Capítulo 5 - Assuntos de família Parte I

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Normani Kordei nunca tinha estado tão assustada em toda a sua vida.

Ninguém nunca tinha assustado tanto Normani. Nem mesmo o ladrão que tinha invadido sua casa uma vez.

Foi quase há dois anos atrás, quando ela acordou com alguns sons estranhos aí ela percebeu que não estava sozinha em sua casa. Agradecendo a Deus por sua capacidade de manter a calma, ela conseguiu ligar para a polícia e antes que a ajuda chegasse, ela impulsivamente tentou deter o ladrão por conta própria, estupidamente acreditando que ela conseguia derrubá-lo depois de algumas aulas de kung-fu. Ela saiu com alguns hematomas daquela luta. Ele era maior do que ela. Mas aquilo nem sequer se compara a esse momento.

Bem, o ladrão não era a avó de Dinah.

Na luxuosa sala de estar dos Hansens, em Santa Monica, a escritora estava sentada desajeitadamente em frente a avó da atriz. Seu estômago estava estranho e mais cedo ou mais tarde, ela ia vomitar suas tripas para fora, a menos que a vovó parasse de encará-la.

A vovó Hansen estava fazendo Normani suar.

Ela nunca pensou que diria isso, mas ela queria que Dinah estivesse ali com ela, mais do que nunca.

- Seu nome é Normani, certo?

Essa foi a primeira vez que ela reparou na mulher sentada ao lado da vovó intimidadora. Ela sabia que era a mãe de Dinah, principalmente por causa de seu sorriso como o de sua filha, e também pelas revistas.

O sorriso de Milika Hansen foi uma lufada de ar fresco e ela não podia deixar de devolver.

- Sim senhora. É Normani. – A escritora assentiu. Ela viu a vovó sacudindo a cabeça, parecendo desapontada. Ela não entendeu o porquê. Essa é a primeira vez que ela disse alguma coisa desde que ela chegou.

- Por favor, me chame de Milika. Ou melhor ainda, você pode me chamar de mãe. Eu sou a mãe da Dinah. Essa é a Maria, a avó de Dinah. – A risada de Milika também era parecida com a da atriz, e o sorriso de Normani ficou mais amplo.

- Quantos anos você tem?

Os olhos de Normani se voltaram em direção a avó de Dinah. Enquanto Dinah tinha o sorriso de sua mãe, era óbvio que seus traços eram cortesia dos genes Hansens. A expressão facial da avó se igualou a de sua neta. Ela teria rido da estranha semelhança, se a vovó não estivesse a encarando.

- Uhm, eu tenho 25. – A resposta de Normani foi tão baixa, que ela mal se ouviu.

- E o que seus pais fazem?

A escritora se sentiu naqueles programas policiais que ela de vez em quando assistia, aqui ela era o suspeito. Mãe e avó estavam sendo o policial bonzinho e o policial malvado.

- Meu pai morreu há muito tempo. – Normani olhou para longe dos olhos da vovó. Pensar em seu pai sempre a deixou triste e ela não queria que essas pessoas que são praticamente desconhecidos para ela a vissem vulnerável.

- Sinto muito, querida. – Milika disse, desculpando-se.

Ela não viu os olhos da avó amolecerem. Mas ela notou a mudança em seu tom quando a Hansen mais velha fez outra pergunta.

- Onde está sua mãe?

Os olhos de Normani foram em direção à mãe de Dinah antes de voltar para os caramelos da avó.

Deus, até mesmo seus olhos são parecidos.

- Eu não sei onde ela está. Eu...

E lá estava o olhar de decepção de novo. Normani estava há apenas 10 minutos com os familiares de Dinah e nenhuma das poucas coisas que ela disse parecia suficiente para obter um sorriso da vovó Hansen. Bem, ele estava ciente de que este casamento ia ser um desastre desde que Dinah surgiu com a ideia. E isso foi antes mesmo dela perceber que ela teria que impressionar a família de Dinah.

O Acordo - Norminah VersionOnde histórias criam vida. Descubra agora