Capítulo 3 - Clara

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Suspirei quando a porta do elevador fechou, fiquei um tempo olhando para o nada, até que a porta do elevador abriu de novo – a expectativa tomou conta de mim – e minha vizinha saiu, nos cumprimentamos e voltei para dentro do apartamento fechando a porta atrás de mim. O que eu estava esperando? Que Ethan saísse do elevador e me garantisse – mais uma vez – que estava tudo bem? Sim, talvez eu tenha esperado isso. Mas não aconteceu.

Olhei para dentro do meu apartamento, eu estava sozinha novamente, fiquei ali perto da porta por um tempo maior que o normal pensando, foi quando algo nela me chamou atenção – o gancho da porta –, meu coração acelerou, era como se ele fosse saltar do meu peito e então as imagens começaram a vir em minha mente, toquei o gancho com as pontas dos dedos enquanto memórias da noite anterior vinham em pedaços confusos.

***

Ethan segurou a gravata que estava no meu pescoço, tirando a suavemente de mim e segurando meus pulsos, ele acariciava minhas mãos suavemente o que levava calafrios por todo meu corpo.

– Clara, vou amarrar suas mãos, tudo bem? – Ele falou com a voz rouca.

Não consegui fazer com que as palavras saiem da minha boca, só concordei com a cabeça e ele amarrou meus pulsos com a gravata e logo depois suspendeu os prendendo a outra ponta no gancho, estava sem os movimentos das mãos e completamente ofegante, exposta e totalmente excitada.

Ele já estava sem sua camisa e sua ereção se sobressaltava em sua calça, ele tirou meu sutiã acariciando meus seios, depois tirou minha calcinha, colocando levemente seus dedos dentro de mim, eu estava ofegante, delirando de desejo, seus dedos faziam movimentos suaves e eu estava prestes a implorar, num instante senti sua boca na minha e seus dedos movimentando no mesmo ritmo.

– Tente não se mexer. – Ele sussurrou no meu ouvido e se ajoelhou. Soltei um palavrão quando senti sua língua trabalhando no lugar dos dedos, ele segurou minha bunda em um aperto forte, sua língua fazendo movimentos rítmicos e eu me perdi. Gozei ferozmente gritando o nome dele.

***

Me encostei na porta, isso não poderia ser verdade, mas por Deus eu ainda conseguia sentir a sensação da boca dele em mim. Contudo eu acordei limpa e vestida, fiquei mais confusa do que nunca. Corri para meu quarto e tirei a roupa, fiquei em frente ao espelho no closet analisando meu corpo, eu tinha marcas roxas na minha bunda.

MERDA.

Eu não tinha ideia do que fazer, tinha marcas de dedos na bunda e pequenos arranhões nas costas, mas meu corpo não estava dolorido, olhei para minha cama, em cima do criado mudo havia um copo de água, cheguei perto e vi uma embalagem de advil vazia. Caramba, o que diabos aconteceu aqui?

Estava nervosa, confusa e sozinha, eu nunca tinha me sentido assim, isso não era meu normal, nem quando meu namoro com Jake acabou eu fiquei assim, claro que fiquei triste, mas não nervosa muito menos confusa. Eu era uma mulher confiante e jamais me senti sozinha, mas quando Ethan saiu hoje era como se um pedaço da minha alma tivesse ido junto.

– Não, não, não Clara, você não pode se apaixonar por ele! – Falei sozinha, talvez me ajudasse a entender o que tinha acontecido. – Ele é seu amigo... Nada mais! E ele quer diversão e você... – Bem eu não sabia mais o que queria.

Não consegui me concentrar em nada, passei o dia tentando me lembrar de mais coisas, mas nada aconteceu. As horas nunca passaram tão lentamente, eu sabia que o horário que ele iria chegar em NY já seria madrugada aqui, mas esperei acordada aguardando uma ligação ou uma mensagem dele.

Quando o dia amanheceu eu estava nervosa e tensa, ele não ligou. As nove eu já estava surtando, peguei meu celular, iria ligar para Nathy, Emy, para quem quer que fosse que pudesse me dar notícias de Ethan.

Outra Chance (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora