Tenerife Sea

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OIOIOI MEUS AMORES
Como prometido, eu voltei!
MT feliz da fic ter chegado a 1k de favs, Obgda meus lindos! ❤❤❤❤

Vamos ao cap!
Boa leitura
Qualquer erro avisem.






28 de maio, 2016

Brunna parou em frente ao espelho do banheiro, apenas de calcinha e sutiã, olhando sua barriga de lado. A mesma ainda tinha o seu tamanho normal e Brunna não via a hora dela crescer. A loira sempre foi bastante magra e sabia que quando chegasse no segundo mês já seria perceptível que ela estava engordando. Porém a loira não poderia se importar menos, seus bebês estavam se formando dentro dela, e aquilo era motivo da sua maior felicidade.

Havia se passado dois dias desde que a loira descobrira dos gêmeos. Havia descoberto também que além de gêmeos, eram gêmeos bi vitelinos, ou seja, dois óvulos e dois espermatozoides diferentes.

Já sobre a descoberta... as coisas não foram fáceis naquele dia. 

26 de maio, 2016

Depois da doutora Alycia ter confirmado para as duas futuras mamães que elas estavam esperando gêmeos, Ludmilla simplesmente desmaiou.

Sim, desmaiou.

Brunna entrou em desespero, Alycia chamou outros dois médicos que começaram a abanar para ver se Ludmilla reagia, mas apenas depois de longos dez minutos que ela acordou.

Ela estava pálida, as gotículas de suor se formavam em sua testa, seus lábios perdiam lentamente sua cor, transformando-se em branco. Seus olhos estavam perdidos e Ludmilla sentia-se sem chão, ela puxou e soltou o ar várias e várias vezes tentando se manter calma e pensar no que fazer, olhou para Brunna que a encarava esperando alguma resposta, mas a negra não conseguia dizer nada.

A loira ficou apreensiva e com medo de alguma forma, ela ter voltado atrás.

- Amor? Está tudo bem? – Perguntou cautelosamente.

Então, como um bebê, Ludmilla começou a chorar. Não era um choro desesperado, estava mais para um choro de medo. Essa era a verdade, Ludmilla era totalmente insegura, ter dois filhos só aumentavam ainda mais sua insegurança. A negra era totalmente responsável e tinha maturidade suficiente, mas ela só tinha dezoito míseros anos, isso era muito assustador.

Dois filhos.

Será que eles gostariam dela? Será que ela conseguiria ser uma boa mãe?

- Vou deixá-las a sós por um momento. – Alycia comentou em um tom baixo enquanto desligava o aparelho e retirava-o de Brunna, saindo pela porta de entrada e deixando-as um pouco mais a vontade.

Ludmilla se manteve calada durante todo o tempo, Brunna então se aproximou dela e a abraçou enquanto a negra chorava baixinho. 

- Lud... Amor, olha pra mim. Por que está chorando? – Brunna perguntou desamparada.

Ludmilla sentiu ali todas suas barreiras mais fortes irem embora e deixou seus medos virem à tona.

- Eu não sei o que fazer! - Ela finalmente disse em desespero. – Não sei nem fazer o meu chocolate quente sem deixar queimar demais e vamos ter dois bebês! Vamos ter dois bebês, Brunna... Eu não estou pronta para isso!

- Você disse que me apoiaria em qualquer coisa... – Tentou justificar, vendo lágrimas furiosas escorrerem pelo rosto da garota e sentindo que as suas já queriam dar sinais de vida também.

- Eu estou com tanto medo... - Choramingou. – Um mês atrás em nem sabia o que era amor e agora vou ter dois filhos. Eu sou uma droga de uma menina inexperiente, o que você quer que eu faça, hein? Eu estou com medo, porra, muito medo mesmo.

Brunna não disse nada, mas fez. Envolveu Ludmilla em seus braços e o cheiro da loira entrou pelas narinas de Ludmilla, fazendo o coração da negra vibrar e seu corpo relaxar. Aqueles braços faziam com que Ludmilla tivesse segurança.

Brunna fez juras de amor a negra, dizendo que elas estariam juntas e conseguiriam dar um jeito. Ludmilla apertou o corpo da loira mais ainda contra si e deixou seus medos e temores se esvaírem de seu corpo através de lágrimas e soluços.

- Você não precisa ter medo amor, eu estou aqui com você, vamos estar juntas. – Ela sussurrava com as palavras carregadas de carinho e seriedade. – Sei que esse medo é mais preocupação do que realmente medo, eu também estou, é claro, mas agora temos que ser fortes e estarmos sempre juntas. Eu te amo, você pode se achar uma menina inexperiente, mas eu tenho certeza absoluta que você será uma ótima mãe. – Brunna beijou-lhe a testa.

- Você acha? – Perguntou totalmente insegura.

- Eu tenho certeza. – Brunna sussurrou calmamente, segurou a mão de Ludmilla e traçou círculos com seu polegar sobre a pele delicada. Aquilo pareceu acalmar a negra que até mesmo abriu um curto sorriso.

Ludmilla suspirou deixando que seu corpo se acalmasse e as lágrimas cessassem. Ela esticou timidamente a mão até o ventre da mulher, tentando de alguma forma, sentir o pequeno pedaço de felicidade que Brunna carregava dentro de si, o fruto do seu amor por ela.

- Me desculpa, Bru... - Sussurrou em um fio de voz. A loira se separou um pouco da negra, levando suas duas mãos até o rosto dela e lhe puxando para um selinho calmo e apaixonado. 

- Está tudo bem, meu amor. É normal ter medo, mas nós estamos juntas nessa.

- O que... O que vamos fazer agora?

A loira mordeu o lábio e levantou-se caminhando até sua bolsa que se encontrava cima da cadeira. Abriu-a tirando de dentro uma embalagem colorida com um laço. Ela entregou o pacote para uma Ludmilla confusa e curiosa. A garota desfez o laço rosa cuidadosamente e ficou completamente surpresa pela roupinha de bebê amarela com os seguintes dizeres:
"Mamães, vou bagunçar suas rotinas, atrapalhar suas noites de sono e acabar com seus banhos demorados. E mesmo assim vocês serão loucas por mim."

- Temos sete meses e meio antes deles nascerem, podemos fazer dar certo. – Ludmilla levantou seu olhar até encontrar seus castanhos favoritos. – Eu mandei fazer alguns dias atrás.

Desta vez Ludmilla segurou o rosto de Brunna com as duas mãos e puxou a loira para perto, juntando seus lábios em um beijo. Foi um beijo rápido, mas carinhoso e cheio de palavras não ditas.

- É lindo, mas acho que agora falta mais um. – Finalizou-o com o selinho e se afastou encarando a loira que sorria abobalhada. – Eu te amo.

- Eu te amo muito mais.

Brunna suspirou apaixonada e saiu do banheiro. Ludmilla dormia com os lábios abertos minimamente, deixando alguns suspiros saírem de sua boca enquanto respirava.

A loira caminhou até a mais nova e sorriu, em um ato de reflexo levou a mão gelada para bochecha da garota, causando em Brunna um pequeno sobressalto, mas que não a fez despertar.

Desde o dia da consulta, Brunna estava "morando" com Ludmilla. A loira não estava muito contente com aquilo, mas Ludmilla prometera ser algo temporário até que elas encontrassem um lugar para os quatro. A negra apenas não queria passar mais nem um minuto longe da mulher mais velha e seus filhos.

Mas quem Brunna poderia enganar? Ela estava realmente adorando estar com sua preta, os beijos seguidos pelo dia, os carinhos e o corpo da negra aquecendo o seu na hora de dormir. E sempre, sempre mesmo, a mão de Ludmilla repousada sobre o ventre da loira enquanto dormiam ou deitavam juntas para assistir televisão. Ludmilla tinha se tornado ainda mais atenciosa e carinhosa do que o normal, sempre querendo proteger e cuidar da loira.

Brunna passou as mãos pelos seus cabelos longos e escuros, olhando-a com mais atenção. A professora abriu mais o sorriso e começou a deslizar o dedo na pele macia de Ludmilla. Levou os dedos até a mandíbula, e depois encostou o rosto em seu pescoço, aspirando o cheiro da mais nova. Esfregou o rosto no local quentinho e suspirou em satisfação, sentiu aquela região arrepiar-se com seu toque e sorri sobre sua pele, deixando-lhe um beijo por ali. Brunna desceu uma de suas mãos até a lateral do corpo da garota, subindo com a ponta dos dedos pela sua coluna. Ela estava em estado de êxtase pela felicidade de ter Ludmilla consigo.

Ludmilla apertou a cintura de Brunna, fazendo a professora sorrir e levantar a cabeça a tempo de ver a negra despertando. A garota tinha um sorriso torto no rosto, sua a respiração estava regular e seus olhos  pareciam mais claros. A loira não pode deixar de passear com os olhos por todo seu rosto.

- Oi. – Disse Ludmilla com a voz mais grave que o habitual, que sempre surgia quando ela acordava. Brunna gostava.

- Oi.

- Como... Como estão meus bebês? – Brunna sorriu e pegou a mão direita dela colocando-a sobre sua barriga. 

- Estão ótimos.

Ludmilla continuou olhando-a e seus olhos agora brilhavam. Depois de algum tempo sem mexer a mão, a negra levantou timidamente a blusa de Brunna e acariciando o local levemente, sentindo uma felicidade derreter completamente seu coração. Ela se inclinou e beijou a barriga da mais velha deixando-a completamente surpresa. Era a primeira vez que Ludmilla fazia aquilo.

- Oi bebês. – Falou, muito próxima ao ventre da professora. – Eu amo vocês.

Brunna sorriu maravilhada com a negra. Ludmilla a surpreendera mais uma vez

- Eles amam você também. – Os cardíacos de Ludmilla aumentaram em segundos.

A negra continuou a beijar a barriga, rondando toda a região enquanto suas mãos mantiveram a camisa de Brunna levantada.

- Oh meu Deus, Bru. Você está grávida de gêmeos! – Seus lábios pressionaram contra a pele macia por mais alguns segundos, Ludmilla tinha os olhos fechados enquanto os de Brunna brilhavam com amor. – Eu ainda não posso acreditar!

-  Eu também não posso acreditar! Ainda é surreal. – As mãos da professora deslizam por seu braço tatuado até seu ombro, onde massageou gentilmente a pele quente e macia. Ludmilla continuava a olhar para Brunna, mas então franziu o cenho.

- Quando foi que você descobriu que estava grávida? – Brunna desviou o olhar e engoliu em seco.

- Não tem muito tempo, foi na segunda-feira passada. – Ludmilla levantou as sobrancelhas.

- E por que não me contou antes? – A loira abaixou a cabeça.

- Fiquei com medo... – Disse num murmuro baixo.

As mãos de Ludmilla pararam de esfregar as coxas dela e subiram pelo seu quadril.

- Nossos bebês estão com um mês e meio, quando...

- Aqui. Foi aqui, na sua casa. – Brunna disse sendo direta.

Ludmilla franziu o cenho olhando-a perdida, suas mãos pararam de esfregar seu quadril, empurrando-a levemente para longe, mas Brunna não a permitiu.

- Quer dizer que... Você engravidou naquele dia? Tem certeza? No dia da morte da minha mãe? – Ludmilla falou sem pensar e a loira arregalou os olhos.

- Como? Era... – Brunna se ajeitou melhor na cama, procurando o rosto de Ludmilla por alguma hesitação e internamente estremecendo. – Por isso você pediu para que eu ficasse naquele dia? – Imediatamente perguntou e negra apenas assentiu. – Oh meu Deus, Ludmilla! M-Me desculpe, eu...

- Não peça desculpas, você não...

- Cala a boca e me deixa falar. – Cortou-a de forma um pouco exagerada. – Eu estava assustada. Sinceramente, eu já estava amando você e então nós fizemos... fizemos amor pela primeira vez sem ao menos perceber. Eu tive medo, medo por que eu não podia sentir aquilo e também porque tinha medo da rejeição. – Brunna falou desesperadamente, passando a mão pelo cabelo nervosa. – Então eu fugi. Eu fugi e fiquei tão assustada que eu não conseguia enxergar como você estava mal, eu percebi que você não estava bem, mas eu fui tão covarde ao ponto de nem perguntar... eu só ataquei você e...

Brunna não conseguiu mais segurar as lágrimas então logo uma grossa lágrima descia por seu rosto, logo depois outra e outra sucessivamente.

- Tudo bem, amor. – Ludmilla se aproximou e seu tom era um tanto assustado. – N-Não chora, por favor.

- Por favor, por favor... Me perdoa? Me perdoa por isso, por tudo que eu te fiz e...

- Claro que eu perdoo você. Eu passaria por tudo isso de novo, só para ter você ao meu lado, babe. – Ludmilla limpou uma lágrima da loira. – Não chore, eu sinto tanto que você tenha sentido tudo isso e eu não estava ao seu lado por você. Eu não quero que você passe por coisas assim nunca mais, ok?

Ela enfim maneou a cabeça concordando e Ludmilla a puxou para seus braços e elas ficaram um bom tempo apenas assim. Foi ali que Brunna nunca me sentiu tão agradecida na vida e não teve outra opção senão beijá-la naquele momento. Mas Ludmilla foi rápida colocando a mão na boca.

- Não faça isso, eu não escovei os dentes ainda! – Disse tentando se afastar, mas a loira montou sobre seu colo.

- Para de besteira amor, me dá um beijo. – A loira puxou-a em sua direção, deitando-se e puxando Ludmilla sobre ela. Brunna precisava sentir Ludmilla.

Como seus lábios entreabertos, a loira sussurrou em se ouvido

- Eu preciso de você agora... 

Ludmilla ficou vermelha de tesão, e quase não conseguiu resistir, quase.

- Não... Me deixe escovar os dentes primeiro. – Ludmilla se desvencilhou dos seus braços, levantando-se rapidamente.

- Para de palhaçada, Ludmilla! Me come logo!

- Já volto. – Disse antes de sair correndo até o banheiro e se trancando lá dentro.

- Ludmilla, vem aqui agora!

(...)

- Meu Deus, como aguenta tanta comida? – Renatinho perguntou boquiaberta.

Brunna estava sorridente enquanto comia o terceiro sanduíche que comprara na cantina da escola. Seu sorriso era tão grande que se alguém tentasse imitar ficaria com as bochechas doendo.

- Eu está grávida, Renatinho! – A loira limpou a boca com o guardanapo antes de responder seu amigo. – Estou comendo por três.

Renatinho ajeitou-se na cadeira que ficava do outro lado da mesa da sala dos professores e sorriu tranquilamente.

- Sabe, eu ainda não acredito...

Brunna franziu o cenho, desviando o olhar para ele.

- No que?

- Você, Bru. Grávida de gêmeos!

Então ela sorriu. O sorriso rasgou sua boca sem aviso. Brunna sorriu feliz como uma criança que acaba de ganhar o seu doce favorito, o homem pôde ver a alegria verdadeira iluminando gradativamente o rosto da amiga, e foi um reflexo retribuir o sorriso imediatamente. Ele já estava totalmente atualizado sobre a gravidez e o término trágico do casamento de Brunna.

- E como... Como está a sua namoradinha? – Renatinho perguntou – Como ela reagiu a essa descoberta?

Brunna que tinha um sorriso alegre no rosto, soltou uma pequena gargalhada negando com a cabeça.

- Você não vai acreditar...

Renatinho tinha uma expressão surpresa e chocada enquanto Brunna contava tudo o que realmente tinha acontecia na primeira consulta delas juntas.

- Nossa quanto drama! – Renatinho exclamou e Brunna apenas se limitou a mostrar língua para o amigo.

- Não foi drama. Ela estava com medo o que é totalmente compreensível.

- O engraçado mesmo é o medo zero que ela teve na hora de te comer e... você sabe... Gozar aí dentro. – Brunna engasgou com o sanduíche que mastigava. 

- Cala a boca, Renatinho! – Brunna corou violentamente e escondeu seu rosto entre as mãos.

O amigo revirou os olhos. Mesmo sendo amigos há anos a loira ainda ficava envergonhada com aquele tipo de assunto.

- Vocês estão juntas, tipo... oficialmente juntas? - Renatinho perguntou mudando de assunto e fitando Brunna.

- Ainda não... conversamos sobre isso. – Brunna admitiu em um sussurro. – Nunca me relacionei com uma mulher antes, ela é a minha primeira.

- Está com medo?

- Não sei se a palavra é medo...

- Receio? – A loira assentiu levemente. – Receio do que? Dos seus pais não aceitarem sua bissexualidade?

"Bissexualidade"

- Desde quando presume que eu seja bissexual?

- Desde que, mesmo estando com uma garota, você aprecia um bom pênis. – Brunna apesar de envergonhada não pode deixar de rir. – Aliás, nunca tivemos essa conversa... Ela é realmente grande?

Brunna ficou sem palavras, arregalou os olhos e sentiu suas bochechas corarem ainda mais furiosamente. 

- P-Porque você está perguntando isso? - Ela interrogou baixinho. Renatinho deu de ombro.

- Curiosidade.

- Eu não vou falar sobre o tamanho do pênis da minha namorada!

- Sua namorada, hum? – Renatinho levantou uma das sobrancelhas sugestivamente.

- Foi só uma forma de dizer... não quer dizer que eu...

- Ok. – ele riu da expressão da amiga. – Mas voltando, por que não pode me dizer o tamanho dela? Quer dizer, isso é egoísmo.

- Egoísmo? É egoísmo eu querer que ninguém saiba o tamanho do pau da garota que está comigo?

- Faz uma pouco de sentido. Mas eu sou seu melhor amigo, não é como se eu fosse rouba-lá de você.

- Desde quando você se interessa por tamanhos de pênis? Aliás, Ludmilla é sua aluna, seria totalmente estranho você ficar sabendo os centímetros que ela carrega dentro das calças. – Renatinho revirou os olhos e suspirou derrotado.

- Ok. Desisto. – O rapaz apoiou os cotovelos na mesa. –  Quando você pretende contar para sua mãe que ela será vovó?

- Eu não sei... – Falou sincera. – E também não estou me importando muito com isso agora.

- Mas uma hora você vai precisar contar.

- Mas não precisa ser agora. Ou você quer que eu faça uma ligação dizendo "oi mãe, então, eu só liguei mesmo para avisar que daqui a sete meses e meio você será avó de gêmeos, e não, os filhos não são do Shawn. Aliás eu estou me divorciando dele."

- Seria mágico!

- Por que eu ainda sou sua amiga mesmo? – A loira disse se levantando e jogando o resto da comida fora, Renatinho apenas riu.

- Por que eu sou mais sua alma gêmea do que sua namoradinha!

- Deus me livre ser sua alma gêmea! Eu sinceramente não sei como você arranjou uma namorado.

- Você me ama e cala a boca! – Renatinho falou alto e Brunna apenas riu.

Não muito longe dali estava Ludmilla entrando na cantina, onde ela normalmente encontrava Marcos nos intervalos. Avistou seu amigo e logo foi sentando-se na mesa em que ele já estava. A única novidade era que ele conversava animadamente com Edgar. A princípio a negra estranhou, mas resolveu ignorar já que estava um pouca nervosa.

- Hey Marcos... Eu preciso conversar com você. – Disse mexendo nervosamente os dedos.

- Está tudo bem? Você está pálida.

- Eu preciso te contar uma coisa bem... séria. Agora. – Olhou de relance para Edgar e o mesmo já havia entendido.

- Eu vou pegar alguma coisa pra comer, depois nos falamos. – Edgar disse chamando a atenção de Marcos.

- Tudo bem, Ed. – Marcos deu um beijo da bochecha do garoto que sentiu seu rosto esquentar violentamente e levantou da mesa se afastando.

- Ok, o que foi isso? – Ludmilla perguntou em choque.

- Nada.

- Nada? Você... você está... Oh meu Deus! – Ludmilla soltou uma gargalhada. – Você está apaixonadinho!

- Claro que não, cala a boca! – Resmungou, mas estava ficando sem graça de vergonha.

- Isso não foi uma pergunta e você está com vergonha! Eu não acredito que Marcos Araújo finalmente se entregou ao amor incubado que sempre sentiu pela nerd da sala. – Ludmilla não conseguia parar de rir. – Eu já sabia que isso iria acontecer.

- Se você não me contar logo que tem a dizer, eu vou sair dessa...

- Brunna está grávida! – Ludmilla disse rapidamente.

- O q-que? – Marcos arregalou os olhos, em estado de choque total. – Você está brincando certo?

- Não Marcos, nunca falei tão sério na minha vida inteira. – Ludmilla olhou para os lados se certificando de que ninguém ouvia a conversa dos dois. – Ela está grávida de gêmeos.

- Puta que pariu! – Ele disse imediatamente e foi tudo o que conseguiu dizer. – Caralho Ludmilla... Você não usou camisinha?

Ludmilla apenas negou com a cabeça.

- Você é algum tipo de ser nascido da mãe burrice? – Ludmilla franziu o cenho.

- Foi um acidente. – Disse como a maior verdade de todas.

- Que porra você vai fazer agora? Você já pediu ela em namoro? Ela já pediu o divórcio? Ela está morando com você? Meu Deus, Ludmilla! Você vai ter dois filhos! – Marcos falou atraindo alguns olhares em sua direção.

- Fala baixo, idiota! – Repreendeu o amigo. – E sim, nós estamos juntas e ela pediu o divórcio.

- Você já pediu ela em namoro? – Repetiu uma das perguntas.

- Ham... Não, ainda não. – Murmurou.

- Pra fazer filho você é rápida, agora pra fazer o pedido de namoro você está enrolando, Ludmilla? Você realmente nasceu da mãe burrice.

- Primeiro, que merda é essa? Segundo, eu vou pedi-la nem namoro, ok? Eu só... não sei como fazer isso ainda...

Marcos negou com a cabeça, mas então resolveu mudar de assunto evitando constranger ainda mais a amiga.

- Você está bem com ela?

- Estou sim, ela me faz bem e... eu gosto da ideia de ter um filho. Dois talvez seja loucura demais, mas o que eu posso fazer, eles são bi vitelinos, então biologicamente falando, eu que coloquei os dois lá dentro.

- Esse papo é muito, muito estranho, Ludmilla. – Marcos disse fazendo cara de nojo. – Mas eu estou feliz que você tenha encontrado alguém que te faça bem, Lu. - Ludmilla levantou as sobrancelhas e sorriu timidamente. – Quer dizer, mesmo que eu ainda te ache um pouco idiota por não ter usado camisinha.

Ludmilla afundou na cadeira e soltou o ar pesado que estava em meus pulmões, ajustou o boné virado para trás na cabeça que Brunna lhe dera e relaxou os músculos ouvindo seu amigo dizer as várias formas diferentes de como ela poderia ter evitado engravidar sua professora. Mesmo que Ludmilla se opusesse, era em vão, então ela apenas teve que aceitar o sermão.

(...)

Mas tarde no mesmo dia, Brunna estava estranhamente carente e não aguentava mais esperar a negra voltar do trabalho. Tinha ligado mais de cinco vezes além das chamadas perdidas e as mensagens que mandara.

Então foi uma completa alegria quando ela ouviu finalmente o barulho da porta e Ludmilla entrar por ela.

- Oi, mori! - Ludmilla falou de forma alegre enquanto entrava pelo quarto e se jogava no cama ao seu lado. Deu um beijo carinhoso na loira e, em seguida, levantou a blusa da professora e beijou sua barriga. – Oi bebês.

- Você demorou muito hoje. - Resmungou, esquecendo completamente do filme que passava na tv e agarrando o corpo de Ludmilla sobre o seu.

- Por que está tão carente hoje? – Brunna suspirou e se encolheu nos braços da negra

- Não sei, podemos fazer amor?

- Agora? Poxa, mas eu só queria ficar agarradinha com você, eu senti saudade de ficar assim com você. – Ela provocou em sussurro.

- Nós podemos fazer amor agora e depois podemos ficar abraçadas assim pra sempre, o que acha? – Respondeu, tirando de Ludmilla uma risada. A negra beijou seu ombro com suavidade, deixando-lhe uma mordida leve no local.

- Olha, eu apoio a ideia. – Sussurrou em sua nuca, mordendo o lóbulo da orelha de Brunna.

- Tá, mas podemos fazer amor agora? – A negra sorriu para a mulher, dando-lhe um casto beijo no topo da cabeça cheirosa de Brunna e assentiu.

- Podemos sim. – Disse a garota. Brunna estava cada vez com mais carente com o passar dos dias e Ludmilla focava todo o seu tempo livre em agradar a loira.

Ludmilla segurou na nuca de Brunna e tomou seus lábios lentamente, sentindo a língua aveludada da mulher. Brunna abraçou o pescoço dela com pressa e a negra sorriu contra a sua boca, não podendo evitar de gemer baixinho quando a loira sugou seu lábio inferior. A mais nova apoiou seus cotovelos ao lado da cabeça dela e os toques de bocas e línguas foram ficando cada vez mais quente e apressados. Ludmilla já sentia seu corpo vibrar, então com mãos firmes ela começou a retirar a regata que Brunna usava.

Brunna tentava lhe tocar em todos os lugares que alcançava, a negra delicadamente afastou suas mãos do rosto dela, começando a descer os beijos pelo seu corpo, a vendo sorrir e sentindo sua pele se arrepiar sobre seus lábios.

Ludmilla atacou com devoção os seios de Brunna, devorando os mamilos excitados enquanto acariciava e massageava seu outro seio, mas a loira não estava para aguentar enrolação, ela apenas queria ser fodida e preenchida. Brunna segurou os cabelos da nuca de Ludmilla e a fez se afastar de seus seios. 

- Não. Enrola. –  Brunna disse enquanto arfava, Ludmilla sorriu maliciosamente e apertou seu seio com certa força, fazendo-a gemer alto e complemente entregue. Com a mão livre, desceu por sua barriga, rodeando seu umbigo com a unha do dedo indicador, e depois descendo até o zíper do seu short de algodão.

Ludmilla soltou o botão e abaixou o zíper, invadindo sua calcinha e sentindo a boceta dela molhar e esquentar sua mão. Um gemido mais alto ecoou no quarto, Brunna ergueu seu quadril em busca de mais contato.

Brunna segurou um dos dedos de Ludmilla e passou em seu clitóris, lugar que clamava por ser acariciado por aqueles longos dedos. Deixou todo o ar escapar dos seus pulmões e fechou os olhos diante das sensações. Ludmilla circulou o clitóris dela com o polegar, fazendo-a tremer, mergulhou lentamente um dedo em sua umidade, sentindo as paredes estreitas dela. Brunna rebolou pesadamente em seu dedo e a negra pressionou-o ainda mais fundo dentro da mulher, movimentando-os lá dentro enquanto sentia a boceta dela se contrair.

- Gosta assim? – Ludmilla sussurrou em seu ouvido. Brunna soltou um gemido baixinho e mordeu o lábio. – Quer que eu chupe você?

A respiração da loira ficou forte, os olhos se fecharam e algo explodia no seu estômago.

- P-Por favor...

Brunna suplicou e Ludmilla não pode mais resistir. Seus lábios se encontraram com os da loira imediatamente, tendo um beijo mais quente e prazeroso.

Os beijos da mais nova desceram pelo tronco da loira e Ludmilla pode sentir Brunna se mexer inquieta. A negra beijou seu ventre, fazendo questão de deixar mordidas delicadas no local, sua língua desceu até sua virilha passando os lábios para suas coxas e beijando o interior delas. Abraçou e acariciou suas coxas macias, sentindo o olhar fixo de Brunna sobre ela, aguardando ansiosa o que estaria por vir.

Lentamente Ludmilla retirou a calcinha minúscula da loira, deslizando-a sobre suas lindas coxas e deixando-a cair pelo chão do quarto. A negra precisou se manter firme para não enlouquecer, quando viu a boceta de Brunna completamente convidativa, lisa, pequena e perfeita. Agora mais que nunca ela precisa por sua língua ali e saborear todo o gosto da sua loira. Ludmilla encaixou-se entre suas pernas, colocando as coxas dela em seus ombro, a negra deixou um beijo em sua pélvis olhando-a em seguida. Os olhos estavam escuros, suas pupilas dilatadas indicando ansiedade.

- Chupa. – Aquilo não foi um pedido. Ludmilla sentiu uma pequena pontada de dor no seu pau e rosnou com aquelas palavras da mulher.

Ludmilla deixou um beijo castro no clítoris dela e Brunna suspirou profundamente. Então a negra levou sua língua até sua entrada arrastando-a lentamente para cima e para baixo repetidas vezes, até finalmente chegar em seu clitóris inchado e suga-lo com vontade, ouvindo um gemido alto de Brunna. A professora apertou com extrema força o lençol enquanto seu corpo convulsionava levemente e ela arfava.

Ludmilla sentiu seu gosto, sua temperatura morna e o toque salgado de sua pele, do seu cheiro. Esfregou o rosto em sua virilha, porque queria seu cheiro impregnado nela, marcando-a como propriedade dela. Ouviu os dentes dela rangendo quando começou a chupá-la com mais força, deslizando a língua em seu nervo enrijecido, sugando-o em seguida e recebendo como resposta a mão de Brunna em seus cabelos, apertando-os. A loira fechou as pernas batendo-as na cabeça de Ludmilla, quando a mesma começou a masturbá-la e chapá-la ao mesmo tempo, lambendo qualquer tipo de líquido que saísse da sua boceta. Suas coxas se enrijeceram, e Brunna começou a ofegar violentamente.

- Amor... – Brunna gemeu rebolando seu quadril contra a boca de Ludmilla. – Sim... porra, inferno! – Então Ludmilla enlouqueceu de vez. Segurou suas coxas grossas com as duas mãos e começou a chupa-lá com tanta força que seu queixo até doía.

Sua mulher gemia cada vez mais alto, seus gemidos roucos ecoando pelo quarto e invadindo os ouvidos da mais nova, gerando pontadas de excitação em seu pau. Ludmilla segurou sua bunda com as duas mãos e dedicou-se a sugar cada vez mais seu clitóris, enlouquecendo-a. Com mais algumas chupadas, Brunna tremeu embaixo dela, agarrando o lençol com uma mão e os cabelos da negra com a outra quando o primeiro jorro espesso se espalhou pela boca da garota.

Aquele gosto em sua boca inflamou os sentidos de Ludmilla, a fazendo querer mais. Ela continuou apertando e esfregando os dedos na boceta da mulher para obter mais daquele gozo na sua língua. Todo o corpo bronzeado estremecia enquanto ela gozava por longos segundos.

Ludmilla olhou no fundo dos olhos, agora claros, de Brunna e sentiu um amor profundo dentro do seu peito. Seu coração acelerou como nunca, e ela começou a perder o ar e a sentir seu corpo latejar.

- Eu te amo, Bru. - Ludmilla choramingou e abraçou com força o corpo pequeno. – Por favor seja minha namorada...

Brunna uniu as sobrancelhas e fixou os olhos nos dela.

- Eu sei que... – Respirou profundamente buscando o ar que faltava em seus pulmões. –  Eu sei que você merece um pedido bem melhor, algo mais romântico, mas eu... eu te amo e...

- Shh... Não precisamos oficializar nada para sermos uma da outra.

- Mas...

- Eu sou sua. – A respiração de Ludmilla parou de funcionar e Brunna continuava com os olhos presos nos seus. – Eu sou sua e você também é minha, e é isso tudo o que importa.

Ludmilla segurando o rosto da professora em suas mãos e a beijou apaixonadamente enquanto os dedos da loira percorreram a extensão de suas costas e pararam no elástico da cueca. Os lábios foram ficando cada vez mais impacientes em um beijo ardente, Ludmilla puxou sua camiseta pela cabeça já impaciente, Brunna deliciou-se com o som de zíper da calça da mais nova se abrindo e Ludmilla rapidamente deslizou sua calça pelas suas pernas até deixá-la cair no chão.

Brunna deslizou a mão entre a pele e a cueca da garota e ela soltou um gemido. Com a mão livre, Ludmilla puxou a cueca para baixo, chutando-a longe como se não pudesse suportar aquilo entre a elas.

Brunna jogou a cabeça pra trás gemendo quando Ludmilla começou a beijar e lamber o seu pescoço deixando leves mordiscadas na pele macia e suada.

- Olha pra mim, Bru...

Ela ergueu o olhar para a negra, e seus olhos tinham um ar resoluto e suave ao mesmo tempo. Ludmilla inclinou a cabeça, abaixando-se para lhe beijar com ternura. Então, com bastante calma, Ludmilla penetrou a glande do seu pênis arrancando um suspiro de Brunna, lentamente se colocando por inteira. 

A mulher rodeou suas pernas no quadril firme de Ludmilla, segurou com firmeza o pescoço dela e se manteve pressionada o máximo que pode no corpo quente. Ludmilla começou com longas estocadas lentas, porém firmes no final, fazendo com que a boceta da mulher queimasse e latejasse com a invasão. Sua mão direita se embrenhou no cabelo castanho da garota, o puxando com certa brutalidade, fazendo a negra meter com mais rapidez.

Ludmilla fez pressão dentro dela e Brunna deu um grito com o ardor maravilhoso que isso causou. Ludmilla então moveu sua pélvis, movendo seu pênis dentro da boceta inchada da loira. Brunna ronronou e rebolou sobre o pau da sua preta.

A mais nova ficou um tempo apenas observando o corpo pequeno de Brunna entregar-se tão deliciosamente com o resto de forças que ela tinha. Uma fina camada de suor começou a se formar em sua pele, ela arqueou as costas quando os lábios da negra traçaram o caminho do seu maxilar até o pescoço. Ludmilla intercalou em estocadas rápidas e lentas fazendo-a revirar os olhos e grudar em seus cabelos e no lençol.

  - Ludmilla!

Quando a loira gemeu o seu nome, Ludmilla pressionou o rosto no seu e seus movimentos se tornaram mais rígidos. Os ruídos vindos da sua garganta ficaram mais altos e o som dos quadris se encontrando ficaram mais intensos. Quando abriu os olhos, ela pode contemplar sua mulher chegar ao orgasmo. Seu rosto vermelho de excitação, seus lábios entreabertos, os lábios secos, e seu peito subindo e descendo. Ludmilla sentiu suas bolas formigarem, forçou seu o corpo contra o dela, metendo-se tão fundo quanto podia e derramando-se demoradamente dentro da mulher. Brunna se sentiu ainda mais preenchida quando Ludmilla a encheu com sua porra quente, ela arfou contra o ombro da negra e o mordeu, gozando ao mesmo tempo que a garota.

As duas tinham os corações acelerados e as respirações descontroladas quando mais uma vez Brunna de surpresa por Ludmilla.

- Eu amo você. – Sussurrou com o rosto enfiado no pescoço da professora.

O coração da loira bateu mais rápido e ela sorriu para a negra enquanto tirava uma mecha do cabelo escuro de seu rosto. 

- Eu também amo você, Lud.

(...)

31 de maio, 2016

Quando o fim de semana chegou, Brunna não pode mais adiar o grande momento.

Brunna estava dirigindo agora até a antiga casa que morava para enfim, se tudo desse certo, finalmente poder assinar o divórcio.

Dizer que ela havia dormido bem aquela noite seria uma tremenda mentira, contando com o fato de que a loira acordava a cada duas. Ludmilla obviamente protestou, bateu o pé e disse que iria sim com Brunna, tanto porque ela estava extremamente ansiosa e também porque não a deixaria sozinha com aquele canalha. Foi uma discussão que perdurou por horas, até que a mulher mais velha conseguiu convencer a negra de ficar em casa e evitar mais uma briga que muito provavelmente aconteceria se ela fosse junto.

Ludmilla ficou chateada naquele dia, levantou com Brunna e fez o café da manhã da mulher, logo depois se arrastou até a poltrona da sala e ali ficou assistindo qualquer programa na TV. Brunna percebeu a indiferença e o jeito frio em que foi tratada, mas sabia que aquilo era apenas o orgulho de Ludmilla que a dominava no momento. A loira não queria briga, não queria que Christian de alguma forma ficasse irritado e se recusasse a assinar aquele maldito papel. Ela apenas queria sair daquela casa completamente livre e depois poderia correr para os braços da sua preta.

Brunna estacionou seu carro e se não tivesse tão ansiosa e prestado mais atenção, teria percebido o carro prateado estacionado em frente a casa que tantos anos chamou de sua. E então ao entrar na casa ela não ficaria tão surpresa ao se deparar com toda a sua família sentada na poltrona da sala principal.

- Brunna Gonçalves. – A voz da mulher era gelada.

- Mia...

- Você pode me explicar que história é essa de divórcio?





Momento tenso!

Até o próximo moris!

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