Entrelinhas da Saudade. Part 75

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Hoje eu recebi uma visita ilustre. Dei muitas risadas e claro, com ela vieram muitas lembranças. Nostalgia. Magia. Encanto. Apenas vivi. Mas sempre tem algo pra estragar tudo, sempre vem um e mete o dedo na ferida ou a gente mesmo se fere de novo... De novo... Até não sentir mais nada ou sentir tudo e explodir por pouco.

E não tem terapia, nem lição, nem sermão que me faça olvidar-te. Mas tem memória pra me fazer lembrar as burradas que cometi e lágrimas pra dizer o que eu tive e nunca mais terei. Não é obsessão. Nem tesão. É amor, sabe? Amor de verdade. Nada banal. É querer cuidar mesmo estando longe. É orar para que os anjos de cuidem e olhem por todos àqueles que amas. É um querer fazer parte, sem ser parte. De novo.

É sentir-me feliz com os detalhes. Ah, quanta saudade no peito acumulada. Vem cá, se desfaz da minha mente e manda embora a saudade. Se arranca do meu peito. Tenho sofrimentos demasiados. Não aguento me desdobrar mais desse jeito, dói. A dor corrói tudo o que de bom há em mim. A falha edifica, mas a ausência perturba. Machuca. Um coração carente sufoca, eu compreendo, mas e você entende? Será que lembra o que de bom houve entre a gente?

Fragmentos de Uma Alma Apopletica.Onde histórias criam vida. Descubra agora