Fragmentos de Uma Alma Apopletica.

Dominada pelo meu ego. Capítulo 55.

Hoje o ceu surge nublado;

E o dia parece sem movimento,

Entediante. Desinteressante. Vazio.

E tenho necessitado derramar todas as lágrimas;

Mas, ao invés disso, eu calo. Disfarço e bem.

Mas o inconsciente, meu algoz;

Faz meu corpo falar por mim,

E mexe com meu coração;

Que bate angustiado. Descompassado.

E oprime minha garganta,

Mas meu ego é mais forte e cala.

Cala? Fala?

Sou a expressão de uma alma desconsolada.

Sou a contradição entre o branco e o preto.

Sou o sorriso no rosto alheio e às vezes, o choro.

Sou? O que sou? Quem sou?

Lá no canto deixei meu ID,

No centro do poder o SUPER,

E no cantinho EU:

Mas quem quer um EU tão passivo?

Quem vai acreditar num EGO tão inseguro?

Tão Indeciso?

Quem vai resgatar o que em algum lugar ficou perdido?

Somos apenas O criador e eu?

Será que não há nem um anjo caído dando sopa por ai?

Nenhum capaz de lutar por mim?

De dizer: "Psiu, eu não desisto de você!"

Será que o amor anda n'outro universo?