KIM TAEHYUNG
Estacionamento, Instituto Fairfield.
17 de agosto de 2020, 03:42 p.m.
- Sobe logo, Jeon! - Falei, colocando ambas as mãos em minha cintura.
- Eu não vou subir nesse negócio. - Cruzou seus braços ao que me encarava de cenho franzido.
- Para de graça e sobe logo!
- Tae - fez uma pausa dramática -, eu posso pegar tétano se subir nessa carroça!
- Não chame a Charlene de carroça, seu idiota! - Bufei irritado.
- Por favor, não me diga que você deu a isso daqui o nome de Charlene! - Apontou sua mão direita para minha caminhonete, soando completamente cético e chocado.
Abri a boca num perfeito 'o', me aproximando da minha filha metálica, colocando minha mão sobre o espelho retrovisor, como se tapasse a "orelha" dela para não ouvir a ofensa do troglodita latino.
- Não chame ela de "isso"! Ela tem sentimentos, okay? - Ralhei sentido. - Ela pode se recusar a funcionar agora.
- Que bom! Assim a gente vai na minha moto - sorriu convencido.
Abri minha boca para mandar ele subir logo na caminhonete, mas então fechei-a novamente, pensando melhor.
Pude notar que Jeon Jungkook às vezes era como uma criança birrenta de cinco anos, que vai continuar batendo o pé e permanecer com a cara emburrada até você fazer o que ele quer. Mas como um bom entendedor de crianças, eu sabia como agir para induzi-lo a fazer o que eu queria.
Sempre funcionava com o Calvin, quando ele tinha uns três anos de idade, e não queria sair do balanço do parque pra ir pra casa.
- Tudo bem, então, fica aí - dei de ombros, abrindo a porta da caminhonete e me sentando atrás do volante. - Eu vou embora e te deixar sozinho - fechei a porta.
Honestamente, eu não tinha a menor convicção de que isso daria certo, mas não me custava nada tentar, afinal, não tinha nada a perder ele indo comigo ou não.
Coloquei a chave na ignição, encarando-o pelo espelho retrovisor. Ele ainda estava parado ao lado da caminhonete, de braços cruzados. Parecia irredutível.
- Tudo bem, parece que não funcionou - sussurrei para mim mesmo, ouvindo o motor de Charlene reclamar ao que eu liguei-a. Assim que ajustei a marcha e comecei a dar ré para sair da vaga, a porta do passageiro abre com brusquidão, me fazendo frear em reflexo.
- Só porque eu tomei vacina antitetânica - resmungou mal-humorado, se sentando no banco esburacado.
Contive do melhor jeito que pude minha risada, esperando que ele fechasse a porta para que eu voltasse a dar ré.
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pão
Fiksi Penggemarespero que a escritora não veja mas caso ela veja, eu não quero confusão, juro que vou apagar depois e eu deixei seus creditos em todos os capitulos, é só um presente pra duas amigas que eu gosto muito. obrigada, beijos.