Nunca vamos aceitar, Tord!

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°•°•Eddsworld•°•°

.....Tamara on....

Quando acordei, reparei que Tom já estava acordado, estando de pé com as mãos nas grades. Com uma expressão pensativa.
-O quê que estás a fazer?-perguntei-lhe, eu, levantando-me e indo ao seu encontro.
-Hm? Olá amor. Bem... eu estou a tentar ver se consigo pensar em algo, num plano. Para sairmos ou fugirmos daqui!! - confessou ele.
-Eles querem que nós tentemos fugir transformando-nos para deitarmos as grades abaixo. Assim eles conseguem usar-nos mais facilmente. -disse eu.
-Tens razão. Eu sei disso, mas... eu só queria sair daqui contigo.
-Também eu, meu amor. -disse eu, encostando a minha cabeça no seu ombro.
-Sairmos daqui. Parece que cometemos algum crime para estarmos presos, ou engaiolados! E ainda para pudermos voltar há nossa vida normal. Lá na casa do Edd, com todos na casa (menos o Tord e a Tori é claro) e algumas vezes voltarmos a fazer o que fazíamos. Como irmos ao bar juntos, à praia, passearmos, tocarmos baixo juntos, passarmos tempo...juntos. -afirmou ele.
-É, eu queria. Mas pensa positivo, estamos a passar tempo juntos. O pior é que não podemos sair daqui, e parece que ainda nos vão matar-nos, sei lá...-disse eu, cabisbaixa ao dizer a última frase, que eu mesma dissera.
-Verdade. Mas, nós ainda vamos sair daqui vivos para fazermos isso, e muito mais! Temos de ter esperança e força. -afirmou ele, esperançoso.
Ele em seguida, abraçou-me e beijou-me em meus lábios, em que eu mesma também retribui. Aquilo foi, um beijo demorado, mas que exprimia proteção e amor, e era o nosso amor que nos incentivava em fugir dali.
Inesperadamente ouvimos a pesada porta de ferro a abrir-se com força batendo na parede, e logo separámo-nos do beijo pelo susto causado.
-Bom dia pombinhos! Como vai a vossa estadia?? Vocês estão a gostar? -perguntou Tord, sadicamente e num tom de gozo.
-DEIXA-NOS SAIR DAQUI?!-pediu Tom, a gritar.
-Desde que aceitem a nossa proposta, nós deixamos-vos sair. -explicou, Tori enquanto observava as suas unhas.
-NUNCA!-respondi eu, gritando e sendo ríspida.
-Então se é assim...-disse Tord pegando num molho de chaves abrindo uma cela ao lado e fazendo com que a Tori pegasse em mim à força e colocando-me na cela ao lado que ele tinha aberto, fechando-a em seguida.
Tom a ver o que tinha acontecido, olhou para mim e depois para eles, começou a deixar uma enorme fumaça roxa sair pelos "olhos", e rosnando.
Eu olhei para ele para garantir que estava bem, e então ele colocou uma mão na testa, suspirou tentando acalmar-se, e o fumo desapareceu seguidamente. Foi por pouco...
-Vão ficar em celas individuais a partir de agora! E agora mais um bónus: os vossos amiguinhos e vocês, podem sofrer mais um pouquinho. Mais que ontem!!-afirmou Tord a sorrir.
-VOCÊS NÃO PODEM FAZER ISSO! -gritou Tom, furioso.
-Podemos, como vamos fazer! Até vocês aceitarem!- disse Tord, cruzando os braços.
-NÓS NUNCA VAMOS ACEITAR! -gritei eu.
-Tudo bem, amanhã voltamos para ver se vocês aceitam. -disse Tori.
-Tchau pombinhos. Boa sorte. Vocês vão precisar. -afirmou Tord saindo com a Tori, daquela masmorra.

Mal eles saíram, um soldado trouxe o nosso pequeno almoço. Entrou mudo e saiu calado. Estava em cima do tabuleiro dois pães e um pouco de leite.
Comemos e ficamos em silêncio a pensar como podíamos sair de lá. Nenhum plano de jeito surgia nas nossas mentes! Nós estávamos numa base mega protegida, com guaras e soldados a circular por tudo que era corredor e piso daquele edifício. Parecia impossível.
Até que um soldado apareceu e desta vez levou o Tom primeiro, à força bruta. Eu fiquei sozinha a chorar a pensar que se calhar a cada dia que passava, eles aumentavam a tortura cada vez mais. Ainda nos iriam matar!! Tínhamos de sair de lá mais rápido possível!! Eu ouvia gritos de dor, muitos gritos, gritos de sofrimento. E eram só de uma pessoa, do Tom.
O que será que estar-lhe-iam a fazer, para ele sofrer tanto???

-Minha mãe, proteja o Tom, por favor! Fique do nosso lado e junto a nós nestes horríveis momentos que estamos a passar! Por favor! Proteja-nos, por favor... -rogava eu vezes e vezes sem conta, aos céus, na esperança que a minha falecida mãe conseguisse ouvir-me.

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