epílogo

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1 semana depois

Faz uma semana que Peggy vem trabalhando igual a um robô. Dormir, comer e descansar, não são coisas que ela faz com frequência. Ela trabalha o dia e a noite, sem se dar ao luxo de fechar os olhos para relaxar por um segundo. Há duas razões para isso, primeira: ela não quer pensar na verdade que descobriu e segunda: ela ainda precisa encontrar a Claire. Natasha continua ao lado de Margaret, a ajudando a investigar o desaparecimento da amiga e tentando fazer ela melhorar. Afinal, Romanoff entende parte do sofrimento que a inglesa está sentindo.

Danyela não pôde voltar a trabalhar disfarçada na hydra, uma vez que quando ajudou o time da shield seu disfarce foi descoberto. Agora, ela está junto com Steve, Daisy e Camila, fazendo parte da equipe deles. Se fosse escolher, com certeza ela iria ficar ao lado da Peggy, contudo, naquele momento ela sabe que a mulher não iria querer isso.

Talvez soe um pouco dramático, mas, Margaret vem trabalhando dia a dia para esquecer completamente da verdade. Sua vida sempre fora uma confusão, e quando o menor indício de melhor a apareceu, tudo piorou 50 vezes. Agora, ela só quer encontrar sua amiga, para que depois possa voltar a viver escondida e reclusa de boa parte da sociedade.

— Você sabe que até heroínas precisam dormir, não é? — Natasha entrou na sala, e deparou-se com a Peggy sentada no sofá com vários e vários papéis em volta dela. Romanoff está morando na casa da Margaret, pois se recusa a deixá-la sozinha em um momento como esse.

— Então, o que está fazendo acordada ainda? — Ela respondeu, ainda concentrada no arquivo que estava em suas mãos. Não se dignou a olhar para o lado, uma vez que, o tempo não deve ser desperdiçado.

— Eu estava falando de você. — Era a lareira que estava mantendo a casa aquecida, por isso, Natasha se aproximou do fogo com o corpo encolhido e sentou-se a uma distância considerável dele. — Peggy, você precisa dormir.

— Dormir é para os fracos, eu preciso encontrar a Claire. — Ela segurava um marca texto amarelo nas mãos, e grifava no papel tudo aquilo que achava importante. Poucas semanas antes, havia invadido outra base da hydra e roubado uma série de documentos e filmagens, que escondiam pistas sobre o desaparecimento da garota. E agora, seu dia é dedicado a explorar todos esses arquivos.

Natasha fechou um pouco mais o roupão, para se proteger do frio e caminhou na direção da mulher. Não importa o que digam, Romanoff estará sempre tentando ajudar a Peggy, mesmo que ela mesma não queira isso. Ela sentou-se ao lado da britânica, tocando a mão que estava segurando o papel. Margaret voltou-se para a ruiva um tanto confusa, mas não falou nada, via nos olhos dela uma preocupação eterna.

Peggy olhou para os papéis, e em seguida para Natasha. Refletiu em silêncio por três segundos, e decidiu que poderia fazer uma pausa - menos que mínima - para descansar. Jogou todos os arquivos no chão, e abriu um meio sorriso.

— Pronto. — falou como um sussurro, e aquilo, já fora suficiente para o semblante da russa crescer.

A mão da Peggy que estava livre, foi direcionada para uma das bochechas da Natasha e em seguida, escorreu para a nuca da mesma. A mulher decidiu ousar um pouco mais, e trouxe a face dela para perto da sua. Segundos depois, seus lábios já haviam sido selados e elas foram entregues a um beijo sereno. Aquele não era o melhor momento, mas ainda assim, veio a acontecer. Natasha foi aos poucos impulsionando o corpo para frente, fazendo com que as costas da Peggy fossem ficando cada vez mais próximas do sofá. Logo, a inglesa estava deitada, com as duas mão pressionando a cintura da ruiva e desfrutando de cada segundo daquele momento.

De todas as coisas que Natasha já imaginou, beijar Margaret Carter nunca fora uma delas - até porque, as duas nem se conheciam. No princípio, ela devia apenas procurá-la para entender o que estava acontecendo e aos poucos, foi desenvolvendo certo afeto pela mulher fora do seu tempo. Sentia-se levemente culpada, pois sabe que a Peggy é o amor da vida do Steve, contudo, algumas coisas não devem ser pensadas em certo momento.

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