E às vezes o mundo cai

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Tudo o que você mais deseja é que o chão se abra e a terra lhe trague, porque o escuro dá medo e alimenta os nossos próprios monstros. Às vezes a gente enche o peito de ar e tenta despertar a coragem, mas somos tão bipolares. Tão indecisos. Como o ódio e o perdão.  Hoje sorrindo e amanhã deitados, atirados no chão. Às vezes esquecemos-nos de contemplar o ceu azul e de fazer algum pedido a estrela do norte. É, às vezes nos alegramos ao lembrar uma frase ou um velho momento. Mas às vezes, fica uma insegurança presa ou uma dúvida matutando durante a madrugada inacabável, solitária e fria. E o medo se assoma, vira adição. O coração pára, bate e se debate numa contradição.  Pura maldição. Atrevida disritmia, cúmplice do alheio e desenfreado medo meu. Então, qual o remédio há de ser o meu?  Como fazer de todos esses lados um conjunto? Um inteiro. Como sorrir, chorar ou se perder no momento certo? Como não ser refém, meu bem? Como por vezes não se revoltar com a "superioridade" que te pariu?  Como não ser o carrasco quando maus exemplos se têm? Somos amostras... Rótulos... Grãos.  Cópias ou originais... Depende das fases da lua. Somos ainda caças, caçadores... Semeadores... Palhaços, políticos ou simples seres em extinção.

Fragmentos de Uma Alma Apopletica.Onde histórias criam vida. Descubra agora