espero que a escritora não veja mas caso ela veja, eu não quero confusão, juro que vou apagar depois e eu deixei seus creditos em todos os capitulos, é só um presente pra duas amigas que eu gosto muito.
obrigada, beijos.
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KIM TAEHYUNG
Meu quarto.
22 de agosto de 2020, 1:32 a.m.
- Vai me dizer o que tá acontecendo? - Perguntei pelo que parecia ser a centésima vez.
Os olhos de Jungkook, que antes pareciam ter o brilho da joia mais preciosa e a calmaria do crepúsculo mais escuro, agora pareciam ter uma tempestuosidade desesperadora dentro das íris, fazendo meu coração apertar em resposta antecipada.
- Vou desligar, Yuk. - Falou para o garoto do outro lado da linha. - Amanhã conversamos melhor sobre isso. - Suspirando de um jeito pesado, desligou a chamada.
- Jeon Jungkook! - Chamei entredentes, enfezado e impaciente. Todo seu silêncio estava me deixando inquieto e irritadiço.
- Acho melhor você ir dormir, está muito tarde. - Ergueu o olhar, finalmente voltando a me encarar. De repente, ele pareceu estar cansado demais, como se carregasse o mundo sobre si. - Amanhã conversamos direito sobre tudo isso. - Fez sinal de que sairia da janela, mas fui mais ágil e segurei seu pulso, o impedindo.
- Não. - Falei firme.
- Não? - Arqueou uma sobrancelha. A sombra de um sorriso no canto de seus lábios entregava sua diversão quanto a minha irritação.
- Não. - Frisei. - Você não vai sair daqui até me dizer o que inferno está acontecendo.
Quase podia ver as faíscas saindo da rixa entre nossos olhares cravados um no outro, até ele soltar uma risada baixa e se soltar de meu aperto, saindo da janela para caminhar por meu quarto.
- Tá bom, então. - Falou dando de ombros, caminhando até meu banheiro.
- Tá bom? Como assim tá bom?! Onde você vai? - Desci da janela, seguindo para o meu banheiro atrás dele, vendo-o vasculhar descaradamente meus armários e gavetas. - O que você está fazendo?!
- Você não tem uma escova de dentes extra ou sei lá o quê? - Indagou sem me encarar, remexendo no conteúdo de uma das gavetas.
- O quê? Não! - Fiz careta. - Pra quê você quer isso?
- Porque você me disse que eu não sairia daqui até que te contasse o que está acontecendo. Pois bem, eu falei que conversaremos amanhã de manhã sobre isso, portanto, vou dormir aqui. - Respondeu simplista, dando novamente de ombros. - Você não quer que eu durma sem escovar os dentes, certo?
Eu não sei ao certo por quanto tempo fiquei parado, encarado-o, assimilando - ou apenas tentando assimilar - cada coisa que havia saído de sua boca tagarela nos últimos segundos.
- Você tá de sacanagem comigo? - Semicerrei meus olhos, incrédulo.
- Não... - Respondeu sério. - Mas se você quiser uma sacanagem. - Sorriu travesso, movendo as sobrancelhas de modo sugestivo ao abrir os braços.
