𝒎𝒐𝒐𝒏𝒍𝒊𝒈𝒉𝒕.

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Só porque eu fiquei com a consciência pesada de postar um capítulo pequenininho daqueles, era pra soltar esse só no final da semana. Sou muito manteiga derretida, sim.

Boa leitura!!!
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Cape Cod, 1 de novembro de 2026.

Noah não me respondeu quando lhe direcionei a pergunta, muito menos continuou na ligação. Fazendo-me sentar na cama, em dúvida se realmente tinha ouvido tal coisa, olhei ao redor procurando algum auxílio que nem eu sabia qual era, considerei a possibilidade do homem estar delirando e ir voltar a dormir. Mas meu coração mole não deixaria, então com um bufar irritadíssimo, me levantei da cama, jogando o cobertor grosso e quentinho para o outro lado da cama, saindo do quarto e indo em direção ao de Finn com o celular ainda em mãos.

Bati duas vezes, três e quatro. Naquela situação, de madrugada e confusa, minha primeira ação foi abrir bruscamente a porta, esperando assim, que o encaracolado acordasse. Não rolou.

— Finn, acorda. — Adentrei ao cômodo todo preto, não pela falta de luz, ou pela noite. E sim pelas paredes serem, realmente pintadas de preto, apenas com luzes amareladas penduradas acima de sua cama, que iluminavam um grande alfabeto feito de giz, fazendo um contraste com a fumaça alta que saía do purificador de ar que estava em uma cadeira no canto do quarto. — Finn!

Um emaranhado de cachos surgiu no travesseiro, com os olhos ainda meio fechados e virando-se na cama, afim de ver quem era a dona da voz que tanto o chamava. - O quê? O que foi?

— Noah nos chamou para ir à casa dele. — Me apoiei na estante que havia ali, temendo ainda estar meio dormindo e cair no chão. — Vamos logo, você acorda melhor andando.

— Andando? Nós vamos andando? — Finn já estava sendo puxado da cama quando viu que horas eram no pequeno relógio ao lado do móvel. — E que porra de ideia é essa de ir para casa dele às duas da manhã? Vão resolver fazer um reencontro do clube dos perdedores de madrugada? Hm?

— Só fica quieto e faz o que estou mandando.

E ele realmente fez, na caminhada de cinco minutos para casa de Noah foi em um silêncio completo, e eu meio que preferia assim. Sabendo que falar com ele naquele estado só me faria ficar mais ansiosa.

Não precisei bater quando cheguei a casa de Schnapp, ele havia me chamado e eu sabia que seus pais trabalhavam durante as madrugadas, então só entrei, puxando Finn junto à mim e indo em direção a sala. Encontrando Sadie, Caleb, Noah e Jack em pé ao redor da poltrona com Gaten, que segurava um copo d'água.

— Alguém pode explicar, o que está acontecendo?

— Millie, se acalma.

— Estou calma, Caleb. Só quero que me digam, vamos! — Fiz gestos com as mãos para eles ao que fui sentar-me no sofá ao lado de Wolfhard, que observava tudo quieto. — Qual é, olha o horário. Andem!

— Eu vi Jacob Sartorius hoje, no mercadinho em que trabalho. — Matarazzo direcionou seu olhar para mim, não consegui decifrar mas parecia um misto de pena, e medo. Pavor, talvez. — Eu fui jogar o lixo fora quando um homem igualzinho a ele saiu de um carro preto. Estava todo encapuzado, praticamente irreconhecível. Mas eu consegui vê-lo.

— G, olha, estava de madrugada, escuro e você mesmo disse que ele era irreconhecível. Pode ter sido outra pessoa.

— Não, Sadie. Não era outra pessoa. Era ele! — O homem, que vestia um uniforme totalmente vermelho, levantou-se e começou a andar de um lado para o outro na sala.

— Jacob Sartorius está morto. — Jack se pronunciou pela primeira vez, encolhido num canto e com os braços cruzados, os olhos um tanto quanto arregalados quando a reposta veio.

𝒔𝒂𝒕𝒖𝒓𝒏 || 𝒇𝒊𝒍𝒍𝒊𝒆Onde histórias criam vida. Descubra agora