"— Como está o seu nariz, Peggy? — Steve entrou na sala, onde a mulher estava amarrada a uma cadeira pelos braços e pernas. — Quero me desculpar por ter quebrado ele… de novo. — ele falou com um tom debochado."
Ela observou Rogers se levantar com dificuldade do chão, apoiando-se no meio fio para acelerar o processo. Natasha estava segurando a Daisy no lugar, impedindo que ela se aproximasse do homem. Margaret permaneceu estática no lugar, tentando raciocinar e entender o que havia acabado de acontecer. Para começar, ela havia segurado um soco do Capitão América, se mostrando mais forte que ele. E depois, Daisy usou seus poderes e na teoria, Peggy deveria ter voado longe.
— Como você está viva? — Steve ergueu a cabeça, colocando uma das mãos para estancar o sangramento. O choque em seus olhos, era visível e Margaret lembrou-se de quando era ela do outro lado. Quando ela ficou chocada ao ver o amor de sua vida lhe torturando.
Peggy e Rogers não tem o melhor passado juntos, levando em conta tudo que aconteceu e a única pessoa da dupla que sofreu lavagem cerebral fora a mulher, então - na teoria - Steve deveria se lembrar de tudo o que aconteceu. Depois de pensar nisso, Peggy colocou na cabeça que ele estava fingindo, que estava daquele jeito apenas por estar perto de duas amigas que poderiam desmascará-lo para o mundo.
— Alguém pode explicar o que está acontecendo? — Steve perguntou olhando para Natasha e logo em seguida para Peggy. Esta estava parada no meio da calçada, encarando os olhos azuis do Capitão pensando no que fazer a seguir.
Ela mirou seu olhar para Romanoff, abriu um sorriso quase imperceptível - como se estivesse agradecendo a algo - e então deu as costas para o trio pondo-se a caminhar na direção contrária a deles. Ela colocou as mãos no bolso, para esconder o sangue que havia nela, e então foi embora. Natasha ficou observando tudo de longe, enquanto segurava a Daisy.
Steve voltou seu olhar para a ruiva, esperando que ela pudesse lhe dar uma explicação plausível sobre o que estava acontecendo. Ele pensou em segui-la, e até mesmo em impedir que ela fosse embora, porém, depois da demonstração de poder que Peggy deu, ele descartou essa ideia.
— Nat, o que está acontecendo? Você sabia que ela estava viva e não me contou? — ele começou a se aproximar da ruiva, e observou ela soltar a Daisy. — Como você pode esconder isso de mim? — a decepção em seu olhar deixou a ruiva intrigada, mas ainda assim, ela não se pronunciou.
— Okay pessoal, eu estou perdida. — Daisy caminhou até Steve, consequentemente se afastando da Natasha. — Por que é que acabamos de ser atacados pela Peggy Carter?
— Ela não nos atacou, ela me atacou. — Rogers corrigiu arrumando o casaco e respirando fundo. O silêncio de Romanoff estava sendo relativamente irritante.
Natasha não estava concentrada nas palavras de Steve, estava apenas observando Peggy caminhar para longe com uma calma de dar inveja. Foi então, que ela se lembrou dos vídeos, das palavras ditas pela inglesa e do medo nos olhos dela. Ela fora tão sincera ao falar isso, que mesmo com todas as habilidades que tem, mentir para Romanoff não é fácil. E também, ela não se daria ao trabalho de manipular imagens apenas para difamar Steve.
— Você não sabia mesmo que ela estava viva? — as palavras soaram duras como se estivesse falando com algum inimigo.
— Claro que não! Eu só quero saber o porquê da Peggy ter me atacado desse jeito. — ele tentou se explicar enquanto se encostava na parede. Daisy era a mais perdida em meio ao grupo.
— Eu realmente não sei se você está se fazendo de sonso, ou se realmente não sabe o que está acontecendo. — Romanoff cruzou os braços e deu dois passos andando de costas para a direção que Margaret havia ido. — De qualquer forma, você vai ter que descobrir sozinho. Dessa vez, Steve, eu não vou ficar do seu lado.
— Nat… — ele tentou fazê-la mudar de ideia, mas quando se deu conta, Romanoff já estava correndo na direção que Peggy havia ido. Daisy e Rogers ficaram parados na calçada, apenas observando. Natasha lutou internamente para decidir do lado de quem ficaria. Se era do lado do Steve, que conhece a mais tempo ou do da Peggy. De qualquer forma, ela escolheu o da inglesa.
Aquele pequeno sorriso aberto por Margaret, soou como um agradecimento singelo pelo fato de Natasha ter ficado do lado dela, e tentando entender seu ponto de vista. E também, talvez, ao fato dela ter se oferecido para ajudar a encontrar a Claire. Esses pequenos fatos, e singelos momentos, fizeram Peggy desenvolver um certo afeto para com a russa - algo que não acontece com frequência. Porém, o que Peggy não imaginou, é que Natasha a seguiria.
Romanoff precisou correr uma quadra, para conseguir alcançar a sua nova parceira. Tem a certeza de que escolheu o lado certo, e não hesitará em ficar ao lado de Peggy em qualquer circunstância.
— Não me disse que era imune a poderes, e super forte. — assim que atingiu uma distância considerável falou, e continuou caminhando até estarem lado a lado.
— O que está fazendo aqui? — mais do que surpresa, Peggy estava agradecida por ela estar ali. — Achei que fosse ficar com seu amigo exemplo de pessoa. — o deboche em sua voz poderia ser reconhecido de longe.
— Você me apresentou provas. Ele não. — essa foi a sua justificativa, mesmo que talvez pudesse ser mais que isso. Natasha deu uma corridinha, e parou na frente da inglesa impedindo ela de continuar caminhando. — Vamos encontrar a Claire. E depois vamos desvendar toda essa história que envolve você e o Steve. E adivinhe? Vamos fazer isso juntas, que você queira, quer não queira. — Romanoff já havia percebido que Peggy é um tanto quanto teimosa e não gosta de trabalhar em equipe - não que ela goste.
— Tem certeza? — queria poder cruzar os braços, mas o sangue em suas mãos poderiam chamar a atenção de algum policial e problema é a última coisa que ela precisa agora.
Faz tanto tempo que Peggy não se aproxima tanto de alguém, a última pessoa fora Claire e agora ela tem medo que aconteça o mesmo com a Natasha. Porém, o que a conforta, é saber que ela sabe se defender muito bem.
No tempo que caminhou sozinha, ela pensou no que havia acabado de acontecer. Steve se mostrou tão confuso, que se tivesse se esforçado um pouco mais, poderia ter convencido Margaret.
“— Está com frio? — Alena tocou seu queixo, e abriu um sorrisinho maléfico. — Daqui a pouco, Steve virá te aquecer.”
A ideia de perdoá-lo não será considerada de maneira nenhuma. As marcas são profundas, e jamais poderão ser curadas.
— Sim, eu tenho. A partir de hoje, eu estou definitivamente do seu lado.
Ouvir aquelas palavras, a fez abrir mais um sorriso. Só que esse, não foi disfarçado.
Steve me torturou por anos, e agora, eu vou fazer o mesmo com ele. - Peggy.
°°°°°
Loucura tudo isso, não?
Bom, os dois se encontraram e a Peggy tá com sangue no olho.
Quem pode culpá-la, não é?
Acham que a Natasha ficou do lado certo?
Amo vcs 3mil♡
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Codinome Red Fox
FanfictionNatasha recebeu a missão de encontrar um fantasma, cujo nome é: Peggy Carter. Depois de ler e reler várias vezes o arquivo dela, chega a conclusão de que "aquela" agente Carter dos anos 50 não existe mais e deu espaço a uma mulher agressiva, vazia...