas mãos caso ele aparecesse, se alguma coisa ou alguém estava dentro daquele quarto a fazer tais barulhos eu iria descobrir quem era! Até ouvi de novo, e o barulho vinha de trás de mim. Então, virei costas, e quando ia para mandar com o Samuel na cara do tal alguém que estava lá, que estava coberto com uma manta de cima a baixo.

-SOU EU, CALMA! -gritou a voz. -Tom? -disse eu, destapando-o, revelando o dono da "voz misteriosa". -Não me mates!!-pediu ele. -Fogo, Tom, não me assustes! Olha o que te podia ter acontecido! -afirmei eu, começando a rir. -Eu só queria-te meter um pequenino susto. Não é preciso atingires-me com o teu baixo, calma!!-afirmou, ele, assustado. -É uma lição de vida, meu caro. Que é:" Nunca me assustes!". -disse eu, a rir. -Fogo, quase levava, com Samuel na cara! -afirmou, ele assustado. -Não te metas comigo! -avisei-lhe, eu. -Nunca!!!-disse, ele. -Não sabia, que já estavas acordado. -confessei-lhe, eu. -Não eu ainda estou a dormir. E isto tudo está dentro do meu sonho. -afirmou ele, sadicamente.
-Ha Ha engraçadinho! -disse, eu, sendo irónica.
-Sempre! -afirmou, ele. -Mas agora a sério, eu já estava acordado, desde quando começaste a tocar baixo. -confessou-me, ele.
-Oh,...desculpa se te acordei. Eu estava a fazer o máximo para não te acordar. -desculpei-me eu, estando um pouco preocupada.
-Tu não me acordaste não te preocupes! Eu acordei por mim mesmo. -contou-me, ele.
-De certeza? -perguntei, eu.
-Sim, não te preocupes. Eu acordei um pouco antes de teres começado a tocar. Mas, mudando de assunto, bela melodia.
-A s-sério?-perguntei eu, corando de leve. -Sim! Se tu não tocasses bem, eu não dizia que a melodia seria bela! Certo?-afirmou ele, com um sorriso. -Certo, acho eu. -disse eu, na incerteza. -Mas sim, tocas bem. Gostei da música que tocaste. -confessou-me, ele. -Bem...Obrigada. Até me fazes corar. -afirmei eu com as mãos no rosto, que naquele momento ficava cada vez mais quente.
-Eu só estou a dizer verdades. E agora vem mais uma verdade, corada ficas mais bela, mesmo que já sejas. -afirmou ele, fazendo-me corar ainda mais, fazendo com que o meu rosto ficasse mais vermelho que a camisola da Tori.
-Como é que conseguiste pensar nas notas para a música? -perguntou ele, sentando-se na cama.
-Foi tudo inventado. Mas muitas vezes eu transmito memórias minhas, sentimentos e pensamentos, na música. -confessei-lhe, eu.
-Bem, eu ás vezes também costumo fazer isso, quando estou mais em baixo. Mas as tuas memórias e sentimentos são assim tão belos? Tal como a tua, música? -perguntou-me, ele. -Bem, provavelmente...Mas mudando de assunto...ontem eu notei que estavas prestes a transformar-te com a raiva, mas porquê que ficaste tão irritado do Tord e da Tori por terem-me afogado? Eu sei que ficaste irritado, mas aquilo parecia uma raiva de morte! Com aquela brincadeira, podia causar mortes!!-afirmei, eu.
-Porque...tu és muito importante para mim. O meu coração e cabeça dizem para te proteger a todo o custo. E eles quase matarem-te tirou-me o chão de baixo dos pés! Eu conheço-te há tão pouco tempo, mas parece que eu te conheço há anos! Tu és a única, com quem confio. Com quem posso desabafar, sem ser gozado ou ignorado...Isso apercebi-me, ontem, de manhã, quando estávamos a conversar abertamente, a chorar no ombro um do outro...esse momento, tocou-me... -confessou, ele.
-Oh Tom... -disse eu, abraçando-o.
-Para mim tu também és muito importante. Às vezes também penso como é possível que parece que te conheço há anos, mas não...mas, ...promete-me uma coisa. -pedi-lhe, eu.
-O quê? -perguntou-me, ele.
--pedi, eu, sendo mais franca que podia.

De Diferentes UniversosOnde histórias criam vida. Descubra agora