𝒚𝒐𝒖 𝒘𝒊𝒍𝒍𝒇𝒊𝒏𝒅 𝒑𝒆𝒂𝒄𝒆.

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Leiam esse capítulo com tanto proveito quanto eu tive escrevendo.

Era pra ter postado mais cedo, mas eu fiquei na piscina o dia todo, hmkkk. Em homenagem ao Calebinho, meu bebê.

Quando tiverem frases assim, significa que é a letra da música, ok?

PRESTEM ATENÇÃO, não tirem a fanfic da biblioteca ainda. SÓ DIGO ISSO!

Escutem a música da mídia quando o [•••] aparecer :)))
Take On The World - You Me At Six.

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23 de dezembro de 2031.

Millie nunca tinha gostado muito de números, pois eles ditavam a quantidade de algo. Eram postos em datas, que significavam envelhecimento. Para alguns, uma coisa boa, para outros, nem tanto. Sua idade estava beirando os trinta, os olhos antes tão vívidos, agora continham olheiras leves abaixo deles. As feições, que antigamente eram de pura alegria e disposição, ela tinha se permitido sentir. Demonstrar tudo, as expressões de cansaço, porém, continuavam alegres.

Viajar havia se tornado um desafio para a mulher, afinal, levar tanta bagagem era difícil. E conseguir sossegar um pouco dentro do avião era quase uma tarefa impossível. Conseguir uma folga do trabalho agitado foi mais difícil ainda, o trânsito de New York nunca foi bom, naquele período do ano ficava pior ainda. O natal era uma estação agradável para ela. Não era como antes, em seus quinze anos, em que sonhava o ano inteiro e esperava ansiosamente para dezembro chegar. Mas ainda assim, agradável.

Porém, se tinha algo que ela definitivamente não gostava, era do calor. E o vento demasiadamente quente atingiu seu corpo coberto por uma calça preta, fazendo-a retirar rapidamente o casaco de cima da camiseta branca que vestia. Repetiu o ato com o ser ao seu lado, o obrigando a retirar também o casaco. Os cachinhos agarraram no zíper da peça, um muxoxo foi ouvido por Brown ao que a pessoa sentiu a provável dor de ter seus cabelos puxados tão fortemente.

— Ai, me desculpa. — Acariciou o lugar em que havia machucado, tomando cuidado o suficiente para não apertar forte demais. —Quanto drama para uma só pessoa.

— Não é com você!

A castanha gargalhou por tamanha infantilidade, agarrou a mão do corpo ao seu lado e se pôs a andar, não conseguia conter a ansiedade de finalmente ter voltado para Cape Cod, depois de exatos cinco anos longe de sua cidadezinha que aprendeu a amar, depois de tanta dor e sofrimento obtido no local. Claro que os problemas não deixaram de existir, e muito menos as crises pararam de vir. Mas ela aprendeu a carregar a mágoa dentro de si, ainda mais com todas as crises que voltaram naquele ano. Estava bem melhor, não podia dizer que estava curada da tristeza e agonia que corriam seus neurônios. Às vezes, depois de uma vinda solitária do hospital, ela simplesmente encostava a cabeça no volante, e deixava as lágrimas descerem livremente, cansada de toda a carga que jogavam por cima dela, em seus ombros judiados e de seu juízo por um fio.

O celular de Brown apitou, denunciando que uma ligação estava esperando para ser atendida, ou negada. Arrastou o polegar para o lado, e colocou o aparelho em seu ouvido, enquanto entrava no carro.

Meu amor, como estão as coisas aí? — A voz masculina perguntou a mulher assim que ela atendeu à ligação.

— Bem, e com vocês aí em Manhattan?

Ótimas! Natalia e Charlie tem uma notícia para dar a você.

Joe?

Estamos esperando um bebê! — Duas vozes gritaram no fundo, e a risada animada de Keery pôde ser ouvida.

𝒔𝒂𝒕𝒖𝒓𝒏 || 𝒇𝒊𝒍𝒍𝒊𝒆Onde histórias criam vida. Descubra agora