Entre o fino véu óptico,
E a massa encefálica,
Em corpo e alma,
Vens tu...
E te debruças diante dos meus olhos,
Danças como quem vai ficar,
E de repente te esfumas,
E vem a tristeza junto com a impiedosa neblina me acompanhar.
Queria que tu fosses não como um oásis a me enganar;
Mas como a alegria que sinto ao ver-te no fechar e abrir de olhos,
Queria ainda que tu fosses a voz que me consola e me faz sonhar.
Queria como o surfista quer a onda,
Queria como o cantor quer a música,
Queria como o palhaço maroto quer a brincadeira e a farra juntas.
Queria. Queria, mas embora meu querer seja forte...
Embora minha fé seja grande,
E minha alma clame,
Querer apenas não basta.
Contento-me com o teu sorriso;
Porque é o teu maior aspecto divino e desejo que ele seja freqüente,
E então o meu “querer” se torna insignificante,
Porque faço do meu ser não amado,
Um amante de um amor não correspondido,
Mas desse amor não correspondido retiro o mais lindo;
A felicidade de ter amado de verdade ao menos uma vez na vida.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Fragmentos de Uma Alma Apopletica.
PoesiaAqui deixarei pequenas partes da minha alma e expressarei emoções.