Era uma vez uma menina que amou demais...
Chorou demais. Se entregou demais e cujo tempo não respeitou, acelerou. Se esfumou sem que ela recebesse atenção. Às vezes o seu coração sentia tanto que chegava a doer, ele era um coitado que batia de acordo com os estímulos que recebia... Pobre coração... Pobre menino atrevido e brincalhão. E ela não queria falar porque achava que era torpe demais. Não queria e nem se permitia cair ou errar com os outros, embora os outros quase sempre escolhessem esse caminho para alcançá-la... Mas quem inventou a dor esqueceu que ela também motiva à crescer, a se restabelecer. Se tudo acabasse amanhã, o que você nunca sentiu? O que queria sentir? Qual a última imagem que vem a sua cabeça? Porque a menina boba que se deixa iludir sabe bem o que viu e o que é sentir. Ela sofreu a dor do machucado, mas deixou curar. Ela sentiu o frio do inverno, mas esperou o verão chegar. A afeição.... Não é efêmera, mas é etérea e não é por si só fraqueza... É decisão, expressão e fortaleza. Por vezes uma adulta e outrora uma criança insegura, assim era a menina que amou demais... Mas ela sempre tinha uma razão para viver, uma causa pela qual morrer... Um prólogo para existir e pra culminar ela esperava poder escrever um epílogo que expressasse o seu agir, o seu pensar e acima de tudo como é amar... Por que só sabe viver aquele que sabe que um dia a melodia acaba e a fonte seca, mas que guarda a certeza de que o amor vai além da reciprocidade, porque ele é uma das repostas e incógnitas mais belas, é também o que faz a vida valer à pena... Ainda que se chore demais.
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Fragmentos de Uma Alma Apopletica.
PoetryAqui deixarei pequenas partes da minha alma e expressarei emoções.