Entre o real e o imaginário. Poesia 37.

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Entre o fino véu óptico,

E a massa encefálica,

Em corpo e alma,

Vens tu...

E te debruças diante dos meus olhos,

Danças como quem vai ficar,

E de repente te esfumas,

E vem a tristeza junto com a impiedosa neblina  me acompanhar.

Queria que tu fosses não como um oásis a me enganar;

Mas como a alegria que sinto ao ver-te no fechar e abrir de olhos,

Queria ainda que tu fosses a voz que me consola e me faz sonhar.

Queria como o surfista quer a onda,

Queria como o cantor quer a música,

Queria como o palhaço maroto  quer a brincadeira e a farra juntas.

Queria. Queria, mas embora meu querer seja forte...

Embora minha fé seja grande,

E minha alma clame,

Querer apenas não basta.

Contento-me com o teu sorriso;

Porque é o teu maior aspecto divino e desejo que ele seja freqüente,

E então o meu “querer” se torna insignificante,

Porque faço do meu ser não amado,

 Um amante de um amor não correspondido,

Mas desse amor não correspondido retiro o mais lindo;

A felicidade de ter amado de verdade ao menos uma vez na vida.

Fragmentos de Uma Alma Apopletica.Onde histórias criam vida. Descubra agora