Oi gente!
Queria deixar um aviso pra vocês aqui:
A fic tem MUITO HOT, e eles são bem pesados, então quem não gosta desse tipo de história... já sabe né?Aqui é o macho da Brunna pra vocês terem mais noção da imagem dele.
Era só isso mesmo
Boa leitura!
4 de fevereiro, 2016
Christian respirava ofegante quando saiu de dentro de Brunna e deitou-se ao seu lado, tirou a camisinha de si e levantou-se para joga-la no lixo do banheiro. Brunna suspirou, puxando a grossa coberta para cima do seu corpo e acomodou-se melhor sobre a cama, tanto tempo que não transavam, achou que dessa vez pudesse ser diferente.
Completamente enganada. Completamente frustrante.
Christian não parecia o mesmo homem que só vinha ignorando-a e lhe dando desculpas bem mal dadas. Quando voltara hoje de manhã, Christian estava feliz, bem humorado, dizendo que à noite teria uma surpresa para Brunna. E assim como prometera, a levou para jantar fora e lhe deu um lindo colar de pérolas. Maravilhoso. Christian disse também que tinha sido promovido, motivo da sua felicidade toda, após ser treinado durante cinco anos como membro do Conselho de administração, ele assumiu a presidência finalmente. Brunna estava muito feliz por ele, o jantar foi ótimo, ambos curtiram a noite, lançado olhares cúmplices, com Christian sempre lhe roubando alguns beijos. Era como se tudo estive se encaixando novamente, conversaram como um casal de verdade, não como estranhos que moravam juntos, pois era assim que vinha acontecendo nos últimos meses. Ela sentia falta daquilo, do seu marido lhe dando atenção e mimando-a.
Mas então por que, mesmo com tudo que aconteceu hoje, seu marido não conseguia lhe dar prazer? Era pedir muito, ela só queria gozar e se iludir achando que seu casamento estava a salvo.
- Brunna? - Christian despertou-a
- Hm... Sim? - Lhe respondeu, ainda meio aérea.
- Aconteceu algo? - Christian questionou e Brunna tentou esconder o suspiro de frustração.
- Não, eu... - Brunna pensou, mas não disse. - Não é nada, meu amor.
- Parece frustrada, sei que tem um tempo, sabe, que não fazemos isso, mas não foi tão ruim assim... ou foi?
- Não, Christian... - Suspirou - Eu só não... consegui gozar... - Murmurou envergonhada.
- Ah...
Houve um minuto de silêncio entre o casal, enquanto Christian parecia absorver as palavras de Brunna.
- Você já pensou em procurar algum médico? - Brunna franziu o cenho com aquela pergunta.
- Como assim? Por que eu faria isso?
- Na última vez que transamos, você também teve dificuldades, acho que ajudaria se...
- Christian! Você não pode estar cogitando a possibilidade da culpa ser minha! - Brunna exclamou incrédula.
- Então o que, a culpa é minha? - Perguntou e Brunna pode perceber um tom ácido em sua voz.
"Bom, a culpa talvez pudesse até ser dela, se outra pessoa não estivesse lhe provando o contrário, um contrário bem melhor e mais gostoso!"
- Bom, minha não é, Christian!
- Está querendo dizer o que, hein? Que eu não consigo fazer você gozar? - A essa altura, ele já tinha se ajeitado melhor na cama, agora lhe encarando com uma expressão um pouco irritada.
Bruna suspirou pesadamente, discutir não iria adiantar absolutamente nada, já estava frustrada a meses, e não era só sexualmente. Claro que o sexo nunca foi perfeito, ele gozava, ela gozava, e era isso. O que poderia querer a mais, afinal? Sempre se dedicou a um único e exclusivo relacionamento desde o colegial. Não entendi de sexo, nem de relacionamentos, Christian foi seu primeiro namorado, nunca tiveram muitas aventuras, nem muitas brigas, era um relacionamento estável. Então, assim que se formaram na faculdade, ela se casara com Christian e, durante setes anos, dedicou-se exclusivamente ao lar e ao casamento que para muitos era perfeito.
- Olha, eu acho que, talvez, não seja culpa apenas de um de nós. - Ela respirou fundo. - Christian, desde que você começou com essas viagens, eu me deito nessa cama e me sinto completamente sozinha, e quando você volta, não tem um tempo sequer de sobra para dedicar a sua mulher, só fica naquela merda daquela empresa ou trancado no escritório!
Nesse último mês, a realidade não era bem aquela, Ludmilla vinha constantemente em sua casa, lhe satisfazia como ninguém e depois ia embora. Mas isso não fazia ela se sentir menos sozinha quando a morena saia pela porta e partia.
- Amor, eu... eu não sabia que se sentia assim, me desculpa. -Christian lhe encarava surpreso e sua expressão de perdido, fez Brunna ter um pouco de dó. - Mas eu quero, e preciso que me entenda, estou conseguindo tudo que sempre sonhei para aquela empresa, você sabe que meu emprego exige paciência e tempo. Eu não vou estar sempre disponível Brunna.
- Sempre disponível? Você nunca está disponível! - Brunna levantou-se da cama em um salto, encarando-o incrédula. - Você não percebe? Olha o nosso casamento, eu tenho que me masturbar sozinha para poder gozar, esperando você ser bem sucedido na vida, a troco de quê?
A ideia era ter uma conversa calma, mas colocar aquilo tudo para fora, fez Brunna lembrar-se dos meses em que passou frustrada e sozinha.
- Brunna, qual é? Você está fazendo drama por que não estamos transado constantemente? Por que você não consegue gozar? - Questionou, e Brunna engoliu em seco, fitando-o desacreditada. - Acha mesmo que isso é mais importante do que o meu trabalho? Você está sendo uma completa egoísta!
Brunna trincou a mandíbula, não consegui acreditar no que acabara de ouvir do próprio marido.
- Como eu posso querer algo que nunca tive? Eu e você nunca transamos constantemente, nem mesmo nos tempos da faculdade, Christian! - Brunna soltou sem pensar, seus olhos estavam escuros e queimavam de raiva. Christian percebeu isso, e abaixou a guarda por um momento. - Você por acaso se ouviu? Ou melhor, você ouviu tudo o que eu falei? Eu só quero a porra do meu casamento de volta, seu idiota! Eu quero parar de me sentir sozinha e ter uma família de verdade!
O silêncio se fez presente novamente, longos 30 segundos em que Christian analisava as palavras de Brunna, dando um sorriso irônico quando finalmente resolver falar.
- Então é isso? - Brunna franziu o cenho sem entender direito, Christian revirou os olhos para a esposa. - Você vai voltar com esse papo de família e filhos novamente? Brunna, nós somos uma família, ok? Não precisamos de uma criança enchendo o nosso saco, e olha que essa nem é a pior fase.
- Christian, eu quero um filho! Eu quero poder segurar em meus braços uma criança minha! Porra, será que você não entende? - Fez uma pausa apenas para controlar-se e não chorar. - E-Eu sou mulher, tenho desejo de ser mãe como qualquer outra!
- Errado! Muitas mulheres hoje em dia não tem filhos e vivem muito bem com isso, você também é capaz, Brunna!
- O que...? Você... Como você pode ser tão insensível? - Uma única lágrima escorreu de seu olho esquerdo, mas Brunna limpou-a rapidamente.
Christian bufou, estava farto daquela conversa, farto daquele drama todo.
- Eu não quero mais falar sobre isso, Brunna. Aliás, eu não quero falar nunca sobre isso, já está decidido.
O mesmo se levantou, caminhando em passos rápidos até o banheiro, trancando-se lá dentro.
- Covarde! - Brunna gritou. Se jogou na cama e sentiu sua garganta começar a arder, sentindo uma vontade absurda de chorar, junto com o aperto no seu peito.
Ela não sabia nem o que pensar, sua cabeça estava uma bagunça, sua vida estava uma bagunça. Dói, porra, como dói. Quando foi que se tornaram isso? Um soluço alto escapou dos lábios de Brunna, mas ela se proibiu imediatamente de chorar.
"Não, não, não! Ela não iria chorar mais pelo insensível do seu marido, chega, estava farta!"
Ouviu o chuveiro ser ligado e suspirou alto, levantando-se. Seus olhos buscam rapidamente o relógio automático na cabeceira da cama. 23 horas e 12 minutos. Se tivesse sorte e fosse rápida, talvez... Negou com a cabeça, o que diabos ela estava pensando?
(...)
Brunna deslizou o batom da cor nude em seus lábios carnudos, encarando-se divinamente no espelho. Se sentia bonita. Linda, diria Ludmilla. Em pouco tempo desde que começaram a se envolver, Ludmilla elevou sua autoestima de um jeito que Brunna nunca fez questão de fazer. Claro que ele nunca a chamou de feia ou algo do tipo, mas era raro um elogio da sua parte, eram mais constante nos tempos da faculdade. E depois que se casaram, um simples, "está bonita hoje", se perdera completamente. Brunna nunca foi uma mulher atraente ao seu ver, se achava bonita, razoavelmente bonita na verdade. Mas agora, tinha uma imagem melhor de si mesma, graças ao ego inflado que Ludmilla lhe fazia ter.
Brunna se olhou no espelho mais uma vez, analisando sua roupa. Um Cropped branco, uma calça justa, com alguns cortes na parte da frente, também branca, e seu inseparável Scarpin preto, apenas para não ficar simples demais. Ajeitou um poucos as longas madeixas loiras que cobriam boa parte dos seus ombros. Estava ótima para alguém que se arrumou em 15 minutos, ela tinha passado apenas uma maquiagem básica. Mas... faltava alguma coisa...
Sorriu maliciosamente para si mesma através do espelho e correu para pegar a jaqueta de couro que guardava em seu armário. Tinha mesmo cheiro da noite passada. O cheiro maravilhoso de Ludmilla. Motivo pelo qual não devolvera aquela jaqueta até hoje.
- Onde você pensa que vai? - Brunna quase soltou um gritinho, com o susto que tomara. Rapidamente virou-se encarando seu marido, que tinha a toalha envolta do seu corpo, cobrindo sua parte íntima.
Christian era dono de um corpo lindo, músculos grandes e muito bem definidos devido a musculação pesada. Era um homem muito bonito e atraente, com um corpo que qualquer mulher poderia desejar, pena que conseguia ser um completo banana quando queria. Brunna revirou os olhos.
- Eu vou sair com Renatinho. Ele me ligou enquanto você tomava seu banho de diva. - Mentiu na maior cara dura, encarando-o fixamente, estava ficando cada vez melhor nisso.
- Espera um minuto, você por acaso sabe que horas são?
- Sei, sim. Algum problema com isso? - Brunna cruzou os braços.
- Desde quando voltou a sair com Renato? - Ele a encarou e parecia pensar em algo. Quando fez, seu olhar transbordou espanto. - Ah meu Deus, você fica saindo com ela pelas madrugadas quando eu estou fora trabalhando?
Brunna não sabia o que dizer. Abriu e fechou a boca várias vezes. Aquele idiota não ouvira tudo o que ela tinha dito sobre estar se sentir sozinha em casa?
- Primeiro, Renatinho é meu amigo e eu saio quando quiser com ele. Segundo, não, eu não saio com ele tem um bom tempo, e não que eu te deva satisfação por isso, já que você só vive fora de casa!
- Caralho! É a porra do meu trabalho, quantas vezes eu vou ter que te falar isso? - Christian elevou seu tom de voz. Isso só fez Brunna ficar ainda mais irritada.
- Não aumenta o tom de voz comigo! Eu sou sua mulher e você me deve respeito!
Christian engoliu em seco. Negando com a cabeça, caminhou até o armário e pegou a primeira samba canção que encontrou.
- O que te faz pensar que eu vou deixar você ir? - Christian perguntou com um tom irônico, sem nem ao menos olha-la.
- E o que te faz pensar que você manda em mim? - Soltou com veneno, arqueando uma sobrancelha.
Christian soltou uma risada sem humor e voltou a negar com a cabeça, fechou as mãos em punhos com força, quando voltou a olha-la, seus olhos se encontraram e Brunna percebeu o quanto furioso ele estava. Christian sempre fora possessivo e ciumento, tanto é que, quando decidiram ficar juntos, ele exigiu que Brunna se afastasse de todos os seus amigos dos tempos do colégio. Apaixonada, fez o que ele mandou e nunca mais falou com ninguém.
- Ok. Tudo bem, vai lá dar uma de solteira. - Suas palavras saíram irônicas e irritadas. - Só me avise quando resolver parar com todo esse drama desnecessário!
- Drama?! - Brunna exclamou alterada - Você acha que estou fazendo drama? Você nã...
- Vai curtir sua noite e me deixe dormir em paz Brunn! - Cortou-a, deitando-se na cama e virando-se para o lado oposto ao dela.
"IDIOTA, IMBECIL, CORNO!" Brunna teve vontade de gritar e esfregar na cara dele o quanto iria foder com sua amante, enquanto o mesmo ficaria aqui, dormindo feito um verdadeiro corno manso. Mas apenas gritou em seus pensamentos, estava irritada demais e precisava urgentemente dar para Ludmilla até suas pernas ficarem moles de tanto gozar. Porque ela sim, sabia leva-la a loucura.
Ludmilla tomou mais uma dose de tequila junto com seus colegas de banda, a noite sempre terminava assim com eles, depois do show que faziam, comemoravam a noite no bar.
- Ta sabendo da festa na casa do Anderson? - Marcos, o guitarrista e melhor amigo de Ludmilla, disse chamando atenção de todos.
- Informação desnecessária. - Ludmilla rindo, tomou mais um gole da sua cerveja.
- Ah qual é Ludmilla, Isabelly vai estar lá.
Marcos lançou um olhar malicioso a Ludmilla, que apenas revirou os olhos.
- E bom, ótima chance para você e o Anderson se entenderem, saiba que essa briga de vocês está apenas dividindo o nosso grupo.
Grupo que Ludmilla não fazia questão nenhuma de fazer parte. De Anderson e Isabelly, Ludmilla apenas queria distância. Pessoas manipuladoras e egocêntricas. Ela odiava tanto pessoas assim.
- Não somos um grupo Marcos, comi Isabelly uma vez e ela se aproveitou para ficar popular naquele colégio, como se fossemos um casal.
- Não faça pouco caso dela, só porque agora come aquela cobra lá.
- Já mandei você parar de falar assim dela!
- Só to querendo abrir seus olhos, ela está te colocando contra seus próprios amigos.
- Anderson não é meu amigo! E Brunna se importa com o meu futuro.
- Ela se importa com a boceta dela satisfeita, isso sim.
Anderson era um completo metido, que se achava o comedor, mas na verdade não passava de um broxa. Relato das próprias meninas que ele já conseguiu levar para cama. Marcos, Anderson e Ludmilla cresceram juntos. Eram amigos de infância, da mesma rua. Jogavam futebol, andavam de skate, e todas essas brincadeiras de crianças eram sempre os três que faziam juntos, amigos iam e vinham, mas os três sempre estavam lá, juntos.
Porém, Anderson sempre fora um garoto mimado, que gostava de tirar saro de todos. E não foi diferente quando descobriu as condições de Ludmilla. Ele sempre dizia que era brincadeira, mas Ludmilla sabia, e sentia, que ele não era um amigo de verdade. Mas, com tanto bullying que sofreu na infância, depois que as pessoas descobriram sua condição, Ludmilla simplesmente não se importava mais com quem andava ou não com ela.
Ludmilla era um pedra fechada, não se abria com ninguém, nem mesmo com seu único amigo de verdade que era justamente Marcos. Marcos até poderia ser inocente a não ver o quanto Anderson era um idiota, ele também poderia até ser aqueles garotos mesquinhos, que se importa demais com a popularidade, mas ainda assim seus sentimentos em relação a Ludmilla eram extremamente verdadeiros, e ele nunca, nunca machucaria sua melhor amiga.
Marcos era a única pessoa da escola que sabia do envolvimento de Ludmilla com a professora.
- Ta, chega de brigar vocês duas. - Cacau, a baterista, chamou atenção delas.
- Eu vou pegar outra cerveja. - Ludmilla disse, se levantando. Marcos pode perceber o quanto irritada ela estava, então preferiu não ir atrás.
O local estava lotado, a próxima banda entrava em alguns minutos. Ludmilla caminhou até o balcão de bebidas, que se encontrava razoavelmente cheio.
- Uma cerveja, por favor!
- Não acha que está misturando demais? - Rômulo, o barman, disse.
- Quem disse que eu me importo? - Ludmilla disse, dando uma risada sem humor.
- Ludmilla, é sério... Da última vez você lembra o que aconteceu.
- Rô, eu sei, ok? Aquilo não vai mais acontecer, eu já sei me controlar. - Rômulo suspirou, mas se afastou indo pegar o que Ludmilla pedira.
Não demorou nem um minuto e Rômulo já voltava com a garrafa dela. Se afastando novamente sem falar nada, mas seu olhar dizia tudo. Aquela seria a última. Ludmilla bufou. Por que todos querem controlar sua vida? O acidente a dois meses atrás, foi apenas um acidente, não aconteceria de novo.
Quando Ludmilla iria voltar para mesa com seus amigos, sentiu uma mão gelada cobrir sua visão.
- O que minha aluna favorita faz aqui... uma hora dessa? - Sua voz sussurrada, soava de forma cínica, e Ludmilla sabia exatamente de quem era.
Brunna abaixou a mão, deslizando-a pelo corpo de Ludmilla, até chegar a cerveja no balcão. A professora tomou um longo gole, e Ludmilla não conseguia dizer absolutamente nada, apenas babava naquela roupa maravilhosa que a mesma usava.
"Porra, Brunna estava gostosa pra caralho!"
- Brunna?
A mulher mais velha se apoiou no balcão, olhando para os lados e depois fitando Ludmilla intensamente. Brunna adorava quando aqueles olhos castanhos intensos caiam sobre ela, com desejo. Seu ego inflava, sentindo seu corpo todo esquentar.
- O que faz aqui, Brunna? - A professora soltou uma risada.
- O que você acha?
Ludmilla engoliu seco e tomou um gole da sua cerveja.
- Pensei que tivesse me dito “até segunda, Ludmilla”. Não vai me dizer que já está sentindo saudades?
Quando Ludmilla retomava suas investidas, era a hora em que Brunna ficava nervosa. Mordeu o lábio inferior, sentindo logo em seguida as mãos de Ludmilla em sua cintura.
- Talvez eu tenha sentido. - Brunna quase soltou um gemido quando as mãos da morena apertaram sua cintura. - Vim buscar você...
- Me buscar? - Ludmilla levantou uma sobrancelha, fazendo questão de grudar seus corpos. Brunna estremeceu um pouco e sentiu uma maldita vontade de beija-la.
- Hm... Sim, Ludmilla. Vim buscar você... Por favor, vamos sair daqui... - Fechou os olhos, dando um longo suspiro. - Agora.
Lindos e intensos olhos castanhos fitaram o rosto determinado da professora. Quando os olhos se encontram, Brunna nunca se sentia tão exposta como em todos momentos em que Ludmilla fixava seu olhar ao dela. Sua íris castanha transbordava luxuria, como quando um animal finalmente acha sua presa. Brunna sentiu suas pernas tremerem, e sem mais qualquer outra palavra, segurou sua mão com firmeza e a guiou até a saída daquele lugar.
Ludmilla não protestou, deixou ser levada, sem ao menos dizer uma única palavra. Sem ao menos se despedir dos seus amigos. A loira era assim, tinha um poder irracional sobre ela quando queria.
Saíram do lugar às pressas, caminhando em passos rápidos até o carro preto de Brunna, que estava do outro lado da rua. Era como se não se vissem a dias, mas na verdade não tinha nem 24 horas desde a última vez.
A cada passo dado, o coração de Brunna palpitava de nervoso, ela estava prestes a experimentar o inferno novamente, e o que mais a assustava era que todas as vezes isso de alguma forma era bom. Muito bom. Magnificamente delicioso. Tentou não pensar em como se sentiria culpada depois disso, e foi assim que a professora destrancou seu carro e entrou rapidamente nele. Respirou fundo ligando-o, enquanto Ludmilla entrava e se sentava no banco ao seu lado.
O caminho foi em silêncio, Brunna explodia em pensamentos e Ludmilla finalmente caia em si, se perguntando o que diabos estava acontecendo?
- Espera Brunna, o que aconteceu? - Ludmilla questionou confusa.
Por um momento, Brunna emudeceu. Ela soltou um suspiro baixo e parecia mais nervosa do que antes.
- Como assim? Nada... nada aconteceu, por que acha que algo aconteceu? - Brunna respondeu ainda um pouco sem fôlego.
- Primeiro, você está nervosa e falando rápido. - Ludmilla fez uma pausa, antes de afirmar com cuidado o que Brunna tanto temia, mas sabia que era a verdade. - E bom, você nunca me procura quando seu marido está em casa.
A culpa lhe atingiu, mas agora já era tarde demais. Suspirou pesadamente e Ludmilla podia perceber o quão tensa ela estava.
- Tem razão... desculpa, eu só... preciso de você essa noite Ludmilla.
- Não estou negando, nem rejeitando você - Ludmilla lhe ofereceu um sorriso reconfortante, isso ajudou Brunna a se sentir mais aliviada. - Só quero saber o que está acontecendo.
- Nós brigamos... - sussurrou, suspirando novamente.
- De novo?
- Sim... não quero falar sobre isso. - Brunna não desviava seu olhar da estrada um segundo se quer. Percebendo isso, Ludmilla repousou sua mão sobre sua coxa.
- Certo. Não tem problema, eu também não quero falar do broxa do seu marido. - Suas mãos acariciaram levemente a coxa direita da loira. - Mas me conte, para onde estamos indo?
- Hm... Não muito longe, você verá. - Brunna segurou um pequeno gemido, quando as mãos de Ludmilla lhe apertaram a coxa, seu corpo estremeceu com aquela carícia, mas ela conseguiu se conter.
O resto do caminho fora feito em silêncio, Brunna dirigiu por um longo tempo, dessa vez ela parecia menos nervosa e não dirigia com tanta pressa. Elas praticamente saíram da cidade, não estava tão tarde, porém não era cedo, então não se via tanto movimento por aquela parte de Miami.
No rádio tocava uma música qualquer que Brunna não fazia questão de saber qual era. Ludmilla cantarolava a música distraída, enquanto a professora apenas a observava. Sua voz era rouca, mesmo soando baixinho como naquele momento. Linda. A loira se sentia relaxada, percebendo que nunca de fato tinha ido assistir uma das suas apresentações no pub. A loira nunca tinha parado para pensar nisso, em como nunca tivera um tempo com Ludmilla que não fosse na cama. Já iria fazer quase um mês que começaram a se envolver e eram poucas as coisas que Brunna sabia da vida dela. Se repreendeu, percebendo o quanto usava a garota apenas para se satisfazer, aquilo era tão egoísta. Mas o que poderia fazer, Ludmilla nunca demostrou insatisfação com isso, muito pelo contrário, era sempre maravilhoso quando estavam juntas. Era gostoso, quente e carnal. A professora não conseguia, de jeito algum, entender por que era tão difícil resistir à morena.
A movimentação de carros na estrada era quase nula, Ludmilla não fazia ideia para onde a loira estava indo, talvez um lugar completamente longe e deserto, distante o suficiente de onde moravam, para que assim Ludmilla pudesse finalmente comer sua professora de uma vez e fazê-la gozar horrores, dentro do carro mesmo. Mas quando viu, mesmo que de longe, a placa neon piscando em sua direção, não pode deixar de encarar Brunna e capturar o momento em que ela lhe sorriu maliciosamente, e só aquele sorriso foi capaz de fazer seu corpo esquentar imediatamente.
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PILLOWTALK - Brumilla
Romance{ADAPTAÇÃO CONCEDIDA PELA AUTORA ORIGINAL @Pikachu32 } "Sou o seu suspiro, sou esse gemido que você solta assim que eu te chupo, gemido baixo, alto, sem pudor, tímido. Sou a explosão de endorfinas que faz você pirar. Sou o tesão, o prazer, a loucura...