Uma missão impossível ou mesmo mortal

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°•°•Ellsworld•°•°

.....Tamara on.....

Tinha chegado o dia.
Eu já tinha acordado pelas 3:30, pois não conseguia dormir de forma alguma, por causa de toda a ansiedade.
Já estava vestida com uma roupa que eu tinha de mais parecida a um traje militar, para puder ser confundida no meio dos outros soldados. E tinha tentado fazer um coque (puxo) no meu cabelo e calcei umas botas de couro, semelhantes ás dos militares.
Já tinha tomado o meu pequeno almoço e já estava sentada no sofá da sala, ou a ver televisão ou a rever pela última vez o plano, apenas estando espera de os outros acordassem.

Pois, naquele momento ainda era noite, faltavam mais ou menos 2 horas para o nascer do sol.

Posteriormente a algum tempo eles finalmente acordaram, e seguidamente foram-se vestir e tomar o pequeno almoço, o mais rápido que podiam, pois, a hora estava-se a chegar. Não tínhamos tempo a perder com brincadeiras nem risotas parvas e sem sentido, pois estava quase na hora de partirmos.

Logo em seguida fomos pegar em algumas das armas que já tínhamos separado para aquele dia, pois tínhamos de nos prevenir ao máximo.
Eu estava imensamente nervosa e ansiosa ao mesmo tempo. Seria nesse dia! Nesse dia tudo podia mudar. Ou não. Era nesse dia que podíamos fugir ou escapar um pouco deste inferno que nos persegue a toda a hora, sem nos conseguir largar, e sentir um gostinho mínimo que fosse do céu ou mesmo do paraíso!

A Ell foi repentinamente até mim, quando nós já estávamos prontos para irmos embora, ela perguntou-me:

-Então Tam, estás pronta?
-Eu já nasci pronta! -respondi-lhe eu, estando determinada.
-Então, vamos! -afirmou, Ell, fazendo-nos sair de casa e dirigimo-nos a pé até ao lugar onde iria acontecer a dita guerra, que era no meio de um pinhal, numa zona do pinhal extensa sem muita florestação e a maior quantidade de terrenos baldios.

Nós chegamos lá pelas 5:45. Tínhamos demorado um pouco a chegar, pois o sítio era longe e nós não podíamos ir de carro até lá, senão podíamo-nos ser descobertos ou o nosso carro ser roubado. O tempo estava frio, ainda não era inverno, mas o outono mesmo assim mostrava-se forte e imparável. Tinha chovido no dia anterior e nessa manhã tinha orvalhado, portanto, todo o solo estava molhado ou as plantas e flores continham gotículas de orvalho retidas em algumas das suas pétalas. Tal como algumas brumélias que estavam simplesmente espalhadas por todo aquele espaço. Inúmeras folhas encharcadas estavam espalhadas por todo o terreno. Estava um certo frio, naquela manhã. Batia-nos pelo nosso corpo uma brisa gelada, que fazia com que os nossos rostos e mãos ficassem gélidos e pálidos com o frio. O outono marcava presença mais do que marcariam todos os homens de armas naquele local. Mais do que as imensas vidas que se perderiam lá. Mais do que o sangue que seria derramado no solo, os gritos de dor, dados por milhões de soldados e o ecoar das armas por todo aquele pinhal.

Ficámos escondidos por detrás de alguns pinheiros de tronco largo, já com uma idade imensa, notava-se pela sua estrutura estando cobertas por heras por todo o seu tronco. Dois de nós ficámos escondidos por cada pinheiro. O Edd e a Ell juntos num, o Matt e a Matilda noutro e eu sozinha num deles perto dos outros.

Eu lembro-me de ouvir, lá na Base vermelha pelas bocas de guardas e soldados, que essa guerra/batalha/sei lá o que seria, aconteceria pelas 6:00.
Então nós esperámos a hora da armada começar.

Depois de dez minutos mais ou menos, começámos a ouvir a marcha de soldados, fazendo-me espreitei por um dos lados do tronco da árvore onde me escondia, e consegui ver o exército vermelho a chegar. Todos estavam armados desde os pés até ás pontas dos cabelos, enquanto que os" Red Leaders" estavam extremamente felizes com um enorme sorriso vitorioso estampado nos seus rostos, parecendo que eles já tinham vencido a guerra. Eu por curiosidade olhei para trás desse enorme exército e vi...Tom, com umas correntes presas às suas mãos, pernas e pescoço, no mesmo momento em que dois soldados seguravam nas correntes para ele não puder escapar. Eu senti um frio no estômago e um arrepio pela a minha espinha, só de o ver naquele estado, tendo o mesmo (maldito) visor que eu antes tinha. E eu vi que ainda ele deixava deslizar ou...escapar algumas lágrimas por trás do seu visor. O meu amor estava infeliz, a sofrer, cabisbaixo como se estivesse sido derrotado. Eu senti o meu coração sendo quebrado como um raio de gelo tivesse atravessado o mesmo. Não era o frio nem o orvalho daquela fria manhã, que teria criado tal raio, nem o inverno que estaria próximo, e sim a tristeza que me destruía no meu íntimo.

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